Foto: Felipe Dana / Ag. Petrobras
Por Cláudio da Costa Oliveira, colunista do O Cafezinho
Num processo inusitado de negociações diretas, dirigidas, sem concorrência e muito menos transparência, a Petrobras vai sendo retalhada e distribuída no mercado.
Rapidamente aquela que foi a grande empresa indutora do crescimento nacional, vai se transformar naquilo que Pedro Parente, sem nenhum constrangimento, já prometeu : uma pequena produtora de óleo cru, sem nenhum significado para a economia brasileira.
A estrutura deste esquema é bem clara no novo PNG 2017/2021, onde não estão previstos gastos com novas explorações por parte da Petrobras, somente com a manutenção do que já existe. Novas explorações vão ser entregues à petroleiras estrangeiras, que vão ter a primazia de descobrir o que já está descoberto : o pré-sal.
Outra providência tomada pela atual administração, foi a desvalorização dos ativos (impairments) , o que permitirá a venda a qualquer preço e mesmo assim gerar “lucro” contábil.
Alguns ativos como o Comperj e a Usina de Quixadá, tiveram seus valores recuperáveis zerados.
Assim disfarçadamente, sem que a população brasileira se aperceba, a empresa vai sendo privatizada. Mais tarde, quando forem descobertas as irregularidades cometidas, “já era”. Já será irreversível.
Uma nova proposta dentro deste projeto lesa´pátria, é a ofertada pelos governos do Irã e da Índia, da construção de uma refinaria e um polo petroquímico no Maranhão. A intenção é implantar a nova indústria no mesmo local em que a Petrobras ia construir uma Refinaria Premium e que foi abandonada em 2014, considerada inviável.
O projeto prevê a importação de petróleo e produção de derivados para venda no mercado brasileiro. Em dezembro autoridades dos dois países virão ao Brasil para conclusão das negociações. É fantástico.
O atual governo de “colonizadores” só pensa em explorar o Brasil e seu povo.