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Optar por Presidente ou Presidenta é mais importante do que você imagina

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil por Carlos Eduardo, editor do Cafezinho Tadeu Porto, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e colunista aqui do Cafezinho, publicou ontem um artigo muito interessante, em que compara a fala da ministra Cármen Lúcia com uma discussão de Facebook. Isso me fez lembrar outra rede social, o Twitter, que […]

27 comentários
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

por Carlos Eduardo, editor do Cafezinho

Tadeu Porto, diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e colunista aqui do Cafezinho, publicou ontem um artigo muito interessante, em que compara a fala da ministra Cármen Lúcia com uma discussão de Facebook.

Isso me fez lembrar outra rede social, o Twitter, que nesta semana foi palco de intenso debate sobre a luta por direitos iguais, devido um comentário maldoso a respeito da judoca Rafaela Silva.

Tudo começou depois que o jornalista André Forastieri, colunista do portal R7, postou o seguinte tuíte:

print_forastieri1208

Não demorou muito para ele receber uma enxurrada de respostas. O Brasil Post selecionou as melhores e separei algumas:

print_thalita1208

print_joao1208

print_luiza1208

Este último da menininha tirando uma foto ao lado do cartaz da animação Cada Um na Sua Casa (Home, em inglês) é o melhor. Resume perfeitamente o que pessoas como André Forastieri parecem não compreender.

Representatividade. E quão isto é importante para o processo de empoderamento das minorias.

Durante a cerimônia de alternância da presidência do STF, o ministro Ricardo Lewandowski disse: “Concedo a palavra à ministra Cármen Lúcia, nossa presidenta eleita… ou presidente?”

Cármen Lúcia respondeu: “Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”

A fala da ministra foi decepcionante e vou explicar por quê.

Diante da falência intelectual do jornalismo praticado no Brasil desde a eleição de Lula, em 2002, há alguns anos decidi abandonar de vez os jornalões, revistas, telejornais e outros veículos da grande imprensa, para o bem da minha saúde mental. Se ainda dou uma olhada neles de vez em quando é por causa do ofício.

Melhor ler a blogosfera política norte-americana, muito mais rica e plural que a brasileira diga-se de passagem, ou assistir ao noticiário internacional, repleto de debates políticos sobre todos assuntos possíveis, sem distinção.

Nos Estados Unidos é muito comum casos de juízas da Suprema Corte, ou senadoras e deputadas do Congresso Americano, reivindicarem o direito de decidir o modo como querem ser chamadas.

Isso se chama empoderamento.

Um dos casos mais emblemáticos ocorreu no Senado Americano, em 2009, quando a democrata eleita pelo estado da Califórnia, Barbara Boxer, deu uma bronca no General Michael Walsh que insistia em chamá-la de madame (ma’am, em inglês) durante uma audiência no Congresso — no inglês não há diferença de gêneros para ‘Senador’. Homens e mulheres são chamados de Senator. Mesmo assim mulheres, quando ocupam cargos de liderança, costumam ser chamadas de Ma’am, em sinal de respeito. Entretanto, uma nova geração de mulheres está incomodada com o termo Ma’am, usado principalmente para se referir a uma senhora mais velha ou idosa e não necessariamente a uma mulher em cargo de liderança, por isso muitas delas pedem outro tratamento.

Impressiona o baixo nível da elite brasileira. Da boca pra fora costuma dizer que os Estados Unidos servem de exemplo para o Brasil, mas na prática são arcaicos, provincianos, e acima de tudo, machistas e preconceituosos.

Mais triste ainda é ver uma juíza da Suprema Corte reproduzir o machismo ultrapassado de nossas elites.

Quando Dilma foi eleita ela pediu educadamente para ser chamada de PRESIDENTA. Sua atitude não teve nada de anormal, apenas refletiu algo bastante comum em países desenvolvidos.

Mas a imprensa brasileira, patética do jeito que é, fez um escarcéu danado e transformou a atitude de Dilma em polêmica.

O Globo, demonstrando toda a sua pequenez, determinou aos seus jornalistas que usassem apenas o substantivo PRESIDENTE. Jô Soares, em seu programa na TV Globo, fazia questão de repetir todo santo dia a falácia de que o termo PRESIDENTA está errado.

Eis aqui uma dessas ocasiões:

A ministra Cármen Lúcia autodenominou-se como ‘amante da língua portuguesa’ e por isso recusou o título de PRESIDENTA, pois na sua avaliação o ‘correto’ seria PRESIDENTE.

Se for tão letrada e conhecedora de gramática como afirma, Cármen Lúcia deveria saber que a língua está em constante evolução. No vídeo do Jô Soares, ele cita uma série de regras gramaticais para defender sua posição (ou seria da Globo?) e concluir que o termo PRESIDENTA está sim, errado, ponto final.

Partindo deste princípio, posso dizer então que o pronome ‘você’ está errado e o correto seria ‘vosmecê’. A picuinha é a mesma, convenhamos.

Sei perfeitamente que a língua portuguesa passou por diversas reformas e já excluiu ‘vosmecê’ do vocabulário, mas não compreendo a razão daqueles que se opõem a inclusão do termo PRESIDENTA na norma culta.

Parece até perseguição com Dilma Rousseff, só porque ela quis ser chamada assim.

Levantemos um hipótese: se não fosse a Dilma ou uma petista, mas sim uma mulher filiada ao PSDB na Presidência da República reclamando o direito de ser chamada como PRESIDENTA, será que estaríamos hoje tendo esse debate fútil e irracional?

Reivindicar a qualificação de PRESIDENTA é uma ação política, moderna e feminista. Tem que ser muito mesquinho, mas muito mesmo, para se opor a isso.

Se Cármen Lúcia quer ser chamada de PRESIDENTE, direito seu. O problema é que ainda estamos muito atrasados em relação aos países desenvolvidos quando o assunto é igualdade entre homens e mulheres, portanto, optar por PRESIDENTE ao invés de PRESIDENTA é um erro da ministra.

Concluo este artigo com um caso recente no Congresso Americano, bastante representativo sobre o assunto.

A palavra para ‘deputado’ em inglês é Congressman, a união das palavras ‘Congresso’ e ‘Homem’. Durante muito tempo esta foi a palavra usada para definir um deputado, fosse ele homem ou mulher. Até o dia em que deputadas reivindicaram para si a denominação de Congresswoman, ou seja, a simples troca do substantivo Man (masculino) por Woman (feminino).

Mas para a surpresa de todos, nas últimas mid-terms – quando ocorre a eleição do Congresso – três deputadas do partido Republicano, Marsha Blackburn, Diane Black e Cynthia Lummis, pediram para serem chamadas de Congressman.

Apesar de inusitado, o fato foi considerado normal por todos e ignorado pela imprensa. Não houve nenhuma polêmica, muito menos um homem chato com gramática debaixo do braço querendo impor as mulheres o modo como deveriam ser chamadas, do jeito que fizeram com Dilma Rousseff.

Como disse anteriormente, cabe à ministra Cármen Lúcia decidir de que jeito quer ser chamada. No entanto, por se encontrar no posto mais alto do Poder Judiciário, antes dominado por homens, ela tem a oportunidade de abraçar uma agenda feminista, em voga nos países desenvolvidos, igual fez nossa presidenta Dilma Rousseff.

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Comentários

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Arthur

05/02/2017 - 17h12

Tanto blá blá bla , por uma questão boba!

boronov

14/08/2016 - 19h51

PITACO DO BORÔ: ACHO QUE TODOS PODERÍAMOS CHAMA-LA DE X… DAS GALAXIAS!!!!!!!!!SE ELA TIVER CORAGEM DE MANDAR PRENDER E SOLTAR QUEM MERECER.

Dilma Coelho

13/08/2016 - 21h24

A “JUIZ” CARMEN LUCIA. Coitada dessa senhora, já entrou com o pé esquerdo. Deveria ser grata a ingenuidade de LULA e de DILMA por não ter mudado leis e expulsado os golpistas e traidores do judiciário. Eles acreditaram em pessoas que hoje estão no judiciário traindo-os. A traição é um dos piores golpes que se pode sofrer. É horrível saber que o STF não barrou o golpe porque ele é parte do golpe. É horrível saber que oito (8) daquelas criaturas foram escolhidas por LULA e DILMA e que foram traídas por elas. Pessoas sem qualquer sentimento de respeito a si próprias e sem dignidade. Se não aprovavam LULA e DILMA, por que aceitaram a indicação.
Já sabemos o que esperar dela. Isto é pura INVEJA. Ela nunca chegará aos pés de DILMA. Logo logo estará perdendo esse cargo e será totalmente esquecida. Ainda mais que é conhecida como uma das “premiadas” pela globobosta. Senhora, já estás na “fase da despedida”, seja mais humana, use o cérebro e não o fígado, para decidir. Não seja apenas uma concurseira.
Tudo isso também passará, até o seu veneno. Aconteça o que acontecer, DILMA JÁ É VITORIOSA. DILMA CORAÇÃO VALENTE. DILMA GLORIOSA. AINDA UMA BONITA SENHORA. Senhora Carmem, que Deus a abençoe, vos dê saúde e muita humanidade. A INVEJA é prejudicial a saúde. Olhem a fisionomia da juiz.
FORA TEMER GOLPISTA, ficha suja, traidor, invejoso, frustrado, doente…

Palmer

13/08/2016 - 14h57

A presidenta foi parada pela clienta que estava contenta pq falou com a gerenta… Viu, a lingua portuguesa é tão flexível que me doeu os dedos escrever isso! Mas segundo os mestres,esquerdistas, está tudo certa as palavras! E por isso hoje posso afirmar, voltamos a ter presidento!

Eliane Ferreira

13/08/2016 - 14h55

Portanto não, não é uma questão
política, não é uma questão de empoderamento, não é uma questão feminista. É uma questão gramatical: o
feminino de presidente é presidentA.

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Eliane Ferreira

13/08/2016 - 14h54

A declaração da ministra depõe contra a gramática. Gramáticas
anteriores ao mandato de Dilma, até como ministra de Lula, já registram o
feminino presidentA. A discussão está errada. Não, não é uma questão
política, não é uma questão de empoderamento, não é uma questão feminista. É uma questão gramatical: o
feminino de presidente é presidentA.

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Eliane Ferreira

13/08/2016 - 14h21

O que acho engraçado é o fato das pessoas
resolverem discutir aquilo em que não são especialistas e sobre que não têm
conhecimento. Como diz o ditado “cesteiro, não além do cesto.”

Eliane Ferreira

13/08/2016 - 14h19

O que acho engraçado é o fato das pessoas não especialistas no assunto resolverem discutir aquilo em que não são especialistas nem têm conhecimento. Como diz o ditado “cesteiro, não além do cesto.”

Eliane Ferreira

13/08/2016 - 14h14

Atenção: A Ministra pretende mudar a gramática? O feminino de
presidente não foi inventado por Dilma. Ela apenas exigiu que a
forma gramatical fosse usada corretamente, como modernamente se
corrigiu o uso do feminino de “elefante” para “elefanta”, que antes era ensinado de forma errada. Só para citar algumas gramáticas a respeito dos substantivos terminados em E:

1. Evanildo Bechara – gramático oficial da ABL, na página 84, de
sua Moderna Gramática Portuguesa,
25 ed., da Editora Nacional, de 1980 (observe-se a data!), dentre
outros substantivos: “Variam: … governante-governanta;
presidente-presidenta; parente – parenta…” (chama a atenção
que esses também aparecem invariáveis).

2. Domingos Paschoal Cegalla, em sua Novíssima Gramática da
Língua Portuguesa, 21ed., Companhia Editora Nacional, de 1980 (de novo!), na pág. 82, sobre os mesmos substantivos, entre outros: “elefante – elefanta [observação minha: esse é o único feminino correto]; parente – parenta; presidente – presidenta (não admite o “presidente”, vejam bem.)

3. Faraco & Moura, em sua Gramática, 10 ed., pela Editora Ática, 1997, pág. 155, pelos mesmos substantivos em E:
elefante – elefanta; presidente – presidenta; mestre – mestra;
parente – parenta”.

Eliane Ferreira

13/08/2016 - 14h10

Atenção: A Ministra pretende mudar a gramática? O feminino de
presidente não foi inventado por Dilma. Ela apenas exigiu que a
forma gramatical fosse usada corretamente, como modernamente se
corrigiu o uso do feminino de “elefante” para “elefanta”,
que antes era ensinado de forma errada.
Só para citar algumas gramáticas a respeito dos substantivos
terminados em:

!. Evanildo Bechara – gramático oficial da ABL, na página 84, de
sua Moderna Gramática Portuguesa,
25 ed., da Editora Nacional, de 1980 (observe-se a data!), dentre
outros substantivos: “Variam: … governante-governanta;
presidente-presidenta; parente – parenta…” (chama a atenção
que esses também aparecem invariáveis).

2. Domingos Paschoal Cegalla, em sua Novíssima Gramática da
Língua Portuguesa, 21ed.,
Companhia Editora Nacional, de 1980 (de novo!), na pág. 82, sobre os
mesmos substantivos, entre outros: “elefante – elefanta
[observação minha: esse é o único feminino correto]; parente –
parenta; presidente – presidenta (não admite o “presidente”,
vejam bem.)

3. Faraco & Moura, em sua
Gramática, 10 ed.,
pela Editora Ática, pág. 155, pelos mesmos substantivos em E:
elefante – elefanta; presidente – presidenta; mestre – mestra;
parente – parenta”.

Eliane Ferreira

13/08/2016 - 13h24

A declaração da ministra depõe contra a gramática. Gramáticas anteriores ao mandato de Dilma, até como ministra de Lula, já registram o feminino presidentA. A discussão está errada. Não, não é uma questão política, não é uma questão de empoderamento. É uma questão gramatical: o feminino de presidente é presidentA.

Alvaro M Cunha

12/08/2016 - 20h11

Bom, e se ela for homossexual ativa ? Ela(Ele?) escolhe o melhor gênero à se identificar.

Octaviano Galvão Neto

12/08/2016 - 17h31

Este assunto é irrelevante, e só é pauta pois envolve Dima Roussef. Entretanto, algumas perguntas para serem respondidas::
– Quando vamos a uma consulta médica e somos atendidos por uma mulher, nos dirigimos a ela como Doutor ou como Doutora ???
– Na política nos referimos a Governador ou Governadora, Senador ou Senadora, etc . . .
Em tempo, pessoalmente não gosto de Presidenta, me soa mal. Entretanto, por uqê não ???

Lima Vinicius J P

12/08/2016 - 16h25

Quando a Dilma for em cana…ela vai ganhar o A que ela tanto gosta…presidiáriA! Aliás, com calma, espero que todos os outros políticos corruptos, ganhem A e O.

    Lauro Esteves

    13/08/2016 - 09h58

    Qual o crime da Presidenta Dilma para ser presa? conhece algum? então faça um favor ao país e leve as provas ao MP, porque eles escarafuncharam a vida pessoal, fiscal e patrimonial da Presidenta e até agora não acharam nada.

Jose Roberto de Lima

12/08/2016 - 15h31

Concordo que a posição da senhora Cármen Lúcia foi tola mas permitam chamar a atenção para um detalhe….ela diz “Eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?” Sua fala indica claramente essa ideia: ” Eu não fui chamada de estudanta e eu não sou amanta da língua portuguesa, Acho que o correto é presidente e não presidenta… foi essa a ideia da sua fala.

    Denise Vírgula

    12/08/2016 - 19h56

    Com isso ela demostrou que a Língua Portuguesa não é a praia dela. Ela pode escolher como quer ser chamada, pois as duas formas estão registradas nos dicionários, mas dizer que há erro em uma dessas formas? Quem errou foi ela. Triste saber que uma Ministra é tão ignorante. Como ensinar aos nossos alunos a lógica da linguagem, quando temos um exemplo de tremenda ignorância, justamente de quem deveria ser exemplo de cultura? Lamentável.

    Galvão

    13/08/2016 - 00h45

    Eu entendi diferente: Ao dizer ser “amante da língua”, achei que seria uma preferência por sexo oral.

luis castro

12/08/2016 - 15h05

Vamos providenciar a união da Carmem Lúcia(Morticia da Família Adams) e Michel Temer (mordomo de filme de terror). Carmem e Temer tudo a ver.

Cesar Saldanha

12/08/2016 - 14h54

ela poder presidente de onde quiser, mas presidenta só há uma Dilma Rousseff.

Antonio Claudio de Jesus

12/08/2016 - 15h16

A presidente ou a presidenta? – por prof. pasquale cipro neto / são paulo
por Equipe Palavreiros da Hora em janeiro 25, 2011 15:45 pm
O professor PASQUALE CIPRO NETO tira a dúvida.
Que têm em comum palavras como “pedinte”, “agente”, “fluente”, “gerente”, “caminhante”, “dirigente” etc.? Não é difícil, é? O ponto em comum é a terminação “-nte”, de origem latina. Essa terminação ocorre no particípio presente de verbos portugueses, italianos, espanhóis…
Termos como “presidente”, “dirigente”, “gerente”, entre inúmeros outros, são iguaizinhos nas três línguas, que, é sempre bom lembrar, nasceram do mesmo ventre. E que noção indica a terminação “-nte”? A de “agente”: gerente é quem gere, presidente é quem preside, dirigente é quem dirige e assim por diante.
Normalmente essas palavras têm forma fixa, isto é, são iguais para o masculino e para o feminino; o que muda é o artigo (o/a gerente, o/a dirigente, o/a pagante, o/a pedinte). Em alguns (raros) casos, o uso fixa como alternativas as formas exclusivamente femininas, em que o “e” final dá lugar a um “a”. Um desses casos é o de “parenta”, forma exclusivamente feminina e não obrigatória (pode-se dizer “minha parente” ou “minha parenta”, por exemplo). Outro desses casos é justamente o de “presidenta”: pode-se dizer “a presidente” ou “a presidenta”.
A esta altura alguém talvez já esteja dizendo que, por ser a primeira presidente/a do Brasil, Dilma Rousseff tem o direito de escolher. Sem dúvida nenhuma, ela tem esse e outros direitos. Se ela disser que quer ser chamada de “presidenta”, que seja feita a sua vontade -por que não?

Entendeu Senhor?
Jó Soares

eduardo

12/08/2016 - 15h00

Enfim alguém demonstra parte de sua intimidade ao se declarar amante de língua, quer dizer, idioma. Somos quem somos não é mesmo? Uma presidente é derrubada, meu votos votos roubados, uma eleição legitima anulada, uma gang toma conta de tudo, saqueia o presente anulando o futuro e ficamos a discutir onde se enfia a língua.

Sandra Francesca de Almeida

12/08/2016 - 13h23

Se a MinistrO Carmen Lúcia quer ser chamada de PresidentE, tudo bem, né? Afinal, PresidentA, mesmo, é Dilma Rouseff!

    Denise Vírgula

    12/08/2016 - 20h00

    Já houve época em que a palavra JUÍZA NÃO EXISTIA. Primeiro vem a função e depois a forma
    A burra da Carmem Lúcia não sabe disso.
    Quando não existiam arquitetas, engenheiras, médicas etc também não existiam os termos

Maria Aparecida Lacerda Jubé

12/08/2016 - 13h10

Quando encarna Bento Carneiro, “Ô vampiro brasileiro”, não tem como chama-la presidenta.

João Bosco

12/08/2016 - 10h24

Talvez estejam querendo mostrar que o poder é apenas para o sexo masculino.

    Denise Vírgula

    12/08/2016 - 20h02

    Ela é um ser híbrido, comum de um


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