Porque tanto ÓDIO do MORO à ODEBRECHT? Por Francisco Costa

Charge: Vitor Teixeira

por Francisco Costa (via Pátria Latina)

Se observarmos a lista de empreiteiras doadoras de campanhas eleitorais, veremos que a Odebrecht aparece em sétimo lugar e assim mesmo doando fração do que doaram as demais (OAS, UTC, ECOVIX, QUEIROZ GALVÂO, TOYO SETAL e ANDRADE GUTIERREZ, pela ordem, sendo que a OAS sozinha doou mais que todas as demais, juntas, a partir do sétimo lugar).

O que justificaria então essa fome de destruir a Odebrecht, de Washington e Moro?

A Odebrecht é hoje uma das maiores e mais importantes empreiteiras do mundo, tocando obras em todos os continentes, em concorrência direta com as empreiteiras norte-americanas e européias.
Quando os Estados Unidos covardemente invadiram o Iraque, matando mais de 100 000 civis e destruindo o país, justificando-se nas calúnias de que Saddam Hussein estava fabricando armas atômicas, químicas e biológicas (não encontraram sequer indícios disso) a Odebrecht era praticamente empreiteira única no Iraque, construindo gasodutos, refinarias de petróleo, estradas, conjuntos habitacionais… Dando emprego à mão de obra brasileira, levada para lá, para ter salários em petrodólares, e trazendo divisas para cá.

Destruído o país, com a Odebrecht fora, todas as obras da empreiteira brasileira foram herdadas pela empreiteira da família Bush, que está “reconstruindo o país”, recebendo em petróleo.
Se este é um bom motivo para os norte-americanos desejarem o fim da Odebrecht, há outro, muito maior, o know how da empresa, o seu acervo de conhecimentos científicos e tecnológicos.

Em qualquer país do mundo em que se fale na construção de refinarias de petróleo a Odebrecht é imediatamente lembrada, não só como empreiteira, executora das obras, mas como planejadora.
Grande parte dos conhecimentos de prospecção e extração de petróleo em águas profundas, além da Petrobrás, está nas mãos da Odebrecht.

A Odebrecht é praticamente a única empresa não estatal, no mundo, que tem o domínio do ciclo completo do Urânio, desde a sua mineração, no subsolo, purificação, enriquecimento e uso, seja para fins pacíficos ou bélicos (é a Odebrecht que está construindo a Usina Nuclear de Angra III, é a Odebrecht que está construindo, junto com os franceses, o nosso primeiro submarino atômico, estando em condições de construir a bomba atômica, bastando o governo dar o sinal verde).

Destruir a Odebrecht é questão estratégica para os Estados Unidos.

O Juiz Sérgio Fernando Moro, da primeira instância, em Curitiba, o responsável pela chamada Operação Lava Jato, esteve na Câmara dos Deputados, ocasião em que repetiu Estados Unidos 38 vezes, colocando este país como modelo político, jurídico e constitucional para o Brasil.

Do outro lado, em delação premiada, Marcelo Odebrecht afirmou que deu vinte e três milhões de reais ao Ministro do Exterior, José Serra, dez milhões de reais ao Presidente interino, Michel Temer, e cinco milhões ao Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em espécie, dinheiro vivo.

Mais disse, que José Serra lidera uma quadrilha internacional que age contra os interesses brasileiros, o que era desnecessário dizer, basta ler o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Júnior, contendo reprodução de documentos capazes de colocar Serra na cadeia por algumas décadas, por alta traição ao país.

A acusação de Marcelo bate com outras, principalmente a feita por Fernando Baiano, lobista do PMDB, de que todo o dinheiro saído da Petrobras passou por Madrid, sob a coordenação do marido de uma cunhada de Serra, segundo Baiano, um testa de Ferro de Serra.

Aliás, este é o país dos Fernandos: Collor, Henrique Cardoso, Baiano, Beira Mar e Moro.
É sintomático que a Lava Jato não se debruce sobre o mercado financeiro, fonte de corrupção maior que a da Petrobras; sobre a mídia, corrupta, corruptora e sonegadora, ficando na Petrobras e nas Usinas Atômicas, anunciando que avançará sobre o setor elétrico, limitada ao setor energético, a espinha dorsal de qualquer país.

Na Câmara dos Deputados, recebido de pé e sob aplausos, pelos corruptos que tem isentado na Lava Jato, Moro, depois de cantar loas aos Estados Unidos, diante da pergunta do deputado Paulo Pimenta, do que aconteceria nos Estados Unidos se um juiz de primeira instância, sem ordem judicial, gravasse conversa telefônica entre o ex presidente Bill Clinton e o presidente Barak Obama, como aqui foi feito em telefonema entre o ex presidente Lula e a presidente Dilma, o farsante pediu licença, avisou que o tempo estava esgotado, e como rato diante de gato, fugiu, abandonando o recinto.

Isto explica o poder que ele, junto com Gilmar Mendes, têm sobre o STF.

A Lava Jato é um posto avançado dos Estados Unidos e Moro o seu comandante, fiel aos princípios e interesses dos seus chefes.

Quanto às propinas pagas a Serra, Temer e Padilha, entre outros, isso não vem ao caso, não considerar faz parte da doutrina jurídica praticada por Moro, e que será o mote do próximo artigo.

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