(Foto: PMDB)
Arpeggio – Coluna política diária – edição extraordinária
Por Miguel do Rosário
Em seu último xadrez, o blogueiro Luis Nassif interpreta a prisão de Cunha como uma movimentação óbvia da Lava Jato.
Ele lembra uma coisa que eu esqueci de dizer nas análises que fiz aqui ontem sobre a prisão de Cunha: Eduardo Cunha nunca foi do establishment, como Serra e Aécio. O que a mídia está tentando fazer, histericamente, que é vender a sua prisão como prova da imparcialidade de Sergio Moro, é mais uma grosseira farsa.
Há um outro fator, também óbvio, que o Nassif não falou: a prisão de Eduardo Cunha não gera prejuízo partidário para o grupo golpista, pela simples razão de que a narrativa da Lava Jato e da mídia é de que a corrupção que envolve outras legendas, que não o PT, não é tão ruim assim.
É uma corrupção “do bem”, como disse uma vez Merval Pereira, do conselho editorial do Globo e principal âncora de política do grupo, uma corrupção conduzida apenas para enriquecimento pessoal.
Vale retomar a filosofia mervaliana, que é uma dessas pérolas da literatura política latino-americana. Em dezembro de 2014, quando a Lava Jato se preparava para avançar em suas conspirações golpistas, sempre em cumplicidade com a mídia, Merval Pereira assina uma coluna intitulada “Corrupção institucionalizada”, na qual dizia o seguinte:
Apesar de o esquema estar em vigor há muitos anos, não há até o momento nenhuma acusação de que o PSDB montou-o para financiar suas atividades políticas.
O assunto [trensalão] está sendo tratado como um esquema de corrupção tradicional, digamos assim, e o que se deve estranhar é que tenha funcionado durante tanto tempo sem que três governos tucanos nada notassem.
Ao contrário, no petrolão (e já houve a comprovação disso no mensalão) há indicações de que esses esquemas passaram a ser institucionalizados, e o que era área de influência deste ou daquele político ou grupo político passou a obedecer a um esquema mais organizado de financiamento dos partidos políticos.
Como se vê, há a corrupção “tradicional, digamos assim”, que naturalmente é a corrupção tucana, e a corrupção “institucionalizada”, que é a petista.
A corrupção do mal, segundo essa narrativa, é a do PT, porque é a corrupção para “se eternizar no poder”, para “influenciar e deturpar o jogo político”, para “interferir na democracia”. O vocabulário de Sergio Moro para se referir à corrupção do PT é exatamente o mesmo que se usou na Ação Penal 470. Do ponto de vista jurídico, essa tática abre infinitos horizontes para as acusações, porque permite aplicar um peso muito maior às condenações. É uma narrativa que confere uma força quase bíblica às investigações, porque não se trata apenas de punir episódios de corrupção mas sim de aniquilar a “corrupção sistêmica” nacional, uma justificativa de Moro para o excesso de prisões cautelares. Moro dirá ainda que o combate à corrupção sistêmica requer uma “excepcionalidade relativa”.
Evidentemente, isso é uma farsa. Toda corrupção política tem desdobramentos partidários e eleitorais, até porque o político corrupto apenas poderá continuar roubando se continuar se elegendo. Isso é óbvio. Não existe corrupção inocente como tenta vender a Globo. Todas são igualmente nocivas e diabólicas. Quer dizer, até poderíamos fazer, num arriscado exercício de cinismo, uma hierarquia moral da corrupção, mas aí não creio que o PSDB figurasse em tão boa posição como pretende Merval Pereira.
No mensalão, procuradores e mídia divulgavam os valores que Marcos Valério recebia, que não tinham nada a ver com o PT, referentes às contas de publicidade da DNA Propaganda (mais de R$ 100 milhões de empresas de Daniel Dantas, de quem ele era também lobista) ou mesmo de esquemas particulares de Valério, que era um brilhante operador de mercado financeiro, juntando tudo no mesmo saco, para confundir a opinião pública.
A mesma coisa faz a Lava Jato e a mídia quando encontra anotações e transferências de valores das empresas investigadas. Primeiro misturam anotações informais, não importa se anotação a lápis em papel de padaria ou na área de rascunho do celular, ou se planilha organizada no computador, com recibos e comprovantes de transferência de valor legal. Em seguida misturam pagamentos reais, comprovados, por serviços prestados, com outros sem comprovação (mas não necessariamente criminosos). Há uma terceira mistura, que é misturar doações de caixa 2 com doações legais. A esses valores são agregadas as propinas ou supostas propinas, cuja existência serve para criminalizar todas as operações legais ou semi-legais das empresas.
Tudo isso é misturado, para confundir a opinião pública. Em seguida, há uma terceira alquimia da Lava Jato para produzir o efeito desejado: somar valores durante um longo período de tempo, uma estratégia velha dos jornalões quando quer promover um assassinato de reputação. A primeira vítima que me vem a cabeça é o almirante Othon Pinheiro, heroi da energia nuclear brasileira. As manchetes eram de que ele recebeu R$ 4 milhões de uma “empresa da Lava Jato”. Aí no corpo da notícia, informava-se que os valores referiam-se a 6 anos de consultoria, o que dá R$ 50 mil por mês. É um bom dinheiro, mas considerando que Sergio Moro, que não descobriu nenhuma fórmula brilhante de como se produzir energia nuclear a baixo custo, ganhou R$ 77 mil apenas num mês, e que os procuradores de Curitiba, entre diárias e extras que estão ganhando por mês para levar adiante essa operação Brother Sam chamada Lava Jato também ganham bem mais que R$ 55 mil ao mês, e igualmente não são cientistas revolucionários, como é Othon Pinheiro, por aí a gente vê como a mídia e a Lava Jato são cafajestes (para usar um termo delicado).
Fazem isso com o PT. As empreiteiras sempre doaram aos partidos, a todos eles. Uma das razões da vitória de Lula em 2002, e há um estudo do professor Wanderley Guilherme dos Santos sobre isso, é que parte do capitalismo brasileiro desejou e patrocinou sua vitória, porque não aguentava mais o neoliberalismo tucano, cuja gestão foi marcada por um solene desprezo para com questões de infra-estrutura; trabalhava apenas para o mercado financeiro. Em 2002, houve uma nítida dicotomia entre os financiadores do PSDB e do PT: do lado tucano, bancos e corretoras de valores; do lado do PT, empreiteiras. A razão era simples: o PT tinha projetos de tocar grandes obras de infra-estrutura, como de fato fez.
Só que já na eleição de 2006, as empreiteiras voltaram a doar normalmente, em partes quase iguais, aos dois pólos políticos: PSDB e PT. E assim vem fazendo desde então.
O que fazem os procuradores da Lava Jato? Misturam doações legais, ilegais, consultorias, serviços prestados, no mesmo balaio das propinas, que infelizmente existem, para produzir manchetes de jornal.
Não há preocupação nenhuma com a saúde de empresas estratégicas para o desenvolvimento nacional e a manutenção do nível de emprego, que a partir de então são tratadas pela mídia não mais como jóias da coroa da indústria brasileira, mas como “empresas da Lava Jato”.
O desprezo da mídia tucana pelas empresas de engenharia é um desprezo pela infra-estrutura; é um desprezo, portanto, pelo próprio Brasil.
O máximo radicalismo a que se poderia permitir o Estado, caso realmente entendesse ser necessário intervir nas empresas para combater a corrupção, seria assumir o seu controle e estatizá-as, impondo regras duras de accompliance e transparência. Destruir, nunca! Nem os comunistas mais radicais, nem Saddam Hussein, jamais pensariam em destruir empresas: o que eles fazem, se assumem o poder, é ocupá-las, nacionalizá-las, para que não haja nenhuma perda de patrimônio tecnológico e mão-de-obra.
A República da Lava Jato é gerida por um bando de loucos furiosos, essa é a verdade, mas essa loucura tem método e apoio na mídia. Serviu ao propósito, que era derrubar o governo, destruir o PT e enfraquecer Lula – quiçá prendê-lo ou inviabilizá-lo.
Com o Road Show do governo Temer mundo a fora, tentando vender às pressas uma quantidade enorme de obras de infra-estruturas paralisadas pela Lava Jato, há um outro fator que agora ficou claro.
Quem é o responsável, dentro do governo, para coordenar o grande feirão do Brasil que começará no ano que vem (confira o site federal do Projeto Crescer), em que venderemos, a qualquer preço, estradas, portos, aeroportos, centrais elétricas, hidrelétricas, sistemas de abastecimento de água, pré-sal, jazidas de minério, ouro, etc, para empresas estrangeiras?
É Moreira Franco, uma múmia eleita pela Globo para o estado do Rio, responsável pelo desmantelamento do sistema de educação pública montado por Brizola, e possuidor de uma enorme lista de capivaras.
A Globo promove uma blindagem acintosa de Moreira Franco. Na própria Lava Jato, há várias delações, várias delas recentes, contra Moreira Franco. E lá está ele, em Nova York, Londres, Tóquio, coordenando a venda do Brasil.
Acontece que Moreira Franco é o homem de que a Globo e suas cúmplices no golpe precisam para levar adiante o feirão do patrimônio nacional. A Globo não apenas vai ganhar bilhões de verbas federais do governo Temer, que lhe é devedor, além de ser um governo fraco, sem base social, que precisa da mídia para sobreviver; a Globo também deve entrar no feirão de infra-estrutura, pois que empresa estrangeira se arriscará a entrar no mercado brasileiro sem antes pagar um “pedágio” milionário à mídia brasileira, que não respeita nada e agora formou uma espécie de coligação partidária (que poderíamos também chamar de coligação criminosa, ou máfia) com o judiciário?
E aí o xadrez do golpe começa a perder um pouco a sua aura de mistério. As sombras vão se dissipando. Os golpistas sacrificaram a democracia, milhões de postos de trabalho, trilhões do PIB, em troca de ficarem ainda mais ricos.
Foi o dinheiro, estúpido!
***
Xadrez do fator Eduardo Cunha
O XADREZ DO GOLPE
QUI, 20/10/2016 – 06:04
ATUALIZADO EM 20/10/2016 – 07:24
Por Luis Nassif, no Jornal GGN.
A graça de um cenário é quando consegue identificar fatos pouco conhecidos, montar ilações pouco percebidas, tirar conclusões inesperadas.
Não é o caso da prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, respeitosamente detido pela Polícia Federal, com autorização do juiz Sérgio Moro, e com a recomendação de não fazerem espetáculo.
As conclusões unânimes são as seguintes:
1. Eduardo Cunha era pato manco desde o ano passado. Era um caso de prisão óbvia.
2. Nunca pertenceu ao establishment político e midiático, como Aécio Neves e José Serra. Portanto, seria mínima a linha de resistência à prisão.
3. O grupo da Lava Jato, juiz Sérgio Moro à frente, conta que, com a prisão, se consiga demonstrar um mínimo de imparcialidade, ampliando a força para uma futura prisão de Lula.
Essas são as conclusões óbvias. Os desdobramentos, são mais imprevisíveis.
Ninguém minimamente informado tem a menor dúvida sobre a parcialidade da Lava Jato e sobre as estratégias políticas por trás de cada operação. Nas vésperas das eleições municipais, foram mais três operações com estardalhaço sobre alvos petistas.
Agora, uma operação discreta sobre um não-petista.
Há os objetivos óbvios da Lava Jato e os desdobramentos ainda obscuros.
A graça de um cenário é quando consegue identificar fatos pouco conhecidos, montar ilações pouco percebidas, tirar conclusões inesperadas.
Não é o caso da prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, respeitosamente detido pela Polícia Federal, com autorização do juiz Sérgio Moro, e com a recomendação de não fazerem espetáculo.
As conclusões unânimes são as seguintes:
1. Eduardo Cunha era pato manco desde o ano passado. Era um caso de prisão óbvia.
2. Nunca pertenceu ao establishment político e midiático, como Aécio Neves e José Serra. Portanto, seria mínima a linha de resistência à prisão.
3. O grupo da Lava Jato, juiz Sérgio Moro à frente, conta que, com a prisão, se consiga demonstrar um mínimo de imparcialidade, ampliando a força para uma futura prisão de Lula.
Essas são as conclusões óbvias. Os desdobramentos, são mais imprevisíveis.
Ninguém minimamente informado tem a menor dúvida sobre a parcialidade da Lava Jato e sobre as estratégias políticas por trás de cada operação. Nas vésperas das eleições municipais, foram mais três operações com estardalhaço sobre alvos petistas.
Agora, uma operação discreta sobre um não-petista.
Há os objetivos óbvios da Lava Jato e os desdobramentos ainda obscuros.
Peça 1 – Prisão e/ou inabilitação de Lula para 2018.
Dias atrás, a Vox Populi soltou uma pesquisa sobre eleições presidenciais. Em todas elas, dava vitória de Lula no primeiro turno. Nenhum veículo de imprensa repercutiu.
Ontem, foi a vez da CNT-IBOPE divulgar outra pesquisa com resultados semelhantes.
Mais ainda. No segundo turno, o único em condições de enfrentar Lula seria Aécio Neves (devido ao recall das últimas eleições) e mesmo assim haveria empate técnico.
Com todos os demais candidatos, haveria vitória de Lula.
Um dado da pesquisa Vox Populi foi pouco notado. Na relação dos brasileiros mais admirados, o primeiro é Sérgio Moro, com 50%. O segundo, Lula, com 33%. O terceiro, Dilma com 23%. Os demais vêm mais abaixo.
Hipoteticamente, a única pessoa capaz de peitar Lula seria Sérgio Moro. E em seu terreno, o Judiciário e no terreno comum da opinião pública.
Peça 2 – Os tucanos blindados
Para analisar os desdobramentos da eventual delação de Eduardo Cunha, o primeiro passo é identificar os que NÃO serão atingidos.
Obviamente, serão as lideranças tucanas, devidamente blindadas pela Lava Jato e pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Aécio Neves
Os jornais soltam fogos de artifício para demonstrar isenção. Foi o caso da denúncia de que Aécio Neves viajou para os Estados Unidos com recursos do fundo partidário, um pecadilho.
A dúvida que ninguém respondeu até agora: porque Dimas Toledo, o caixa político de Furnas, jamais foi incomodado pela Lava Jato ou pela Procuradoria Geral da República (PGR)?
Dimas é a chave de todo esquema de corrupção de Furnas.
Há o caso do helicóptero com 500 quilos de cocaína, que jamais mereceu uma iniciativa sequer do Ministério Público Federal.
Em 2013, o MPF aliou-se à Globo para derrubar a PEC 37, que pretendia restringir seu poder de investigação. A alegação é que o MPF não poderia ficar a reboque da Polícia Federal, quando percebesse pouco empenho nas investigações.
A PF abafou o caso do helicóptero. E o MPF esqueceu.
José Serra
A recente decisão da Justiça, de anular a condenação dos réus do chamado “buraco do Metrô”, escondeu um escândalo ainda maior. Os réus eram funcionários menores das três empreiteiras envolvidas – Odebrecht, Camargo Correia e OAS.
Fontes que acompanharam as investigações, na época, contam que a intenção inicial do Ministério Público Estadual era indiciar os presidentes das companhias. Houve uma árdua negociação política, conduzida por instâncias superiores do Estado, que acabou permitindo que as empreiteiras indicassem funcionários de escalão inferior. O custo da operação teria sido de R$ 15 milhões, divididos irmãmente entre as três empreiteiras.
O governador da época era José Serra.
Na Operação Castelo de Areia (que envolveu a Camargo Correia, e que foi anulada graças a um trabalho político do advogado Márcio Thomas Bastos) havia indícios veementes do pagamento de R$ 5 milhões pela empreiteira. Agora, a delação da Odebrecht menciona quantia similar. Interromperam a delação do presidente da OAS, mas não seria difícil que revelasse os detalhes.
São bolas quicando na área do PSDB e que dificilmente serão aproveitadas pela Lava Jato ou pelo PGR.
Peça 3 – os desdobramentos da delação de Cunha
Desdobramento 1 – Temer
Eduardo Cunha é obcecado, mas não rasga dinheiro. Tem noção clara de seus limites. Sabe que uma delação só aliviará suas penas se aceitas pela Lava Jato ou pelo PGR.
Como existe o privilégio de foro para políticos com mandato ou cargos, o árbitro para as delações envolvendo o andar de cima é o PGR Rodrigo Janot.
Portanto, todos os desdobramentos da prisão de Cunha se darão nas relações entre PSDB-mídia-Judiciário e a camarilha dos 6 (Temer, Cunha, Jucá, Geddel, Padilha, Moreira Franco) que assumiu o controle do país.
Poderá haver acertos de conta pessoais de Cunha com um Moreira Franco, por exemplo, que poderá ser defenestrado sem danos maiores ao grupo de Temer.
Mas qualquer ofensiva mais drástica sobre o grupo teria que ser amarrada, antes, com a mídia (especialmente Globo), com o PSDB e sentir os ventos do STF (Supremo Tribunal Federal).
Temer tem se revelado um presidente abaixo da crítica. Mas ainda é funcional, especialmente se entregar a PEC 241. A cada dia, no entanto, amplia seu nível de desgaste. Em um ponto qualquer do futuro se tornará disfuncional. E aí a arma Eduardo Cunha poderá ser sacada pelo PGR.
Desdobramento 2 – Lava Jato
A Lava Jato vive seus últimos momentos de glória. Seu reinado termina no exato momento em que pegar Lula. Justamente por isso, é possível que queira tirar alguns fogos de artifício da gaveta para o pós-Lula.
À medida em que se esgote, os tribunais superiores passarão a rever suas ilegalidades, a fim de poupar os políticos até agora não atingidos por ela.
Mas ainda é uma caixa de Pandora.
Desdobramento 3 – as novas lideranças
A prioridade total é a inabilitação e/ou prisão de Lula.
Só depois disso é que haverá o novo realinhamento político, e aí com novo atores.
Do lado do PSDB:
1. Geraldo Alckmin subindo, depois da vitória de João Dória Jr.
2. Aécio em queda, pelos indícios de crime, mesmo não levando a consequências legais.
3. Serra fora do jogo, tentando decorar siglas de organizações multilaterais, sem apoio no PSDB e no DEM.
Do lado das oposições:
1. Já está em formação um núcleo de governadores progressistas, visando costurar estratégias e alianças acima das executivas dos partidos. Anote que daqui para a frente tenderão a ter um protagonismo cada vez maior na cena política, substituindo as estruturas partidárias, imobilizadas em lutas internas.
2. Ciro Gomes é o opositor de maior visibilidade, até agora, mas mantendo o mesmo estilo carbonário da juventude. Suas verrinas contra Temer fazem bem ao fígado, mas preocupa as mentes mais responsáveis.
3. Há uma tendência de crescimento de Fernando Haddad, prefeito derrotado nas últimas eleições. Na expressão do governador baiano Rui Costa, Haddad caiu para cima. Sua avaliação, no MEC e na prefeitura de São Paulo, crescerá com o tempo.