Bob Fernandes: Magnificar ou ocultar “Fator Moral” define presente e futuro
por Bob Fernandes, no Jornal da Gazeta
Derrota devastadora do PT nas eleições municipais. É sempre a Economia, mas decisivo também o chamado “Fator Moral”
Vitorioso o PSDB. E Alckmin, que das urnas sai fortalecido. Assim como, do Rio, alça voo a Política Neopentecostal.
São fatos. Análises profundas sobre 2018 antes de expostos os novos esgotos da Lava Jato seriam exercícios de ficção.
O “Fator Moral” é um dado real na sociedade. Muito maior ou menor utilização como instrumento para fazer Política definem sua dimensão e importância.
A Folha noticiou na sexta, 28: Odebrecht afirma ter depositado R$ 23 milhões em conta Suíça para campanha de Serra em 2010.
Quarenta e oito horas depois tal informação havia desparecido das poucas manchetes que mereceu…
Assim se infla ou se desidrata o “Fator Moral”.
Novas delações da Camargo Correa, Andrade Gutierrez e OAS podem se somar às da Odebrecht.
É ficção analisar chances de Aécio ou Alckmin sem saber até onde chegarão delações, investigações e degolas.
Como é ficção analisar 2018 antes de a Justiça confirmar o destino de Lula.
Ignorar ou minorar que acordos de delação apontam também para presidenciáveis tucanos, Temer e governo, é parte desse jogo: o de magnificar ou encolher o “Fator Moral”.
O PT dançou porque, para além da Economia, escancarou telhados e cofres para bombardeio pelo “Fator Moral”.
Não se espere mesma intensidade nas investigações, vazamentos e manchetes em relação a certos futuros delatados.
O DNA do Sistema de corrupção na política esteve o tempo todo nos computadores e dados dos empreiteiros presos.
Escolher por onde e quem começar, ou retardar investigações, obedeceu a uma logica. Logica defensável por seus autores.
Assim como é lógico, basta conectar vazamentos e seus tempos: investigadores pilotaram os efeitos midiáticos, sociais e políticos das suas escolhas.
No Congresso se trama anistia ao Caixa 2. Em altas e médias rodas porta-vozes espalham o “Chega, é hora de parar..”.
Abstenção, votos brancos e nulos em altíssima. Desmoralizar de novo o “Fator Moral” é de novo apostar na escuridão.
JANE TADEU DA SILVA
08/11/2016 - 00h30
Nada ele são amigos do Moro, Gilmar Mendes, PF, STF, PGR, MPF, MP SP que é poderoso no estado, então esqueçam o roubo da Merenda Escolar das Crianças do governador Chuchuleco e o Caixa 2 do Vampiro Sanguessuga.
Esmael Leite da Silva
02/11/2016 - 12h42
O PMDB foi o partido que mais elegeu prefeitos, a coisa funciona assim: Pra municipal nóis vota a favor, para federar nóis vota contra. Classe dominante e povão de olho em verbas públicas federais, sempre foi assim e sempre será. O PT volta em 2018 com força total e como o único partido de real oposição. Quem viver verá.
maria nadiê rodrigues
01/11/2016 - 20h18
Crivella, como tantos, se licenciará da Prefeitura em 2018 para se candidatar a Presidente. Talvez não seja a vitória dessa feita, porém dará muito trabalho aos outros candidatos, com certeza. Na pior das hipóteses, analisado o terreno, os comandantes neo-pentecostais, das diversas dominações, se organizarão para outra disputa, com chances de ganhar.
Mas, embora todos pensem mesmo que haverá eleições em 2018, eu ainda tenho minhas dúvidas. Com Temer e esse congresso, a uma probabilidade de haver mais acordos, dessa feita para aprovação de MC, pela qual se arrastará o mandato do golpista por mais uns anos.
Sérgio Silveira
01/11/2016 - 15h34
Discordo da “derrota devastadora” do PT por 3 motivos: Primeiro, foi induzida por bombardeios ininterruptos por toda a oligarquia e midia; segundo, foi orquestrado pelos eua e, terceiro, ainda asiim, ele sobreviveu!! Quais teriam resistido??
Ah, e Lula continua a ser, cada vez mais, o favorito para 2018!
Ou seja pelo esforço e dinheiro dispendido, o resultado para os golpistas foi muito aquém do esperado
luis mota
01/11/2016 - 19h42
Complementando: Que a lava-jato não vai chegar ao P$DB todos já sabem, mas existe um fator crucial para 2018 chamado CRISE ECONÔMICA e as REFORMAS TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA.
É certo que o ajuste fiscal provocará mais desemprego e redução de direitos e, qualquer ingênuo sabe que o atual desgoverno é Temer/P$DB. Hoje já tem reportagens prevendo que a crise permanecerá em 2017 e em 2018 não deverá mudar por ser ano eleitoral, ou seja, o P$DB governará por 2 longos anos e nada será feito para gerar empregos.
Duvido que um aposentado vote no P$DB depois que sofrer cortes!
Duvido que um trabalhador vote no P$DB depois de continuar desempregado!
Duvido que um estudante e seus pais votem no P$DB depois que a reforma do ensino suprimir direitos!
Com o PT era ruim, mas o povo precisa sentir na pele 2 aninhos de P$DB para relembrar o perrengue que passamos entre 1994 e 2002.
O que vai mobiliar a esquerda não será o PT ou o Lula, mas sim as medidas absurdas que o atual desgoverno quer e vai aprovar no congresso mais corrupto do planeta e com o STF mais covarde da história.