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Entendam: a queda nos preços dos combustíveis não está sendo feita para beneficiar os consumidores brasileiros

por Cláudio da Costa Oliveira, colunista do Cafezinho As últimas reduções de preços de combustíveis (diesel e gasolina) feitas pela Petrobras, não tem o objetivo de “aliviar” o bolso do consumidor brasileiro, e esta conta, podem ter certeza, nós vamos pagar em futuro próximo. Há poucos dias li um  artigo dizendo  que a Petrobras estaria […]

2 comentários
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por Cláudio da Costa Oliveira, colunista do Cafezinho

As últimas reduções de preços de combustíveis (diesel e gasolina) feitas pela Petrobras, não tem o objetivo de “aliviar” o bolso do consumidor brasileiro, e esta conta, podem ter certeza, nós vamos pagar em futuro próximo.

Há poucos dias li um  artigo dizendo  que a Petrobras estaria cometendo “demagogia econômica”, reduzindo os preços dos combustíveis ao mesmo tempo em que registra prejuízos enormes.

Mas a situação não é esta. Depois que foi dado pelo atual governo a Pedro Parente, “o rei da cocada preta”, o poder de estabelecer como bem entender, os preços dos combustíveis no mercado brasileiro, tudo o que a atual política de preços da Petrobras está buscando, no momento, é a eliminação da concorrência interna.

A queda no preço do barril e a valorização do real frente ao dólar, viabilizaram a atuação de importadores independentes para fornecimento no mercado brasileiro, concorrendo com a Petrobras. Dentre estes importadores podemos destacar a Ipiranga e a Raizen (Shell).

Com isto a Petrobras vem perdendo fatia expressiva de mercado interno, que é onde a empresa tem suas maiores margens de lucratividade.

Não existem informações disponíveis para que se possa avaliar com precisão, qual a perda de mercado que a Petrobras vem sofrendo, pois órgãos como ANP e Receita Federal informam que não podem fornecer dados detalhados. Sendo assim temos de nos basear em dados divulgados pela própria Petrobras.

Quando da primeira redução de preços feita em setembro (2,7% no diesel e 3,2% na gasolina) a Petrobras informou que de janeiro a setembro, a perda de mercado era de 14% no diesel e 5% na gasolina.

Agora o Diretor de Refino e Gás Natural, José Celestino está informando que a perda de mercado em outubro foi de 18% no diesel e entre 6% e 7% na gasolina.

Importação de combustíveis não é coisa simples, pois exige muita logística em transporte marítimo e terrestre bem como de armazenagem. O tempo entre o embarque do produto no exterior e a efetivação da venda no mercado brasileiro é longo. Uma queda de preços, neste meio tempo, pode levar muitas importadoras independentes ao prejuízo.

Esta nova redução de preços nas refinarias, agora mais alta de 10,4% no diesel e 3,1% na gasolina, vai mostrar claramente para a Petrobras até onde é preciso ir para eliminar totalmente a concorrência. A recente valorização do dólar, causada pela eleição de Donald Trump nos EUA, também vai prejudicar os importadores independentes.

Acredito que até o final deste ano a concorrência interna estará eliminada e a Petrobras, com seu monopólio no refino, voltará a deter 100% do mercado brasileiro.

Dificilmente os importadores independentes vão pensar em se estruturar novamente para fornecer no mercado interno, pois os riscos de prejuízos são muito altos, com a liberdade que tem a Petrobras para alterar preços.

Aí então, os consumidores brasileiros vão começar a sentir a mão pesada de Pedro Parente em busca da maximização dos lucros, meta maior da nova política de preços. Pequena amostra tivemos no recente aumento do gás de cozinha (4%) onde a Petrobras não tem concorrência.

O BRASIL HOJE É GOVERNADO POR COLONIZADORES QUE SÓ PENSAM EM EXPLORAR O PAÍS E SEU POVO.

Cláudio da Costa Oliveira é Economista aposentado da Petrobras

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Comentários

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Miguel Biegai Jr.

14/11/2016 - 20h46

Eliminar a concorrencia do grupo Ipiranga… Mas não foi a Petrobras que comprou a Ipiranga?
PS: Vão apagar meu comentário aqui também?
Pensei que o site fosse democrático.

    Claudio da Costa Oliveira

    15/11/2016 - 08h47

    Prezado Miguel,

    Se a Petrobras tivesse participação na Ipiranga Pedro Parente já teria vendido

    Forte abraço


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