PT diz “não” a plebiscito e seu presidente nega abandono de Dilma

A um dia da votação do impeachment, cúpula do partido decidiu rejeitar proposta da presidenta afastada ao afirmar que manobra não atrairia votos de senadores (Foto: EBC)

no Brasileiros

A um dia do início da votação do impeachment da presidenta afastada, Dilma Rousseff, no Senado, a cúpula do PT rejeitou, por 14 votos a 2, a proposta apresentada por ela para convocação de plebiscito sobre a antecipação de eleições presidenciais no Brasil. A votação decidiu sobre a publicação de um documento que endossaria o pedido de Dilma, expresso em carta ao povo e ao Senado na semana passada.

Agora oficial, a posição já era defendida pelo presidente do partido, Rui Falcão, para quem a promessa de plebiscito não teria capacidade para atrair o voto de senadores contra o impeachment. Questionado, negou abandono da presidenta. “A carta foi amplamente reproduzida em nosso site. Por que repô-la aqui?”, questionou, informa o jornal Folha de S.Paulo.

A proposta, do secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, causou constrangimentos durante a discussão. Árabe chegou a chamar Falcão de “usurpador” por ter se posicionado contra o plebiscito sem consultar o partido, mas depois admitiu que se excedeu na declaração.

O documento aprovado acusa Michel Temer de ser o usurpador e, embora rejeite a consulta popular, endossa manifestações contra o impeachment. “A ação nefasta estende-se à política altiva e ativa do Itamaray, agora transmutada pelo golpista José Serra em alinhamento automático e submisso aos Estados Unidos”, diz o texto.

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