por Cláudio da Costa Oliveira, economista aposentado da Petrobras
Evidentemente isto seria inusitado. Se a Vale descobrir uma nova grande jazida de minério jamais vai permitir que outra empresa venha explorá-la. A opinião pública brasileira também não aceitaria tal fato.
Mas infelizmente isto está ocorrendo com a Petrobras no pré-sal. Respaldada pelo PL 4567 em aprovação no congresso e confirmada no Plano de Negócios 2017/2021 recentemente apresentado pela Petrobras, a entrega das reservas do pré-sal para as companhias estrangeiras está em pleno andamento.
Assim como uma mineradora não sobrevive sem jazidas de minério, uma petroleira não sobrevive sem reservas de petróleo. E como diz o velho ditado: “quem dá o que tem, a pedir vem”.
A reserva do pré-sal brasileiro é a maior descoberta de petróleo das últimas décadas. As maiores petroleiras do mundo (Exxon, Shell, Chevron etc) há dez anos estão reduzindo suas reservas sem novas descobertas para repor os estoques.
Estes fatos fizeram com que poderosos interesses se voltassem para a descoberta brasileira, e uma grande campanha de difamação da Petrobras foi montada por importante parte da mídia nacional. Inverdades como: “a empresa está quebrada”, “tem uma dívida impagável”, “não tem recursos para tocar o pré-sal” etc foram difundidas largamente. Tudo mentira e já falei muito sobre isto em artigos anteriores.
Entorpecida pela corrupção descoberta pela operação Lava Jato, a opinião pública não se dá conta do que está ocorrendo.
Irados com razão, muitos brasileiros pensam que o melhor seria privatizar tudo, como se as empresas estatais fossem a causa da corrupção no país. Vendendo estatais nós não vamos acabar com a corrupção. A corrupção só vai acabar quando os corruptos forem eliminados. Se acabarmos com as estatais os corruptos vão desenvolver novos “modus operandi” que poderão ser até mais letais ao país.
As empresas estatais são necessárias, principalmente nos países em desenvolvimento, para promover o crescimento de setores para os quais as empresas privadas locais não tenham interesse ou capacidade de atuar, mas que são fundamentais para a nação.
Não podemos nos esquecer que a indústria brasileira foi criada com o suporte de estatais como Siderbras , Eletrobras e Telebras. Não podemos nos esquecer que estas estatais geraram milhões de empregos e foram importantíssimas no desenvolvimento da mão-de-obra no Brasil.
Uma descoberta como a do pre-sal teria de ser utilizada para gerar empregos, desenvolver pessoal e criar uma indústria brasileira competitiva nas áreas de óleo e gás. Mas esta oportunidade está sendo simplesmente jogada fora sem nenhuma reação.
Vejam o caso da Noruega, onde o petróleo é um monopólio estatal como no México, na Arábia e foi no Brasil antes de FHC. Recentemente a Statoil, petroleira estatal norueguesa, adquiriu da Petrobras o campo de Carcará. O presidente da Statoil se mostrou totalmente favorável ao atual processo de abertura do mercado brasileiro, mas não informou como as coisas funcionam lá na Noruega.
Enquanto aqui no Brasil a lei atual dá à Petrobras participação mínima de 30% nos poços do pre-sal, lá na Noruega a participação é de 50% e tudo funciona dentro de um regime de partilha e não de concessão que muitos estão querendo impor por aqui.
Resta lembrar que a Noruega tem um dos maiores rendas per capita do mundo ( US$ 100 mil ), o dobro da americana, e 50% de suas empresas são estatais. Sendo que na Noruega o índice de corrupção é baixíssimo, fica provado que não são as estatais que causam a corrupção nos países.
A corrupção que está sendo apurada na Lava Jato teve como base os US$ bilhões de investimentos da Petrobras no pré-sal. Agora a nova corrupção, muito mais sofisticada, terá como base US$ trilhões, que é o valor das reservas descobertas.
JOSÉ BRÁULIO LOPES DE ALMEIDA
28/09/2016 - 19h12
Se forem feitos aperfeiçoamentos no Sistema de Partilha fazendo-o um misto de Partilha e Concessão creio ser possível fazer com que [1] o Patrimônio Líquido da Petrobrás refletisse contabilmente um valor mais próximo do real fazendo a relação Dívida Líquida/EBITDA retratar a situação real da empresa e revertendo o seu atual baixo grau de crédito pelo mercado; [2]seja minimizada a possibilidade de judicialização durante a operação dos consórcios; [3] em um contrato de 30 anos haja interesse de todas as empresas consorciadas a manter a operação sem interrupção e mantendo o fluxo de caixa resultado da extração para cada uma das empresas, inclusive para a Petrobrás/Petrosal desde o início até o final da exploração contratual; [4] seja contornada a discussão ideológica por o novo modelo ser justo para a Petrobrás e empresas consorciadas em cada campo; [5] o PL 4567 seja retirado de pauta para substituí-lo por outro que preveja que a União ceda a Cessão Real de Uso à Petrobrás/Petrosal de 100% das reservas e que em cada licitação 70% sejam direitos da Petrobrás e 30% licitado e previsão contratual de que 50% da produção fique com a Petrobrás e 50% divididos proporcionalmente de acordo com a participação de cada consorciada nos direitos aos 30% das reservas.
A título de exemplo, com a cotação de hoje 28 de setembro de 2016 da taxa de câmbio (3,247 R$/US$):
O Patrimônio Líquido da Petrobrás passaria a ser de 1,235 trilhão de Reais (347 bilhões de Patrimônio Líquido atual somado ao valor de 70% das reservas de 46 bilhões de barris de óleo equivalente, ou seja, somado a 46×0,7×8,5×3,247 = 888,7 bilhões de Reais); e o valor dos 30% das reservas para uso das petroleiras consorciadas seria hoje de 117,3 bilhões de dólares que poderiam, após rateados conforme a participação de cada consorciada nos 30% licitados, ser somados ao patrimônio líquido de cada uma.
A política de conteúdo nacional pode ser aperfeiçoada, e deve ser, tendo como exemplo a maneira como foi feito na área de equipamentos de geração de energia eólica.
A substituição dos royalties por um mecanismo de repasse para os entes federados e municípios poderia partir dos valores com data base definida por negociação e tendo uma trajetória decrescente ao longo do tempo e flexível ao ponto de contemplar a receita tributária ligada a empresas da cadeia de fornecedores de equipamentos da indústria de óleo e gás.
Creio que o esboço acima é um esqueleto, um boneco, a ser avaliado.
A pressa em aprovar na Câmara dos Deputados o PL 44567 é, no mínimo , um risco muito alto considerando o que está em jogo; uma oportunidade única de desenvolvimento [área atual do pré-sal de 1.523 km²; 136 poços perfurados sendo 79 em produção e 57 de exploração; produção de 2,2milhões de barris por dia]
Estou envelhecendo escandalizado com tanta falta de discussão e pressa em aprovar o PL4567 do Zé olhogrande Cerra.
“Se a Exxon produz 2,1 milhões de barris de petróleo por dia, a Petrobras já está produzindo 2,2 milhões. Se a Exxon tem 25, sei lá, 30 bilhões [de barris de petróleo de reserva], a Petrobras vai ter 46×0,7=32,2”=>do blog do Nassif
Engenheiro José Bráulio.
wilson lins da silva filhol
26/09/2016 - 20h33
Melhor entregar tudo aos estrangeiros ,do que deixar esses picaretas daqui roubar , só assim sabemos com quem está . Melhor seria arrendar e ter percentual nos lucros . No dia que o Brasil for gerenciado como uma EMPRESA,nos vamos pra frente .
Galvão
26/09/2016 - 21h23
Cachorro vira lata sarnento. Um idiota como você é capaz de arriar as calças para um gringo só pra receber um pênis estrangeiro. Vagabundo!
wilson lins da silva filhol
26/09/2016 - 21h41
Vai tomar no cu PTista safado ,quem tá comendo a vaca de de sua mulher sou eu não ,olha pra quem tem um carro branco na sua rua que vc descobre kkkkk coooorno
Em 26 de set de 2016 9:24 PM, “Disqus” escreveu:
Octavio Filho
27/09/2016 - 13h09
É este tipo de comentário que este blog deixa passar? Temos que ficar lendo as idiotices da extrema direita? Ainda por cima, sabendo que eles são pagos com o dinheiro dos nossos impostos para postar nos blogs de esquerda. Bloqueie estes imbecis do MBL de postarem aqui. Vc não está fazendo nenhum serviço a democracia ao permitir que esta cambada de facínoras fiquem compartilhando as suas ideias imbecis. Há local para eles falarem estas MERDAS: MBL, revoltados online, globo, folha de são paulo etc. Se não, acredito que as pessoas começarão a abandonar o seu blog. Eu, pessoalmente, tenho visitado muito pouco o 247, justamente por esta “pseudoliberdade” de permitir que a extrema direita (racistas, homofóbicos, odiadores de trabalhadores, de negros,de índios etc) fique SACANEANDO as pessoas e mentindo o tempo todo. Está na hora da esquerda começar a aprender a lição. Viu o que deu a postura do José Eduardo Cardoso no MJ? Quem consente tudo, sofre todo tipo de abuso.
wilson lins da silva filhol
27/09/2016 - 13h40
Isso mesmo ,bloqueia eles todos ,eles apelam logo ,não sabem conversar . Não aceitam que foram descobertos as picaretagem deles
Em 27 de set de 2016 1:10 PM, “Disqus” escreveu:
Galvão
27/09/2016 - 14h48
Vai tomar no seu cu, vira lata entreguista.
wilson lins da silva filhol
27/09/2016 - 15h05
Isso mesmo ,kkkk PALOCCI preso kkkk, José Dirceu preso kkk, E.Guerra vai presa ,DILMÃO e LULADRÃO vão presos e vcs tudo levando Gaia kkkkk, abram os olhos ,sites de relacionamento vcs deviam entrar ,vão ter surpresas ,kkkk te. Gente levando Chifre pelo Whats App. Vejam se elas deixam vcs vasculharem o cel delas kkkkklk. Mandem esse políticos se puderem e vão tomar conta das suas mulheres kkkk
Em 27 de set de 2016 2:49 PM, “Disqus” escreveu:
wilson lins da silva filhol
26/09/2016 - 20h31
Kkkkk , vcs não se confirmam que as falcatruas de vcs PTistas acabaram ,os bandidos aos poucos sendo preso ,agora não podem dizer que é mentira , é mto dinheiro com aquele bixo esquisito PALOCCI ,kkkkk , LULADRÃO é DILMÃO já já chega em vcs ,kkkkkk. Kd José Genuíno ? Kkkkkk
Rafael Carvalho e Lima
26/09/2016 - 12h54
Seguindo tendências mundiais, investidores estrangeiros podem e hão de cobrar restituição por prejuízos da ordem de bilhões(atualmente a Petrobras vale mais de 400 bilhões e perdendo valor) do estado brasileiro por interferência e ingerências políticas e corrupção, esta ultima foi o motivo de um processo já nos Estados Unidos, no momento paralizada esperando a reestruturação economica da empresa.