Se cassação de Cunha for marcada para depois do impeachment há chances dele não perder o mandato

Brasília- DF 12-07-2016 Deputado Eduardo Cunha durante depoimento na CCJ da câmara ao lado do seu advogado, Marcelo Nobre. Foto Lula Marques/Agência PT

Foto: Lula Marques/ AGPT

por Carlos Eduardo, editor do Cafezinho

A Agência Estado informa que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está sinalizando aos deputados que pretende marcar a votação do processo de cassação de Eduardo Cunha para a semana de 12 e 16 de setembro. Ou seja, após a votação do impeachment da presidenta Dilma.

Como de costume, a reportagem do Estadão não dá nome aos bois. Diz apenas que “cinco influentes parlamentares da base e da oposição” conversaram com Rodrigo Maia e confirmam a informação.

Mas isso não vem ao caso. A questão é que se isso ocorrer, muito provavelmente Cunha não será cassado. E vida que segue.

Na última quarta-feira (3) mostramos aqui no Cafezinho que Cunha havia ameaçado seus aliados com a promessa de dossiês devastadores. A ameaça surtiu o efeito esperado e a votação do seu processo de cassação caminha para ter recorde em abstenções. Calcula-se que pelo menos 200 deputados não aparecerão no plenário neste dia.

Nunca foi tão fácil ligar os pontos no Brasil. Se tratam dos mesmos 200 deputados sustentados por Cunha, conforme delatou o lobista Júlio Camargo nesta terça-feira (9).

Como diz Ciro Gomes: quem manda de verdade é Eduardo Cunha e não Michel Temer.

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