Osmar Serraglio, deputado do PMDB, tem se mostrado confuso recentemente. Após a votação do projeto que prevê punição por abuso de autoridade, ele já explicou de três maneiras diferentes o seu voto, mas nenhuma delas convenceu seu eleitorado.
Serraglio se enrola todo para explicar voto na punição à juízes
Por Esmael Moraes
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), presidente da CCJ, se enrola cada vez mais para explicar seu voto no projeto aprovado na Câmara que prevê punição ao abuso de autoridade.
Até agora o “ex-caçador de mensaleiros” já emitiu três notas oficiais para esclarecer por que votou pela punição de juízes e integrantes do MP, mas, pelo jeito, não convenceu ninguém.
Na primeira, Serraglio disse que o fez porque “A imprensa noticia os supersalários… A população e a imprensa reclamam providência”.
Nesta sexta (2), o deputado lançou segunda nota jurando que é impossível que o texto aprovado na Câmara atinja a Lava Jato.
Pela terceira vez, neste sábado (3), Osmar Serraglio voltou ao tema: “Não seria eu, que fui Relator da CPI que levou os mensaleiros à prisão que iria dificultar um trabalho que a todos nos orgulha, a Lava Jato.”
O deputado do PMDB está agindo como biruta de aeroporto desde que assumiu a presidência da CCJ da Câmara com o apoio do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após chegar ao cargo, no entanto, ele traiu o correligionário votando pela sua cassação. Aliás, Serraglio chegou a defender “anistia” a Cunha.
Coxinhas e deputados do “Centrão” veem Serraglio como traidor.
Dica para o deputado: homem, assume que votou e pronto — dói menos!