Federação Única dos Petroleiros escreve nota em repúdio às medidas de Pedro Parente, presidente da Petrobrás. Privatização da empresa revolta trabalhadores. Moro é chamado de marqueteiro.
No site da FUP
Os “ratos” têm pressa, o tempo não para
Na última sexta-feira, 18, a imprensa anunciou com estardalhaço o ressarcimento de R$ 204,2 milhões à Petrobrás recuperados pela Lava Jato. Tudo feito com muita pompa e circunstâncias em cerimônia transmitida ao vivo do Ministério Público do Paraná, com a presença do presidente da empresa, Pedro Parente. Foi a terceira devolução de valores surrupiados por ex-executivos da companhia.
Quase três anos após o início da Lava Jato, a Petrobrás recuperou até agora cerca de R$ 500 milhões, apenas 8% dos R$ 6,2 bilhões que a empresa deu baixa no balanço de 2014, como perdas provocadas por supostos esquemas de corrupção. No entanto, segundo relatório divulgado pela Polícia Federal no ano passado, a companhia teria sido lesada em R$ 42 bilhões! Como pode, após tantas prisões que viraram o país de ponta-cabeça, terem recuperado pouco mais de 0,1% deste valor?
Superdimensionaram o que chamam de maior escândalo de corrupção do Brasil? Ou os justiceiros do Paraná são muito mais marqueteiros do que competentes? Quebraram a engenharia nacional, desmontaram a cadeia de petróleo e gás e estão vendendo a Petrobrás a preço de banana em função de R$ 500 milhões? Este é o resultado concreto, até agora, da tal roubalheira que Pedro Parente usa como desculpa pra privatizar uma empresa, que, antes da Lava Jato, já foi responsável por 13% do PIB do país.
Ao longo desses quase três anos da operação, a Petrobrás reduziu a um terço os seus investimentos, a indústria naval já fechou mais de 40 mil postos de trabalho, navios e plataformas voltaram a ser encomendados no exterior, a indústria nacional segue em frangalhos, o PIB despenca a cada trimestre e o Brasil já é o sétimo país no mundo em número de desempregados.
E enquanto a mídia trata Moro e Dellagnol como heróis, os vilões descansam em berço esplêndido. As tais delações premiadas já reduziram em ao menos 326 anos as penas dos condenados, beneficiando ex-diretores e ex-gerentes que roubaram a Petrobrás, assim como executivos das empreiteiras, que cumprem prisão domiciliar em suas luxuosas residências. Paulo Roberto Costa, por exemplo, já foi liberado até da tornozeleira eletrônica. Só precisa prestar serviços comunitários quatro horas por semana e, como se não bastasse, ainda posa de dom quixote, propondo colaborar com o FBI no combate ao crime organizado.
Como bem retratou Cazuza no final dos anos 80, na canção “O tempo não para”, estamos novamente mergulhados em uma “piscina cheia de ratos”, vendo “o futuro repetir o passado”, enquanto “transformam um país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”.
FUP
nelodecarvalho
22/11/2016 - 17h12
Fechem tudo, entreguem tudo para os gringos.
Hermes
22/11/2016 - 11h24
Que esteja no caminho certo para a recuperação, o País, e especialmente o Rio, agradecem. ps: se nao roubarem já é um grande avanço
mello
22/11/2016 - 08h39
O governo golpista está perto de conseguir alguns de seus principais objetivos : dilapidar o patrimônio público, alienar aos estrangeiros nossas riquezas e inviabilizar o futuro da classe trabalhadora e da indústria nacional. É os procuradoresvqueriam um naco maior do que o “devolvido” à Petrobrás com a reivindicada comissão sobre o Butim
feito por alguns diretores e gerentes da Empresa brasileira e políticos e empresárioscorruptos e corruptores.
Ruy Penalva
22/11/2016 - 01h58
Nesse caso são ratazanas.