Comentário do blog: em relação ao aborto O Cafezinho concorda com o ministro Barroso. A descriminalização do aborto — e até mesmo a legalização em todos os casos de gravidez — também é uma de nossas bandeiras.
Mas em relação as universidades o depoimento do ministro soa muito estranho, poucos dias após a Globo publicar um editorial defendendo o fim da gratuidade do ensino público.
O brasileiro não tem nenhum preconceito com a iniciativa privada, isso é papo furado da extrema direita desmiolada, que acredita piamente que PT quer instalar uma ditadura comunista no Brasil. Não sabemos de onde o ministro tirou isso e seu posicionamento parece mais preocupado em chancelar a Globo do que qualquer outra coisa.
***
Barroso defende novo modelo para ensino superior e descriminalização do aborto
Ministro do STF também acredita que país precisa de uma reforma política e que população deve superar o preconceito que ainda existe contra a iniciativa privada
no Zero Hora
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu, nesta segunda-feira, a criação de um novo modelo para o ensino superior no Brasil, além da descriminalização do aborto. As ideias foram defendidas durante evento da Fundação Estudar, criada pelo megainvestidor Jorge Paulo Lemann.
Segundo Barroso, a universidade pública no Brasil custa muito caro e não dá um retorno proporcional para a sociedade. Ele defendeu um modelo parecido com o que existe nos Estados Unidos, onde as universidades precisam se autofinanciar, incluindo com doações. O ministro disse que não se trata de uma “reforma universitária”, que confrontaria o sistema atual, mas criar um modelo alternativo melhor.
— Precisamos de um modelo que seja público nos propósitos e privado no financiamento.
Já em relação ao aborto, ele afirmou que a criminalização é uma “péssima política de saúde pública”.
— O aborto não deve ser estimulado, mas criminalizar é uma escolha absurda que viola a dignidade da mulher. Isso impede que mulheres pobres utilizem o serviço público, por isso elas se auto mutilam. Isso é mais um fator de discriminação da pobreza.
Ele afirmou que nenhum país desenvolvido do mundo, mesmo os mais religiosos, criminalizam o aborto.
— Essa é uma política pública atrasada e perversa. Criminalizar uma posição do outro é uma forma autoritária e intolerante de viver a vida — disse.
Reforma política
O ministro do STF também acredita que o país precisa de uma reforma política que diminua o número de partidos, além de baratear o custo das campanhas e dar maior legitimidade ao sistema representativo.
— No sistema brasileiro o eleitor não sabe quem elegeu para o Congresso e o parlamentar não sabe por quem foi eleito — comentou. — O Brasil vive uma multiplicação de partidos, que são apropriados privadamente, não têm autenticidade programática e vivem de acesso ao fundo partidário e venda do tempo de TV — acrescentou.
Segundo ele, há quase um consenso sobre a proibição de coligações nas eleições proporcionais e cláusulas de barreiras, enquanto ganha força uma solução intermediária, que é o sistema distrital misto, “o que é uma boa ideia”.
— Se não mudarmos o sistema político, vamos continuar convivendo com os mesmos problemas — alertou.
Na avaliação de Barroso, parte da causa da corrupção no Brasil é a absoluta falta de risco de que aconteça qualquer coisa com quem procede incorretamente. Segundo ele, a sociedade está mudando, mas o momento ainda é de luta.
— O Poder Judiciário tem procurado atender a essa demanda, isso começou com o mensalão e passa pela Lava-Jato — afirmou.
O ministro disse ainda que o Brasil precisa superar o preconceito que ainda existe contra a iniciativa privada.
— O Brasil é o país do patrimonialismo e do oficialismo.
Ele explicou que o modelo de capitalismo estatal no Brasil criou desconfianças justificadas na sociedade, porque era feito com favorecimentos, fraudes em licitações, golpes no mercado financeiro e latifúndios improdutivos.
— É um modelo que não se vale das premissas do capitalismo verdadeiro, que são risco e concorrência. No Brasil nós temos financiamento público, reserva de mercado e socialização de risco, isso não é capitalismo, é socialismo para ricos — afirmou.
Para Barroso, é preciso melhorar a gestão pública, pois o Estado cresceu demais e hoje a sociedade não consegue mais sustentá-lo. Ele afirmou que o funcionalismo público já consome 4% do PIB e que só o governo federal tem 23,5 mil cargos em comissão, o que é um recorde absoluto no mundo. O segundo lugar, os Estados Unidos, tem 9 mil, enquanto países como França e Alemanha tem 500.
— Todos os governos estaduais estão quebrados, não arrecadam nem para pagar a folha, que dirá para investimentos — acrescentou.
Nesse momento, Barroso se mostrou desesperançoso e disse que talvez fosse melhor começar tudo de novo. Ele citou uma metáfora de uma novela exibida pela Rede Globo na década de 1960. Como o folhetim, de uma autora cubana, estava indo muito mal na audiência, Janete Clair foi chamada e, vendo que nada se salvava, criou um terremoto na trama que matou a maioria dos personagens.
— Pode ser alternativa (para o Brasil) — brincou Barroso.
JOHN J.
09/08/2016 - 14h34
**Como Funciona a JUSTIÇA no “BRAZIL”:
Bandidos de Toga: https://www.youtube.com/watch?v=wHKIErwmG-4
Pó Santo Do Brazil: https://www.youtube.com/watch?v=6cCTG6SzijY
Policial denuncia político e aparece morto: https://www.youtube.com/watch?v=bdzCgv2MG3Y
maria nadiê Rodrigues
03/08/2016 - 09h12
A maioria dos ilustres juristas formou-se em universidades públicas, mesmo tendo muita grana.
Se querem mudar o esquema, que mudem, mas fiscalizando os inscritos. Ou seja, quem tem dinheiro, e nasceu em berço de ouro, vá estudar nas universidades privadas, e deixem o espaço público para quem não pode pagar os estudos. Isto sim tem que ser feito.
Mateus Almeida
04/08/2016 - 12h44
Mas se o espaço é público, não seria justo incluir uns e excluir outros apenas pela aferição da renda. Serviço público não é sinônimo de serviço para pobres exclusivamente. A raiz desse problema é bem mais embaixo: Na educação básica brasileira, que deve fornecer parâmetros de ensino rigorosamente iguais aos que são oferecidos nos colégios particulares, para que, assim, vindos de uma educação de base fortalecida, os menos favorecidos financeiramente tenham condições de concorrer em pé de igualdade com os mais ricos a uma vaga nas universidades públicas.
JOHN J.
02/08/2016 - 23h31
QUEM ACHA QUE LEMAN DÁ PONTO SEM NÓ, SE ENGANA REDONDAMENTE.
ELE CRESCEU FANTASTICAMENTE DURANTE A PRIVATARIA TUCANA.
ELE FICOU ATÉ SÓCIO DA GAROTA, FILHA DO CHEFE DA PRIVATARIA, O ZÉ SERRA, E ELA TAMBEM FICOU BILIONÁRIA DURANTE A PRIVATARIA TUCANA. SENDO QUE ATÉ FIGUROU NA LISTA DA FORBES .(que menina inteligente, usou sua enorme integência e escolheu corretamente o pai que queria ter, o chafão da PRIVATARIA)
ALGUM DIA AINDA VEREMOS ISSO NAS MANCHETES DO JORNAIS, MAS ATÉ LÁ O PAI DELA JÁ FEZ MUITOS MAIS ESTRAGOS NO BRASIL E NO MUNDO.
Cecilia
02/08/2016 - 19h04
…é preciso melhorar a gestão pública… que tal começar diminuindo seu salário, hipócrita??
MZ
02/08/2016 - 17h45
Com assim não dá retorno à sociedade? Os milhares de engenheiros, médicos, advogados, etc formados com excelência nas universidades públicas que prestam serviço à sociedade? Retorno no fechamento do trimestre?
Decepção Barroso, quem chegou apregoando avanços civilizatórios, agora quer retirar a única forma de ascensão social para a classe menos favorecida do país? Como será nossa sociedade daqui a 20, 30, 50 anos ministro?
Não quer se indispor com a globo? Mais um motivo para a reforma da mídia excelentíssimo, além da reforma política. Não podemos ficar a mercê da manipulação de reputações pelas 5 irmãs.
fausto
02/08/2016 - 15h43
Alguém precisa avisar o ministro que graças a essas idéias geniais de universidade privada, pela primeira vez em muitos anos a Inglaterra tem mais pessoas em idade universitária fora das universidades, do que dentro.
Bela conquista, hein!?
Se continuarmos aceitando essa gente dizendo que tudo no mundo é uma questão administrativa, de corte de gastos, de gestão etc como se a vida fosse uma planilha, voltaremos a morar em cavernas.
Daniel Joca
02/08/2016 - 15h13
Nenhuma palavra sobre o judiciário mais caro e ineficiente do mundo!!!!!!!
Compare o percentual do PIB investido e não somente os comissionados; aliás, ele é legislador ou juiz?!
frederico
02/08/2016 - 14h42
Bem sou a favor de acabar com todas as mordomias do judiciário pois acredito que primeiro não geram renda para o país, segundo não valem o que recebem, terceiro se muitos decidirem se aposentar tenho certeza que não farão diferença alguma mas talvez assim possamos manter as universidades públicas. OLHA EU NUNCA VI TANTA MERDA SER DITA COMO NESSE PERÍODO DA INTERINIDADE DO TEMER, É COMO SE AS PESSOAS ESTIVESSEM SAINDO DO ARMÁRIO, MOSTRANDO SUA REAL NATUREZA E É DE ASSUSTAR!!!!!!!!!
Antonio Passos
02/08/2016 - 14h32
Barroso é um juizinho, para ser mais exato é um homenzinho. Minúsculo como tantos homenzinhos que infelizmente temos Brasil. Gente assim é faz com que sejamos este país abominável em termos de desigualdade. Gentinha deste status é que nos torna uma eterna República de Bananas. É um “reizinho” de terceiro mundo, cujos ideais de vida devem ser ter uma Range Rover, ternos importados e uma residência em Miami.
fausto
02/08/2016 - 15h39
Falou tudo.
Sem mais.
Mário Gonçalves
02/08/2016 - 11h10
É fácil fazer como os States: basta instituir um imposto sobre as heranças como existe por lá o Estate Tax. É por esta razão que os ricos norteamericanos doam bastante . Será que o ministro aprovaria o pacote? https://mansueto.wordpress.com/2010/08/05/por-que-os-bilionarios-americanos-sao-tao-bondosos/
Homero Mattos Jr.
02/08/2016 - 11h41
http://passalidadesatuais.blogspot.com.br/2014/05/um-grupo-de-senores-contrarios.html
Did
02/08/2016 - 12h04
Mentira! O governo cresce demais em todos os países inclusive o amado EUA!!!! Golpista que quer entregar a Petrobrás para o EUA. Fora Cunha, ele que segura Temer na cadeira! FORA CUNHA, vamos aprender…Vamos pressionar o Congresso a tirar o Cunha….Fora Cunha