Governador do Paraná faz jus ao apelido de ‘Beto Hitler’ e organiza milícias para desocupar escolas

(Charge: Tiago Silva)

Richa organiza milícias fascistas para desocupar 900 escolas no Paraná

por Esmael Morais, em seu blog

O governador Beto Richa (PSDB) estimula a criação de milícias fascistas para desocupar mais de 900 escolas da rede pública do Paraná. Há relatos de confrontos entre estudantes e membros do MBL (Movimento Brasil Livre), que estariam atuando com violência a soldo do tucano.

O governo Beto Richa, ao invés de estimular, tem a responsabilidade de dar voz de prisão a essas milícias fascistas, que agem como se fossem forças paramilitares, à margem da lei, sob pena de instituir o caos social no Paraná.

Segundo denúncia de estudantes e organizações da sociedade civil, Richa esteve reunido em Palácio Iguaçu antes da ação ‘paralela do Estado’ desenvolvida pelos fascistas da MBL.

Após o encontro entre governo e os fascistas, o MBL “tentou a sorte” no Colégio Estadual do Paraná (CEP) — o maior do estado. Na oportunidade, a União Brasileira de Mulheres (UBM) lançou manifesto contra os extremistas e mercenários contratados pelo governo do Paraná.

“A UBM manifesta seu intenso repúdio à ação violenta e covarde do protofascista Movimento Brasil Livre (MBL)”, diz um trecho do documento.

Neste fim de semana, de acordo com autoridade militar ouvida pelo Blog do Esmael, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), também se reuniu com as cúpulas da segurança pública e das polícias. Ou seja, o governo Richa estaria preparando um novo 29 de abril — com massacre de estudantes nas escolas ocupadas.

Rossoni tem histórico de violência contra os movimentos sociais legítimos e contra a dignidade da pessoa humana.

A estratégia do governo seria estimular os fascistas do MBL a invadir as escolas ocupadas, gerar o conflito, para justificar uma ação violenta da PM.

Conforme vídeo divulgado nesta segunda (24) pelo Movimento Advogados Pela Democracia, houve arrombamento e depredação numa “desocupação” no Colégio Estadual Guido Arzo, no bairro CIC, região Sul de Curitiba. “A prova de que os grupos criminosos causam a quebradeira e tentam responsabilizar os alunos”, afirma a organização.

Além de agir criminosa e covardemente na capital, sempre com a anuência do governo do estado, o MBL também rondou escolas do município de Londrina.

União Brasileira de Mulheres repudia ação provocadora do MBL contra ocupações estudantis

“A União Brasileira de Mulheres (UBM) – entidade feminista de defesa dos direitos das mulheres – manifesta seu intenso repúdio à ação violenta e covarde do protofascista Movimento Brasil Livre (MBL) de Curitiba contra estudantes que ocupam o Colégio Estadual do Paraná (CEP). Na legítima e democrática ocupação do CEP, os estudantes resistem denodadamente contra as medidas antipopulares, antinacionais e antidemocráticas do presidente golpista Michel Temer e seu aliado no Paraná, o governador Beto Richa, destacadamente lutando contra a MP 746 (“Reforma” do ensino médio) e a PEC 241.

Em 19 de outubro, secundaristas que ocupam o maior colégio do Paraná relatam que viveram momentos de assédio e terror, quando cinco homens, apresentando-se como integrantes do MBL, liderados por Eder Borges (candidato derrotado a vereador pelo partido de Bolsonaro), tentaram adentrar o Colégio. Os representantes do MBL abusivamente interrogavam os estudantes com perguntas descabidas, filmavam e ameaçavam, chegando ao ponto do assédio sexual físico contra uma aluna.

Tais atitudes violentas contra estudantes constituem prática fascista, machista e covarde, merecedoras de reprovação da sociedade brasileira.

O repulsivo episódio tem da parte da União Brasileira de Mulheres veemente condenação, pois violam não só a Constituição Federal como também o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Diante da gravidade do caso, vergonha para Curitiba e para nosso Estado, demandamos rigor na apuração dos fatos e punição dos agressores do MBL.

Saudamos todas as ocupações dos estudantes que lutam bravamente por seus legítimos interesses e entendemos que estão construindo, pela própria experiência, sua formação de cidadãos críticos, um exemplo para outros segmentos sociais que também prezam a democracia e a Educação Pública Gratuita de qualidade.

Viva a luta da juventude! Abaixo a MP 746 e a PEC 241!

Viva a luta do povo brasileiro!

Fora fascistas! Fora Temer Golpista!

Curitiba, 21 de outubro de 2016.”

Redação:
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