O site Justificando entrevistou Geoffrey Robertson, advogado que representa o ex presidente Lula na Corte de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
Robertson fez críticas ao trabalho de Sérgio Moro e a maneira como a Lava Jato está sendo conduzida. Para ele, Sérgio Moro age de uma forma que “nenhum país do mundo permitiria que um juiz se comportasse”. “Eu vim para o Brasil e não pude acreditar que esse juiz está nas capas de jornal, parecendo o Eliot Ness, o grande bastião da corrupção. Ele se coloca por aí como um grande inimigo de Lula”, afirmou.
O advogado diz ainda que os procuradores da Lava Jato agiram de maneira anti-ética ao aceitarem prêmio por seu trabalho antes de sua finalização. “Prêmios são para esportistas”, ironiza o Robertson. Ele lembra que Sérgio Moro “adora” a Operação Mãos Limpas, da Itália (de fato, Moro escreveu artigos elogiando a operação), que deu um péssimo exemplo de como se combater a corrupção, sobretudo porque o principal culpado, Berlusconi, não apenas saiu ileso como se tornou a maior liderança da Itália por vinte anos.
Na entrevista, Robertson observou que a Mãos Limpas foi uma operação judicial midiática, que usou basicamente a estratégia de mobilizar a opinão pública contra a classe política, e feriu o direito de vários inocentes.
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