Estávamos aguardando por esse momento.
No Brasil, os jornalistas com acesso aos dados obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) sobre o Bahamas Leaks são: Fernando Rodrigues, do Uol; Angelina Nunes, de O Globo; Marcelo Soares, da Folha de S. Paulo; e Claudio Tognolli, da Jovem Pan.
O banco de dados contém 175 mil nomes vinculadas a offshores no paraíso fiscal.
Nesta quarta-feira (28) o jornalista Fernando Rodrigues finalmente publicou uma matéria sobre o caso — isto depois do Cafezinho (leia aqui e aqui) e do Jornal GGN (leia aqui e aqui) revelarem aos seus leitores as conexões da Globo e da família Marinho neste novo vazamento.
Fernando Rodrigues alerta para o fato de que ter uma offshore não é ilegal — desde que os recursos sejam declarados à Receita Federal — mas é no mínimo suspeito que a família mais rica do país, grandes empresários, executivos e dirigentes de estatais e partidos políticos optem por esse caminho nebuloso, em que a empresa fica praticamente secreta.
Além das Organizações Globo, Fernando Rodrigues divulga outros nomes, como: o filho do banqueiro Joseph Safra; dirigentes do Banco Original, Banco Santander, BTG Pactual e Gávea Investimentos; o presidente do Partido Novo, João Dionísio; e grandes empresas, como Grendene, Icatu Seguros, Grupo Ultra e JHSF.
Provavelmente os barões da mídia farão de tudo para abafar mais este escândalo, igual fizeram com o Panama Leaks.
Quando o assunto não vem ao caso, o modus operandi é o mesmo. Primeiro dão a notícia, sem muito destaque, a fim de parecerem ‘imparciais’. Em seguida abafam os desdobramentos do caso com um novo escândalo qualquer, mesmo que precisem forjar um.
Leia aqui a reportagem completa de Fernando Rodrigues, no UOL