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Lava Jato e Globo usam delação da Odebrecht para criminalizar imprensa alternativa

Publisher da revista Carta Capital emite nota esclarecendo verbas recebidas da Odebrecht. Segundo a nota: “Odebrecht fez um adiantamento de publicidade no valor total de 3,5 milhões de reais a CartaCapital, uma operação normal no mercado”. Na Carta Capital A verdade sobre o dinheiro da Odebrecht por Manuela Carta Embora as informações pertinentes tenham sido […]

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Publisher da revista Carta Capital emite nota esclarecendo verbas recebidas da Odebrecht. Segundo a nota: “Odebrecht fez um adiantamento de publicidade no valor total de 3,5 milhões de reais a CartaCapital, uma operação normal no mercado”.

Na Carta Capital

A verdade sobre o dinheiro da Odebrecht

por Manuela Carta

Embora as informações pertinentes tenham sido prestadas ao jornal O Globo, as distorções na reportagem “Odebrecht ‘emprestou’ verba a CartaCapital”, publicada na edição desta terça-feira 13, exigem novos esclarecimentos:

1. Em 2007 e 2009, a Odebrecht fez um adiantamento de publicidade no valor total de 3,5 milhões de reais a CartaCapital, uma operação normal no mercado. Naquele momento, a revista procurou vários anunciantes em busca de um reforço de caixa. O adiantamento foi negociado diretamente com a empresa por Mino Carta e Luiz Gonzaga Belluzzo, sócios da Editora Confiança, que edita a revista CartaCapital. Não houve interferência de ninguém a nosso favor.

2. O adiantamento foi pago da forma tradicional: por meio de anúncios e patrocínios de eventos. A Odebrecht chancelou vários de nossos seminários regulares intitulados “Diálogos Capitais”, bem como patrocinou a premiação “As Empresas Mais Admiradas no Brasil” em 2009, 2011, 2012, 2013 e 2014. Em 2013, figurou entre os patrocinadores do “Fórum Brasil”, que trouxe o economista Dani Rodrik. No ano seguinte, também patrocinou o mesmo evento, cujo principal palestrante foi Paul Krugman, Nobel de Economia. A editora possui os registros e notas fiscais dos anúncios publicados e eventos realizados.

3. Uma das maiores empresas do País, a Odebrecht regularmente anuncia e patrocina eventos em diversos veículos, entre eles, o próprio O Globo. CartaCapital não sabe e não tem obrigação de saber de onde vieram os recursos do adiantamento da verba de publicidade. Não existe carimbo em dinheiro e trata-se de má-fé acreditar que o investimento na revista saiu de “um departamento de propina” e o aplicado nos demais meios de comunicação tem origem lícita. Além disso, o investimento publicitário da empreiteira deu-se quando não havia nenhum sinal do envolvimento da empresa nas ilicitudes apontadas pela Operação Lava Jato. Lembremos que outros meios de comunicação receberam verbas da Odebrecht em 2016, quando os fatos eram sobejamente conhecidos, nem por isso esses veículos podem ser acusados de conivência com qualquer tipo de atitude da empresa ou de defender este ou aquele interesse.

4. Desconfiamos que o vazamento dessa citação distorcida a CartaCapital esteja relacionado ao fato de não termos abdicado do dever jornalístico de apontar os erros e abusos da Operação Lava Jato, além da nossa conhecida postura crítica em relação aos meios de comunicação, em grande medida responsáveis, no nosso entender, pelo clima de caça às bruxas reinante no Brasil. Nossa lisura e transparência, reforçadas semanalmente ao longo dos últimos 22 anos, não serão abaladas por essa classe de ilações.

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Comentários

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Mikhail_Mil

14/12/2016 - 12h24

Mas o Grupo Globo também se beneficia da ODB, convido qualquer um a andar nos modernos trens chineses de subúrbio e verão qual canal de televisão retransmite conteúdos nas telas LCD, e é só conteúdo da Globo, nenhuma outra emissora a mais.
Se fosse a Record, SBT eles logo arrumariam um jeito, mesmo que discreto, de dizer que também receberam alguma coisa em troca.
A Globo se tivesse o mínimo de escrúpulos, falaria tudo sobre a atual crise do RJ e suas origens desde o início, mas o rabo preso não permite.

Torres

13/12/2016 - 18h01

Hehehe…
Carta Capital enrolada tb.
A desculpa é a mesma.
A Odebrechdt pagou todo mundo.
Sempre de forma legal, sem interesse.


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