Em entrevista, economista e presidente do Goldman Sachs Brasil, Paulo Leme, revela que empreiteiras destruídas pela Lava Jato financiavam metade dos investimentos no Brasil.
No Estadão
Ajuste tem de ser maior e mais rápido’
Para economista, sem resolver a questão da dívida das empresas, recuperação da economia será bem mais lenta que a imaginada
Por Alexa Salomão e Alexandre Calais
O sr. está dizendo que foi feito um diagnóstico precipitado em relação à retomada do crescimento?
Não foi precipitado. O diagnóstico de consenso, na minha opinião, estava errado. Ignoraram o motor fundamental: o investimento do setor privado. O quadro atual não permite a recuperação do consumo privado. As famílias têm de se ajustar, porque estão muito endividadas, o salário real está caindo e o desemprego, aumentando. Espero que o governo esteja se ajustando, então, não é com despesa do governo que o crescimento virá. As exportações já tiveram um ajuste importante, crescimento de 6% em volume, e as importações continuam caindo em termos de volume. Mas o setor externo tem participação pequena como porcentagem do PIB. Para sairmos de um PIB de -3,5% para um de 0,5% ou 1%, precisamos de taxas de investimento privado com alta de 15% a 20%. Mas as condições financeiras das empresas estão em outro ciclo.
Que ciclo seria?
O ciclo tardio de um excesso de alavancagem. As empresas – e a aí se incluem empresas do setor privado, estatais e mistas – estão sobre-endividadas. A dívida corporativa brasileira chega a R$ 3,6 trilhões – 22% maior que toda a dívida doméstica e externa do Tesouro Nacional.
(…)
Você precisa atuar em três grandes áreas. Primeiro, evitar a deterioração do que já está ruim. Estou falando do complexo óleo e gás, do setor de energia, da parte que está envolvida na Lava Jato. Isso é muito importante. Quando a gente olha, na economia brasileira, 50 anos de formação bruta de capital fixo (indicador que mede a capacidade produtiva), vê que metade vem de empreiteiras, vem do setor da construção. É preciso uma coordenação entre a área econômica e a jurídica do governo para resolver o problema dessas empresas.
Dica do Conversa Afiada
Raimundo Moura Negrão
21/11/2016 - 14h11
Destruiram 54,5 milhões de votos; rasgaram a Constiruição; atacaram violentamente e desestruturaram o Partido dos Trabalhadores; incriminaram uma presidente inocente; destruiram a Odebrech e outras empreiteiras; destruiram a Petrobras,; arruinaram a economia do país; entregaram nosso pré-sal para os estrangeiros;
Ou seja, a vingança sionista pela derrota nas urnas em 2014 e pela criação do BRICS não se fez esperar.
Raimundo Moura Negrão
21/11/2016 - 14h05
Em um tempo em que a palavra BRICS se tornou a palavra mais comentada (e odiada) nos corredores de Washington e Wall Street era de suma importância que o golpe emplacasse , que o pré-sal fosse entregue aos americanos e que o BRICS perdesse o B de Brasil.
Raimundo Moura Negrão
21/11/2016 - 14h02
Como bem disse uma deputada portuguesa: “Impeachment no Brasil é a vitória da corrupção”.
Roberto José
21/11/2016 - 10h50
Goldman Sachs, envolvida no maior escândalo financeiro do mundo em 2008 no berço do capitalismo que é os EUA, vem dar a receita pro Brasil. Uma coisa é certo esse juiz Sergio Moro, é um hipócrita quem está preso do escândalo banestado, quem do PSDB se quer foi indiciado? Se eles tem a receita para sair da crise porque estão falidos (EUA) o maior deficit público do mundo e ainda nos devendo quase 400 bilhões em titulo da sua divida publica.
Marcos
21/11/2016 - 10h20
A lavajato veio para dar um ponto final nas roubalheiras realizadas pela quadrilha que se instalou no planalto a 14 anos. Qualquer coisa diferente disto, é pura invencionice de militontos alienados. Quem dera se o nosso herói Sérgio Moro estivesse atuando a mais tempo, o nosso país não estaria na lama como está hoje. Culpa única e exclusiva, destes marginais da esquerda que queriam ficar eternamente no poder.
valdenir
22/11/2016 - 16h30
Tenho pena de você, ou é ignorante ou esta se beneficiando da quebradeira do Brasil.
Sandra Francesca de Almeida
21/11/2016 - 08h17
Empresas destruídas pela Lava Jato. Milhões de empregos perdidos, bilhões de reais jogados no ralo. E tem gente comemorando o repatriamento de uns poucos milhões, como se isso fosse um enorme feito. Gente sem noção, que de matemática e economia não entende nada. E muito menos tem alguma consciência política ou sentimento de solidariedade e de nacionalidade.
Marco Antonio F
21/11/2016 - 02h44
Banco judeu…está de olhos apenas nos seus interesses financeiros exploratórios e na usura que praticam com afinco.
Igor Gonçalves De Macedo
20/11/2016 - 15h28
Todos já sabíamos… eram apenas uns dos poucos empresários com visão deste país. E, claro, regados desde a mamadeira com dinheiro público dos milicos. Mas bem ou mal patentearam, criavam tecnologias, competiam no mercado exterior. 99% do empresariado nacional é horrivelmente estúpido, só quer saber de abrir boteco, varejo, cortar no cafezinho, desrespeitar direitos trabalhistas os mais básicos, explorar trabalho escravo e infantil, etc… Não patenteitam NADA. Chegamos ao século XXI sem um microondas nacional, sem uma geladeira, uma TV, um carro, uma moto, um celular, um computador. Atrás de Bostwanna, Libéria, Iraque, Omã. De fato, como já disse Mino Carta e tantos outros: é a “elite” (só no nome) mais burra do mundo
Des
20/11/2016 - 18h25
Sem falar que a grande iniciativa privada do Brasil, essas empreiteiras formadas nos últimos 50 anos, estas que fazem “o grande investimento privado”, vivem de obras de infraestrutura pagas com dinheiro público, como em qualquer país do mundo.
Discurso pra enrolar coxinha.
Luiz Baptista
21/11/2016 - 08h08
Perfeita a sua análise.
Os poucos que se aventuraram em alavancar a indústria nacional foram sendo dizimados. É só lembrar da Gurgel, Gradiente. FNM e por aí vai;
Existe uma frase atribuída a Darcy Ribeiro que dizia que: o Brasil era os EUA se o Sul tivesse ganho a Guerra da Secessão.
Para os separatistas bastava deus, suas plantações e seus escravos.
Roberto
21/11/2016 - 09h18
Pois é, três empresas que foram furiosamente atacadas, principalmente a Gurgel. E os militares nada fizeram.