(Lula na comemoração pelo dia da consciência negra. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
Por Pedro Breier, correspondente policial do Cafezinho
Meio escondida, envergonhada, curtinha, mas está lá nos portais da mídia cartelizada a notícia: Lula não foi indiciado no caso do tríplex do Guarujá (com outras palavras, logicamente).
Ontem escrevi aqui sobre como funciona a articulação entre a mídia e o Judiciário para atingir seus adversários políticos.
Hoje a imprensa corporativa nos brinda com uma demonstração de como age quando o consórcio midiático-judicial encontra seu limite nos fatos.
Durante meses o caso do tríplex da luxuosa praia de Guarujá foi utilizado pela mídia para atacar Lula.
Capa da Veja, reportagem no Fantástico, toda a consternação de William Bonner, o pacote completo.
O Fantástico desceu ao sensacionalismo barato, comparando detalhes irrelevantes do apartamento com o de um vizinho:
O Jornal Nacional também fez uma matéria sensacionalista, em março, com imagens de uma visita de Lula ao apartamento. Lula havia confirmado a visita em janeiro.
Os fatos não permitiram que a PF indiciasse Lula.
Quando os fatos são um entrave para a ação da mídia oligopolizada ela simplesmente dá uma escondida e não repercute notícias que desmontam a sua narrativa política.
No Supremo Tribunal da Mídia Lula já é culpado há muito tempo, não importa do que.
A concentração dos meios de comunicação alimenta uma vergonhosa Justiça partidária, inadmissível em uma democracia.