Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho
O primeiro turno das Eleições 2016 termina com notícias muito positivas, com destaque para os fatos seguintes: Marcelo Freixo, do PSOL, em segundo turno no Rio de Janeiro; Fernando Haddad, do PT, com a segunda maior votação em São Paulo, e a grande derrota do PMDB golpista nas duas maiores cidades do país.
Esta derrota do PMDB pode bloquear a implementação dos projetos golpistas para a Previdência e para a economia e, ao mesmo tempo, acirrar suas disputas com o PSDB de Geraldo Alckmin, que sai vitorioso em São Paulo. Este deve ser um fator importante para a desestabilização do golpe.
O fato de que todos os esforços da mídia, da Lava Jato, do STF, do MPF, do empresariado, coligados contra as esquerdas, não tenham dado a vitória a Temer, é uma tragédia para o golpe. Ao menos, para a sua consolidação. E significa, acima de tudo, que essas forças aninhadas na conspiração não conseguiram esmagar as forças da democracia.
O cenário que se desenha, é o de repúdio ao partido de Temer, o PDMB, nas duas principais capitais do país, Rio de Janeiro e São Paulo, que somam uma população de mais de 20 milhões. Mesmo que faça muitas centenas de prefeituras em cidades inexpressivas, isso não significará quase nada para os objetivos políticos do golpe.
O mais importante será que, apesar da força da mídia, Haddad e Freixo conseguiram sobrepujar os nomes do PMDB nos dois principais centros do país.
Esse fato revela o tamanho da percepção do eleitorado sobre a política que o PMDB pretende implementar agora, no pós-golpe. Mesmo sem Haddad no segundo turno em São Paulo, é muito significativa sua colocação em segundo lugar, decisiva para a derrota do candidato do PMDB.
Embora a comemoração se deva restringir ao Rio de Janeiro, a boa notícia diz respeito ao país inteiro, uma vez que o golpe acaba de tropeçar no primeiro teste das urnas. Todos os projetos de rapinagem e maracutáias do governo Temer – como a PPI comandada por Moreira Franco –, todos os seus ridículos projetos de reforma do governo Temer (reforma da Educação, reforma da previdência, etc.) vão ficar imensamente mais difíceis de implementar após essa derrota. No fundo, foi uma grande tragédia para o golpe e uma grande vitória para a democracia.
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