foto: the guardian
Por Mariana T Noviello, correspondente internacional do Cafezinho
Ontem, 13 de janeiro, saiu uma carta no jornal Britânico, the Guardian, de um grupo de sindicalistas, parlamentares e acadêmicos britânicos mostrando solidariedade a Lula. O Grupo “No Coup in Brazil” formado por vários membros da esquerda britânica e de forte participação do sindicalismo foi criado no início do processo que levaria ao impeachment da presidente Dilma Rousseff para apoiar os movimentos a favor da democracia no Brasil e mostrar solidariedade ao ex-presidente Lula, uma pessoa de extrema importância para o movimento sindical global.
No Coup in Brazil têm sistematicamente dado apoio e se manifestado a favor da democracia do Brasil e contra o golpe. Com site no facebook do mesmo nome, eles organizam vários eventos, articulando as comunidades brasileiras de luta no Reino Unido, com setores democráticos e progressistas do País.
O próximo acontecerá 2 de fevereiro, trazendo vários palestrantes como Chris Williamson, ex parlamentar trabalhista, Francisco Dominguez, diretor de Estudos Latino-Americanos na Universidade de Middlesex, Orlando Hill, professor e ativista brasileiro, e Georgia Platman, ex jornalista da Telesur.
Outros apoiadores do movimento a favor da democracia no Brasil são o ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone, que escreveu vários artigos em apoio a esta causa e a Ministra “sombra” (Labour) para o Desenvolvimento Internacional, Diane Abbott.
Abaixo segue carta (em livre tradução) de apoio à democracia brasileira publicada no Guardian.
“Depois do processo não democrático e ilegal no qual a presidente Dilma Rousseff foi removida por 62 senadores, revertendo o voto de 54 milhões de cidadãos, há uma campanha sem precedentes para difamar a figura do ex-presidente Lula. Esta é uma tentativa de “julgamento pela mídia” para que o ex-presidente não participe do processo político.
Ainda com muita popularidade por ter promovido reformas que tiraram milhões da pobreza, Lula é considerado possível candidato para as eleições de 2018. Durante as investigações os promotores não conseguiram encontrar nada contra Lula. Apesar disso, ele continua sendo sujeitado a arbitrariedades, o que levou a investigações por parte da ONU, devido a preocupações sobre a restrição de seus direitos. Estamos aqui denunciando esta campanha orquestrada contra Lula.
Nos unimos em solidariedade àqueles que lutam pela democracia e o progresso social no Brasil”
https://www.theguardian.com/world/2017/jan/13/standing-in-solidarity-with-brazils-lula