De acordo com pesquisa do Instituto Ipsos, 77% da população rejeita Michel Temer como presidente. Comparado com último levantamento, em outubro, a taxa de rejeição cresceu 18%. Números do instituto colocam Temer como o pior presidente da história.
Para o diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo, aumento considerável da desaprovação do governo se explica pela adoção de medidas contra o trabalhador, que foram anunciadas entre outubro e dezembro. A agenda de reformas do pemedebista é vista como impopular pela maioria dos entrevistados. De acordo com o levantamento, 87% afirmaram que o país está no rumo errado.
Para o diretor, ainda há outras explicações em jogo que elucidam a rejeição de Temer. Segundo Cersosimo, a principal deles é a insatisfação da população com as respostas do governo para a crise econômica. “Os brasileiros esperavam que a troca de comando resultasse num choque de gestão e isso não ocorreu na prática”.
O levantamento do Ipsos apontou, ainda, piora na avaliação da gestão do governo federal. O índice dos entrevistados que consideram a administração de Temer ruim ou péssima foi para 62%, aumentando 10% com relação ao mês passado. Ao mesmo tempo, a aprovação ao presidente oscilou um ponto percentual para baixo ao registrar 15% em dezembro.
O último fator da insatisfação geral que assola Michel está relacionado com as delações da Lava-Jato, cuja investigação compromete Temer e seus aliados. Cersosimo enfatiza que a desaprovação de 77% é muito alta para um político até pouco tempo atrás desconhecido por uma parcela significativa da população.
O Ipsos ainda mediu, também, a aprovação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A desaprovação ao senador pemedebista cresceu de 62% para 79%. O índice foi impulsionado pelas delações que citam Renan na Lava Jato, e também pelo confronto Legislativo e o Judiciário, que teve Calheiros como protagonista.
Informações no Valor