Para Jessé, “as elites nacionais podem até pensar, num primeiro momento, que saíram ganhando com o investimento que fizeram na crise política que alterou o governo, mas agora, sem capacidade de tirar o país da tempestade, correm sérios riscos de serem devoradas pela massa sedenta por “justiça” contra a corrupção que ajudaram a criar”.
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Jessé: a elite global por trás da crise da socialdemocracia
Professor da Universidade Federal de Brasília (UnB), Jessé Souza, concedeu entrevista para Luis Nassif, do Jornal GGN, e comentou o desequilíbrio causador da pior crise financeira já enfrentada no país.
Para Jessé, as elites nacionais podem até pensar, num primeiro momento, que saíram ganhando com o investimento que fizeram na crise política que alterou o governo, mas agora, sem capacidade de tirar o país da tempestade, correm sérios riscos de serem devoradas pela massa sedenta por “justiça” contra a corrupção que ajudaram a criar.
“[Estamos] enfrentando um inimigo de altíssimas proporções e que a reação a ele é sempre local, é fragmentada. Ele se põe de uma forma internacional, como a gente viu no nosso golpe aqui (…), nesse filme novo do Oliver Stones, [chamado] ‘Snowden’, não por acaso, estava lá [a temática do] controle sobre o petróleo, como barrar empresas como a Petrobras, que há alguns anos atrás tinha uma enorme capacidade de investimento, mais do que o próprio estado brasileiro, isoladamente”.
Evaldo Martins
09/12/2016 - 09h33
Excelente entrevista para poder entender o panorama do golpe. Mas nas minhas análises, vejo que o PIG teve papel primordial em atacar a democracia. Sem um investida contra esse poder nefasto, não como vai se costurar uma saída de longo prazo.
Charles
08/12/2016 - 22h52
É um dos problemas do golpismo, de que existe um povo no meio do golpismo. Mesmo entre os coxinhas ridículos que foram protestar em nome de sei lá do que se passa na cabeça desses ruminantes, existem conceitos progressistas. Melhores salários, melhores acessos a educação e saúde, uma sede de justiça, são desejo de todos. E agora que o produto não foi entregue, os golpistas estão encurralados. Podem continuar com o arrocho aos trabalhadores em nome de uma fisiologia própria e enriquecer indevidamente por alguns anos, ou se rendem à voz das ruas e da população. Eu faço a adequação a essa situação a um comentário que vi à situação nos EUA com a era Trump se aproximando. Os golpistas são como a pessoa querendo vender o seu lugar no salva vidas do Titanic. Achando que irão lucrar num barco que está afundando.