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Anulação de julgamento do Carandiru – Filho do Desembargador é candidato na coligação do PSDB

Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho Já surgem suspeitas consistentes de que o Desembargador Ivan Sartori, que anulou os julgamentos do Carandiru, o fez por motivos políticos desprezíveis: seu filho, Guilherme Sartori é candidato a vereador pelo PHS, um dos partidos que apoiam a candidatura de João Dória (PSDB). A promoção da impunidade, […]

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Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho

Já surgem suspeitas consistentes de que o Desembargador Ivan Sartori, que anulou os julgamentos do Carandiru, o fez por motivos políticos desprezíveis: seu filho, Guilherme Sartori é candidato a vereador pelo PHS, um dos partidos que apoiam a candidatura de João Dória (PSDB).

A promoção da impunidade, ninguém ignora, tem efeitos nefastos sobre a situação da segurança pública no Brasil hoje. Longe de ser uma questão abstrata de justiça, a impunidade acena para uma degradação insanável da sociedade e da segurança.

Hoje no país a violência policial e parapolicial crescem de forma assustadora. As milícias no Rio de Janeiro, boa parte formada por ex-PMs e ex-Bombeiros, implantaram um clima de terror permanente, e o assassinato de 14 candidatos nessas eleições, mostra que futuro espera pelo Brasil com decisões como a do desembargador Sartori.

É sintomático que o próprio desembargador, como se vê em matéria do G1 de hoje, criticado na sua fanpage no Facebook, tenha reagido com agressividade e violência verbal contra uma mulher. Ela havia afirmado que o magistrado (que mandou prender em julho um homem acusado de furtar cinco salames),

“prende ladrão de salame faminto mas libera massacre, não só escreve seu nome na história da pior maneira possível como ajuda a manchar ainda mais a imagem cada vez mais combalida do TJ-SP e da Justiça como um todo no país”.

Deixando bem claro a ideia que faz da justiça e da civilidade, inclusive do decoro exigido das autoridades judiciais, o desembargador respondeu às críticas assim:

“Vc é uma infeliz que não sabe o que diz. Mais uma incauta dos ativistas do pseudo-direitos humanos. Leia o voto (decisão) e depois de (!) sua opinião de sua cabeça”.

Na defesa que faz da candidatura do filho contra os críticos, que associam sua decisão sobre os julgamentos do Carandiru a essa candidatura, o desembargador revela ainda outro fato digno de nota: seu filho recebeu recentemente cargo do governador de Geraldo Alckmin.

“2. Não posso impedir meu filho de fazer política e procurar políticos. Nunca pedi absolutamente nada, em favor dele, ao Governador Geraldo Alckmin, com que sempre tive uma relação respeitosa e protocolar;”

“3. O cargo para o qual meu filho foi nomeado era simples e ele ali ficou por apenas três meses. A nomeação dependeu dele mesmo.”

O que está se configurando no caso da absurda decisão sobre o Carandiru – a imposição, por altas autoridades judiciais, de interesses pessoais mesquinhos sobre os princípios da justiça – é um escândalo. Além de pressionar o MP de SP para recorrer dessa decisão, é preciso manifestar o mais indignado repúdio aos responsáveis por ela. Esperamos que os fatos que agora vão sendo revelados sejam suficientes para responsabilizar o desembargador Ivan Sartori por tamanha irresponsabilidade.

Caro leitor, com apoio do Cafezinho estou criando a página MÁQUINA CRÍTICA. O convido para visitar e curtir, ajudando a divulgar o projeto. Abraços. Bajonas Teixeira.

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Comentários

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Maria Aparecida Lacerda Jubé

02/10/2016 - 07h40

Como o governante que autorizou esse massacre não era do PT, não há crime.

Marcvs Antonivs

01/10/2016 - 13h26

Agora ficou claro como a luz do dia!


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