O delegado Márcio Anselmo e a Operação Lava-Jato, perderam hoje qualquer pudor ou senso de ridículo ao apresentar um relatório com acusações sem qualquer base contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua esposa Marisa Letícia, seu advogado Roberto Teixeira, entre outras pessoas.
As acusações tratam do apartamento vizinho ao do ex-presidente, o qual ele paga aluguel, e um terreno que jamais foi e onde jamais funcionou o Instituto Lula, que tem uma única sede, adquirida em 1990 pelo Instituto de Pesquisas e
Estudos do Trabalhador (IPET), entidade que antecedeu o Instituto Cidadania e o Instituto Lula.
Perguntas foram encaminhadas pela Polícia Federal ao ex-presidente apenas na última quarta-feira, com prazo de dois dias para respostas, que foram enviadas às 20:30 de sexta-feira. E hoje, o delegado, que já emitiu ataques ao ex-presidente no Facebook dizendo que “alguém precisa parar essa anta”, e defendeu o candidato Aécio Neves, ao invés de se declarar suspeito para atuar nos casos envolvendo o ex-Presidente, apresenta um relatório sem qualquer base factual e legal ou fundamento lógico.
O relatório sai no mesmo dia em que pesquisas revelam que Lula lidera a corrida presidencial, e quando outro processo fútil da Lava Jato, sobre um tríplex do Guarujá que tentam atribuir a propriedade ao ex-presidente e alguma relação com desvios da Petrobras, tem suas testemunhas afirmando que Lula e sua família jamais tiveram as chaves do tal apartamento ou sua propriedade.
As práticas contra Lula consistem em mais um exemplo de “lawfare” e foram denunciadas por seus advogados perante o Alto Comissariado de Diretos Humanos das Nações Unidas. O governo brasileiro tem até o dia 27 de janeiro para responder contra os abusos de autoridade cometidos com fins políticos contra o ex-presidente da República.