por Carlos Eduardo, editor do Cafezinho
Lembram daquele deputado que foi na votação do impeachment enrolado numa bandeira do Pará e que estourou um rojão de confetes no fim do pronunciamento?
Seu nome é Wladimir Costa, filiado ao Solidariedade.
Nesta semana ele ganhou o título de deputado mais “oba oba” do Congresso Nacional, por assim dizer.
Um levantamento do portal Congresso em Foco revelou que Wladimir Costa (SD-PA) foi o parlamentar com mais faltas injustificadas no primeiro semestre deste ano. Das 54 sessões em que a presença dos deputados era obrigatória, ele teve 19 faltas.
Se o motivo fosse doença, um drama familiar, ou alguma emergência que justificasse tantas faltas, até compreenderia.
O problema é seu comportamento. A impressão é que o deputado não está nem aí para a Hora do Brasil. Já se passaram seis meses e Wladimir Costa não apresentou uma justificativa sequer para as faltas. NENHUMA.
O que ele andou aprontando nesse tempo todo?
Pode parecer bobagem, mas o caso de Wladimir Costa é sério. Ou deveria ser.
A Constituição Brasileira prevê a perda do mandato do congressista que faltar a mais de um terço das sessões ao longo de um ano, sem apresentar justificativa.
Acredito que todo funcionário público conhece — ou pelo menos já ouviu falar — do artigo 323, do Código Penal Brasileiro: crime de abandono da função.
Sorte dele que na Câmara todos se protegem, corporativismo é a regra e ninguém perde o mandato, por mais grave que seja o crime cometido.
Temos ai Eduardo Cunha como exemplo. Se nem mesmo um escândalo desta magnitude comove nossos deputados, não será uma besteira dessas que vai tirar o sono do deputado Wladimir Costa.
Nessas horas tento enxergar o lado bom das coisas. Do jeito que o país anda de ponta cabeça, com a pior legislatura da história recente agindo deliberadamente contra o povo, aprovando cortes nos programas sociais e outros retrocessos brutais, talvez seja melhor ele faltar as sessões. É um deputado a menos para prejudicar com a nossa vida.
Leia aqui a matéria completa do Congresso em Foco.
Luiz
25/08/2016 - 12h37
e porque nao existe um regulamento de “nao trabalha, nao recebe?”…nesse prostibulo chamado congresso?