Perícia mostra que vídeo apresentado por Bolsonaro contra Jean Wyllys no episódio do cuspe é falso. Deputado do PSOL avalia se irá denunciar Jair e Eduardo Bolsonaro, além de Alberto Fraga, do DEM, por quebra de decoro parlamentar
Vídeo de Bolsonaro contra Jean Wyllys é falso, diz perícia
Legenda usada como prova de que Wyllys premeditou cuspe não condiz com a realidade; Deputado do Psol garante que reagiu a ataques homofóbicos
Uma perícia da Polícia Civil do Distrito Federal constatou como falso o vídeo divulgado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), sobre o cuspe de Jean Wyllys (Psol-RJ) em seu pai, no dia da abertura do processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), no dia 17 de abril, na Câmara dos Deputados.
O vídeo foi divulgado no dia seguinte ao impeachment de Dilma, em uma das redes sociais de Eduardo Bolsonaro. Enquanto defensores de Bolsonaro defendem que o ato de Jean Wyllys foi premeditado, Wyllys justifica que apenas reagiu aos insultos do parlamentar, que o teria chamado de “queima rosca”, “bichinha” e “veadinho”, entre outros insultos homofóbicos.
Na gravação publicada, legendas mostravam que, em uma fala inaudível de Wyllys com Chico Alencar (Psol-RJ), Wyllys dizia “eu vou cuspir na cara do Bolsonaro, Chico”. Com isso, o vídeo passou a ser visto como foi apresentado no conselho como prova de acusação pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF) de que o ato havia sido premeditado.
No entanto, de acordo com a Polícia Civil, a fala de Wyllys aconteceu depois do episódio do cuspe, e Wyllys também falou outra coisa: “Eu cuspi na cara do Bolsonaro, Chico. Eu cuspi na cara do Bolsonaro. Eu cuspi!”.
Com isso, o vídeo publicado por Bolsonaro será descartado como prova contra Jean Wyllys, que responde no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por quebra de decoro parlamentar.
A equipe do deputado do Psol acredita que o resultado dessa perícia será suficiente para determinar o arquivamento do processo. O deputado ainda deve avaliar se representará no conselho contra os deputados Jair e Eduardo Bolsonaro, além do póprio Alberto Fraga, por quebra de decoro parlamentar.
Jean disse não temer processo
Em abril, Wyllys chegou a confessar que realmente havia cuspido em Bolsonaro e disse que não temia um processo legislativo.
“Na hora em que fui votar, esse canalha decidiu me insultar na saída e tentar agarrar meu braço. Ou foi alguém que estava perto dele. Quando ouvi o insulto, devolvi com um cuspe na cara dele, que é o que ele merece”, destacou o deputado do Psol.
Jean Wyllys reafirmou que cuspiria em Bolsonaro novamente. “Não temo enfrentar processo. Processo tem de enfrentar quem é machista, quem é racista, quem promove a violência, quem defende a memória de Brilhante Ustra – um torturador –, quem defende a tortura nesse país. Isso deveria escandalizar vocês, não o cuspe na cara de um canalha”, afirmou.
John carlos
18/12/2016 - 07h48
Que coisa jean willis, que apoia mst cut ativismo gay que enfiam cuxifixos no ânus desrespeitando a igreja católica apoia os black blocks que mataram o cinegrafista com um rojão.vem falar de ustra”que não foi julgado em nehuma instância como torturador! Esse gay burro analfabeto precisa estudar.e levar processo quem desrespeitar o brilhante ustra” já que ele não foi julgado na condição de torturador! É calúnia difamação injúria contra a família do finado coronel que serviu o país como herói de 1964! viva Ustra”
Banguelli
18/01/2017 - 14h26
Ulstra não foi anistiado e por isso não julgado?
Comentarista
12/12/2016 - 13h34
Isso ficou claro e uma enxurrada de bolsonaretes aplaudiu, em pleno site da Globo. A Rede Globo está cada vez mais criminosa e impetuosa, vide mostrar Lula na Operação Zelotes para ser achincalhado pelos comedores de alfafa, enquanto eles mesmos estão altamente envolvidos.
gilberto
09/12/2016 - 15h14
Fraude é uma conduta própria de quem é indigno de fé. Mesmo sem aplaudir o ato de desferir a cusparada, confesso que entendo a reação de Jean Willys após tanto ato covarde praticado por esse capitão-do-mato. Se Bolsonaro se atrevesse a provocar um cidadão que defende a honra com algum instrumento mais contundente, certamente a essa hora ele estaria sem “bucho”
Walter Drummond
09/12/2016 - 14h12
É isso aí mesmo, tem que denunciar estes “dePUTAdos” por forjarem provas contra o “colega” neste antro chamado Câmara, são os piores escroques da sociedade, quase todos eles sem distinção, mas principalmente estes nazistas que se dizem evangélicos.