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Em Fortaleza, “40 pessoas que quebram carros” também saíram às ruas contra o golpe de Michel Temer

Ato é marcado por violência na Capital Protesto contra Temer partiu da Praia de Iracema e seguiu pela Beira Mar. Houve violência durante a dispersão da manifestação. SSPDS afirma que “manifestantes infiltrados” realizaram atos de vandalismo no O Povo Em sua primeira aparição pública como presidente efetivo do País, Michel Temer (PMDB) enfrentou protestos em […]

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Ato é marcado por violência na Capital

Protesto contra Temer partiu da Praia de Iracema e seguiu pela Beira Mar. Houve violência durante a dispersão da manifestação. SSPDS afirma que “manifestantes infiltrados” realizaram atos de vandalismo

no O Povo

Em sua primeira aparição pública como presidente efetivo do País, Michel Temer (PMDB) enfrentou protestos em pelo menos 14 capitais e ouviu “Fora, Temer” durante o desfile oficial do 7 de Setembro. Em Fortaleza, o ato terminou em violência, segundo relatos de participantes ouvidos pelo O POVO.

A manifestação contra Temer na Capital partiu do aterrinho, na Praia de Iracema. Conforme organizadores, pelo menos 15 mil pessoas participaram do evento, que começou às 16 horas e seguiu pelas avenidas Ildefonso Albano, Monsenhor Tabosa e Beira Mar, onde foi encerrado de maneira pacífica.

Sem o acompanhamento da Polícia Militar e da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) durante o trajeto, os manifestantes já haviam terminado o protesto quando PMs do Batalhão de Choque chegaram ao local, por volta das 19h30min. Houve confronto.

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Os manifestantes afirmaram que os policiais chegaram atirando com balas de borracha contra quem se manteve nas proximidades do Jardim Japonês, na Beira Mar.

Uma pessoa foi detida e outras ficaram feridas depois dos disparos. Durante a ação, um PM apontou uma arma para um repórter fotográfico do O POVO, que tentava registrar imagens das prisões.

Ferido na perna esquerda, o estudante de Direito Rubens Magalhães, 28, afirmou que não houve razão para o início da dispersão. “A abordagem (policial) não foi só ilegal, foi ditatorial. Depois que eles miraram na minha perna, me puxaram e me sentaram num canto da calçada e, em seguida, quebraram o meu celular que eu havia gravado toda a ação”, narrou.

O médico e ex-secretário Nacional dos Direitos Humanos, Mário Mamede, contou que, num trecho da avenida, grupo de seis viaturas e motocicletas da Polícia foi vaiado pela multidão. Os militares reagiram. Segundo ele, pelo menos duas pessoas ficaram feridas. “Um ficou com as pernas ensanguentadas por fragmentos de bomba. Quem passava pelo local parou para ajudar”, disse.

Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que, embora a manifestação tenha transcorrido pacificamente, “cerca de 50 pessoas, provavelmente infiltradas, realizaram atos de vandalismo, pichando e quebrando fachadas”.

Ainda conforme a nota, na dispersão do ato, PMs “utilizaram munição menos letal para dispersar um grupo, após pedras terem sido atiradas em uma viatura” e que “possíveis excessos da PM serão devidamente apurados”.

***

Defensoria Pública denuncia agressão da Polícia Militar contra defensor em ato Fora Temer

Defensores presenciaram disparos de bala de borracha, agressões, bombas de efeito moral e spray de pimenta

no Diário do Nordeste

Uma das defensoras públicas de plantão que estava presente no ato Fora Temer, na noite do última quarta-feira (7), foi empurrada e advertida a se afastar pela Polícia, mesmo se identificando como defensora. Conforme a Defensoria Pública do Estado do Ceará, em comunicado divulgado no Facebook, um boletim de ocorrência foi aberto no Segundo Distrito Policial de Fortaleza sobre o ocorrido. O protesto, que reuniu cerca de 20 mil pessoas, segundo a organização do evento, aconteceu com uma caminhada pacífica do Aterro da Praia de Iracema até o anfiteatro da Avenida Beira Mar.

A instituição comunicou em suas redes sociais que “repudia o clima de tensão causado pela ação agressiva da Polícia Militar, sobretudo, no ato que culminou na noite desta quarta na Capital”. A Defensoria, por meio do Grupo de Ações Integradas de Apoio aos Eventos Promovidos por Movimentos Sociais (GAI), acompanhou as manifestações, em Juazeiro do Norte e em Fortaleza.

Na Capital, três defensores públicos acompanharam a manifestação com intuito de assegurar que não houvesse violação de direitos. Ao final, a Polícia Militar chegou de forma ostensiva para os manifestantes que já se dispersavam e houve tumulto. Os defensores públicos se apresentaram, na ocasião, tentando a mediação entre as partes, mas presenciaram disparos de bala de borracha, agressões, bombas de efeito moral e spray de pimenta.

No comunicado divulgado na internet, a Defensoria afirma que cobrará providências da Polícia Militar e abrirá procedimento na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará – CGD para apuração dos fatos.

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Comentários

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Aloisio Pereira

08/09/2016 - 13h19

Pelo menos em Fortaleza tem Defensores Públicos acompanhando as manifestações. E constataram que houve excessos por parte da polícia. Agora cabe ao estado apurar e punir exemplarmente esses maus policiais

Rogério Bezerra

08/09/2016 - 11h43

Primeiramente, todos sabem quem…
As polícias são autônomas, tanto faz se o governador é de Esquerda. Todas as polícias estão cooptadas pelo fascismo. É o braço armado dos ricos no contato diário com o povo. Caso não resolvem, entram as Forças Armadas, que sempre estão do lado dos ricos… Elas estão no projeto de fazer o Brasil um “egito tropical”. A Primavera Árabe agora é aqui. Tudo ao gosto e mando dos estados unidos (em minúsculo) .

João Bosco

08/09/2016 - 11h38

Não acredito que o Governador Camilo aderiu aos procedimentos de Geraldo Alckmin. Ou será que o secretário de segurança aderiu às idéias do ministro da justiça?


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