Arpeggio – Coluna política diária – 15/08/2016
Por Miguel do Rosário, editor-chefe do Cafezinho
O professor Wanderley Guilherme dos Santos, um dos maiores expoentes mundiais da ciência política, analisa, em entrevista exclusiva para o Cafezinho, gravada em vídeo na tarde de hoje, segunda-feira, os últimos desdobramentos do golpe em curso no Brasil.
Conversamos sobre quatro pontos:
1) Declarações recentes do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, de que iria pedir a cassação do registro partidário do Partido dos Trabalhadores (PT). O que significam essas ameaças ao sistema democrático?
2) Sobre a expansão do eleitorado brasileiro. Em 1964, o eleitorado brasileiro ainda era reduzido. João Goulart, que teve quase tantos votos quanto Jânio Quadros, obteve 5 milhões de votos. Dilma obteve 54 milhões de votos. Em que essa diferença abissal de magnitude, entre 1964 e 2016, diferencia os dois golpes?
3) Sobre a inércia da população brasileira mais pobre, que hesita em fazer parte de ações coletivas contra seus opressores.
4) Sobre o papel da classe média na construção do impeachment.
Observação importante: no vídeo, a pintura na parede, atrás do professor, é de Juliano Guilherme, filho de Wanderley. Juliano é um grande artista plástico, além de um cidadão consciente politicamente, progressista – e, claro – radicalmente antigolpe.
Assista ao vídeo abaixo: