(Charge: Aroeira)
Por Pedro Breier, correspondente policial do Cafezinho
A Oi informou ao Ministério Público Federal que Kalil Bittar, irmão de Fernando Bittar, em cujo nome está registrado o “sítio do Lula” em Atibaia, pediu à operadora a instalação de uma antena de celular em uma área próxima ao sítio.
A Folha dá a notícia com aquela parcialidade manipuladora de sempre: ‘Sócio de filho de Lula pediu para a Oi instalar antena em Atibaia’ é a manchete, porque Kalil Bittar é sócio de um dos filhos de Lula na empresa Gamecorp.
A Oi apresentou um e-mail enviado por Kalil a um diretor da Oi no qual ele aponta o local onde não haveria cobertura de nenhuma operadora.
A Oi disse aos procuradores que os estudos mostraram que haveria clientes suficientes para o investimento, que recebe pedidos semelhantes desde 2011 e que boa parte foi atendida.
Resumindo: o sítio é de Fernando Bittar e foi seu irmão, Kalil, quem fez o requerimento de instalação da antena à Oi, mas como Lula frequentava o sítio e Kalil é sócio do filho de Lula em uma empresa, a instalação da antena só pode ser mais uma evidência de que o sítio era de Lula.
E é com esse tipo de forçada de barra monstra que a Lava Jato quer sustentar a teoria de que Lula, o grande líder do esquema de corrupção na Petrobras segundo o power point do Dallagnol, favoreceu empreiteiras em negócios de bilhões de dólares em troca de quinquilharias como reformas em um sítio e agora com a instalação de uma antena de celular, apesar de não haver qualquer relação da Oi com as empreiteiras e com os desvios na Petrobras.
A teoria já seria ridícula se o sítio realmente fosse de Lula, mas nem isso o MPF está remotamente perto de provar.
A assessoria de Lula define bem a situação na sua resposta à matéria da Folha: ‘o tema dessa investigação não tem qualquer relação com desvios na Petrobras, que supostamente é o tema da Lava Jato, e o vazamento desses materiais mostra que a investigação não objetiva apurar fatos, apenas fazer barulho midiático contra Lula. Apenas confirma o ‘lawfare’, uma perseguição, fútil e infrutífera, com nítidos objetivos políticos’.