Com adesão de trabalhadores no Brasil e no exterior, servidores do Itamaraty entram em greve
no Opera Mundi
Servidores do Ministério das Relações Exteriores entraram em greve por tempo indeterminado ao meio-dia desta segunda-feira (22/08) reivindicando equiparação salarial dos integrantes do SEB (Serviço Exterior Brasileiro) às demais carreiras típicas de Estado do Poder Executivo.
A categoria quer receber o mesmo valor designado a profissionais de áreas como Receita Federal, Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e Planejamento. Até o momento, porém, o governo ofereceu apenas reajustes salariais que são rejeitados pelos servidores.
As negociações para a recomposição salarial com o Ministério do Planejamento se iniciaram em março de 2015. A pasta ofereceu, em diversas ocasiões, a proposta de reajuste de 27,9%, que seria dividida em três anos e passaria valer a partir de janeiro de 2017. Todas as vezes, porém, o sindicato rechaçou a proposta, sob alegação de que o percentual não cobre a defasagem acumulada desde 2008.
“A gente recebe os menores subsídios, os menores salários, só o reajuste não iria resolver”, disse a presidente do Sinditamaraty (Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores), Suellen Paz, a Opera Mundi.
Um estudo do sindicato sobre a remuneração recebida pelos integrantes do Serviço Exterior Brasileiro e pelos servidores de outras carreiras típicas indicou uma defasagem média de 28,48% para o cargo de assistente de chancelaria; 31,88%, para o posto de oficial de chancelaria e 7,11% para diplomatas.
O Sinditamaraty reivindica subsídio inicial de R$ 7.284,89 e final de R$ 12.517,16 para assistentes de chancelaria; subsídio inicial de R$ 21.644,81 e final de R$ 28.890,13 para diplomatas; e subsídio inicial de R$ 14.380,72 e final de R$ 20.713,63 para oficiais de chancelaria.
O movimento tem adesão de trabalhadores no país e em postos do exterior. Até o momento não há informações sobre o número de representações diplomáticas que aderiram à greve.
Segundo o sindicato, 30% dos servidores continuarão em atividade, como determina a legislação brasileira.
Além dos serviços administrativos, serão afetadas atividades de legalização de documentos, assistência consular, emissão de passaportes, vistos, atos notariais e registro civil nos postos no exterior.
Falta de diálogo
Paz reclama de falta de diálogo por parte da cúpula do Itamaraty. Ela diz que a categoria tenta uma reunião com o novo chanceler, José Serra, desde sua posse em maio – quando foi nomeado pelo vice-presidente em exercício da Presidência, Michel Temer – mas não houve retorno por parte do novo ministro.
A gestão anterior de Mauro Vieira, no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, chegou a designar uma comissão para tratar das reivindicações com a categoria, mas, segundo a presidente do Sinditamaraty, “também faltou muito empenho político”.
A comissão segue ativa na gestão de José Serra à frente do Itamaraty, mas, segundo Paz, o grupo “tem um alcance bem restrito porque não tem poder de decisão nenhum”. “Na prática, não tivemos retorno sobre o que pedimos até hoje”, afirma.
Em 23 de junho, os servidores realizaram um dia de paralisação para pressionar o Itamaraty sobre a pauta de reivindicações da categoria, que também não resultou em abertura de diálogo.
Opera Mundi procurou a assessoria do imprensa do Itamaraty e aguarda retorno.
Maria Thereza G. de Freitas
23/08/2016 - 17h19
nada contra as reivindicações dos funcionários. Mas pensei que estavam em greve por conta do “chanceler” que lhes foi imposto. Boa sorte. Pagando bem, que mal tem, não é mesmo?
Messias Franca de Macedo
23/08/2016 - 12h34
“Não Desanime, a História Começa dia 29”
… Dileto(a) e consciente leitor(a), bem-vindo(a) a um homem bom de sublime nome Bemvindo!
https://www.youtube.com/watch?v=HAZM7Nvic8I
RENATO ANDRETTI
24/08/2016 - 00h10
MARAVILHOSO…
REVIVI
NÃO É A TOA QUE ME CHAMO RENATO..
Dilson Magno
23/08/2016 - 11h00
Quero ver quem vai defender quem ganha o bolsa família, o bolsa estudante, o bolsa salario mínimo, essa é a greve dos marajás…