Waldeck Carneiro: Pacote de maldades do (des)governo estadual

Em artigo exclusivo para O Cafezinho, o deputado estadual Waldeck Carneiro, nome forte da oposição ao governo do estado do Rio de Janeiro, explica as razões da grave crise financeira do estado.
“A crise do petróleo tem sido uma verdadeira cortina de fumaça para impedir que se perceba a responsabilidade do PMDB face à crise financeira e de gestão que atinge o RJ”, diz o deputado.
Leia abaixo o texto na íntegra:
 .
Pacote de maldades do (des)governo estadual
.
Por Waldeck Carneiro*
 .
O governador apresentou à ALERJ um conjunto de medidas, já popularizado como “Pacote de Maldades”, alegando que se trata da única forma de conter o rombo do Estado do RJ, estimado em R$ 20 bilhões neste ano.
Na linha do receituário adotado pelo governo federal golpista, o (des)governo Pezão apresenta a pesada fatura da crise aos servidores públicos estaduais e às parcelas da população fluminense que mais precisam de políticas sociais de inclusão e da prestação de serviços públicos.
Ora, o RJ é administrado pelo mesmo grupo político há pelo menos dez anos.
Pezão, antes mesmo de ser governador, já tinha papel protagonista na administração estadual.
Logo, não se pode atribuir ao servidor, à população mais pobre ou sequer à crise do petróleo a responsabilidade pelo rombo.
Repetida como um mantra, a crise do petróleo tem sido uma verdadeira cortina de fumaça para impedir que se perceba a responsabilidade do PMDB face à crise financeira e de gestão que atinge o RJ.
É claro que a forte retração da atividade econômica na cadeia do petróleo afeta a economia brasileira e, mais ainda, a fluminense.
Afeta, sim, mas não explica tudo!
Nos últimos dez anos, o RJ assumiu uma taxa de endividamento irresponsável, corroendo os cofres estaduais com polpudos pagamentos de juros e serviços da dívida.
Nesse período, porém, os sucessivos (des)governos praticaram verdadeira farra fiscal, transformando, sem transparência e sem metodologia de acompanhamento das contrapartidas sociais e econômicas, a isenção tributária em favor fiscal.
Quanto ao Rio Previdência, pode-se falar em gestão temerária: descapitalização acentuada e negociações escabrosas dos recursos futuros do Rio Previdência com fundos abutres estrangeiros.
E a contratação, a peso de ouro, das OS para administrar unidades estaduais de saúde, com resultados sofríveis em relação ao atendimento à população, mas com gastos públicos cada vez maiores?
Nosso mandato diz não ao pacote do (des)governo Pezão!
Servidores estaduais e a população do RJ não podem pagar essa conta!
 .
*Deputado Estadual (PT-RJ) e Professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFF.
Theo Rodrigues: Theo Rodrigues é sociólogo e cientista político.
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.