Presidente do Conselho Federal da OAB escreve carta em repúdio às declarações da AMB. Carlos Lamachia apimenta a discussão ao afirmar que o compromisso de ambas instituições deveria ser: “em defender a Constituição, que não autoriza privilégios absurdos, como salários acima do teto em nenhum dos Poderes”.
No site da OAB
Nota da OAB em resposta à AMB
Por Carlos Lamachia
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil repudia carta subscrita pelo presidente da Associação dos Magistrados do Brasil que a acusa de associar-se às manobras parlamentares para, em defesa das prerrogativas da advocacia, promover a criminalização dos juízes.
Não é verdade – e nem seria possível, já que a apreciação de eventual ação contra algum magistrado será julgada também por um magistrado. As prerrogativas do advogado – e não apenas dele, mas da sociedade, pois garantem um dos direitos humanos fundamentais, que é o direito de defesa – já estão na lei.
Cumpre respeitá-las e isso tem sido sistematicamente violado por alguns atores no âmbito da Polícia, Ministério Público e Judiciário.
A rigor, nem seria preciso explicitá-la, já que o cumprimento da lei se impõe para todos. O que a advocacia reivindica é a paridade entre acusação e defesa, inerente aos postulados mais elementares do rito processual – e que infelizmente não tem sido observada.
A nota da AMB acusa ainda a OAB de se omitir quanto às tentativas de anistia do caixa dois e ações correlatas no Congresso. Mais uma vez, falta com a verdade.
A OAB, bem ao contrário, tem sido firme e recorrente nesse combate, com manifestações reverberadas por toda a imprensa, a mais recente publicada no dia 25 último, entre outros, pelo Estado de S. Paulo, IstoÉ e Folha de S. Paulo.
Não temos dúvida quanto ao elevado espírito público da judicatura nacional, que, em seu conjunto, não reflete o comportamento sindicalista de alguns.
Estes, agindo como atores políticos, mutilam a imagem da magistratura, transmitindo a nefasta ideia de que constituem casta intocável, imune à fiscalização da sociedade.
O Presidente da AMB deveria estar preocupado, isto sim, em defender a Constituição, que não autoriza privilégios absurdos, como salários acima do teto em nenhum dos Poderes.
Nada, nem ninguém está acima da lei – e no Estado democrático de Direito não há espaço para torres de marfim. A verdade sempre. A inverdade jamais.
Guilherme Antonio
29/11/2016 - 09h40
Omissão é a palavra…
a.ali
28/11/2016 - 23h41
Mais um golpista posando de bom moço!
Rachel
28/11/2016 - 23h10
os golpistas estão comendo uns aos outros.
Albert Fanon
28/11/2016 - 21h57
Apoiou o golpe e agora quer livrar as aparências…..mas pelo menos desta vez ousou enfrentar a máfia de toga.
LEONICE DE VIEIRA
28/11/2016 - 20h30
OAB é um quartel, monopólio no Brasil, não respeita a Constituição Federal do Brasil , há 22 anos escravizando os advogados com seu diploma reconhecido o MEC, aplica provimento interno assinado por seu presidente do conselho federal da OAB, usurpando o Estado. ART. 84 CF, o presidente da Republica , assina leis………Se, tem alguém que não cumpre a CF, é a OAB e não a AMB.
Jorge Leite
28/11/2016 - 16h21
Garái! Uma bela bofetada sem pelica…
leandro oliveira
28/11/2016 - 15h40
E aí AMB ? O Moro ganha quanto mesmo ?