por Bob Fernandes, no Jornal da Gazeta
Em 98 o grupo Libra ofereceu o dobro e ganhou concorrência da Codesp, no Porto de Santos. Alegando descumprimento do contrato, não pagou.
Assunto na justiça, litigância por anos. Por ter dívida de R$ 850 milhões, em litígio com a União, o grupo Libra não poderia concorrer à nova licitação, em 2015.
Mas uma emenda de Eduardo Cunha na MP dos Portos resolveu tudo. Abriu brecha para os que estivessem em arbitragem privada.
Edinho Araújo, ministro dos Portos, havia renunciado à ação, em favor da arbitragem privada… A concessão foi renovada por 25 anos.
Em 2014, sócios do grupo Libra doaram R$ 1 milhão para a campanha de Temer.
Na célebre carta a Dilma, Temer se queixa da demissão de Edinho.
Em janeiro, no Estadão, José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti e Rodrigo Burgarelli contaram essa história.
Agora, em Carta Capital, André Barrocal conta novos capítulos dessa “batalha judiciária que vale mais de R$ 2 bilhões”.
No enredo, o Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e um de seus filhos.
E tem Eduardo Cunha, grupo Libra, Temer, e o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Santos. Everandy Cirino.
Everandy diz não ser “novidade que Temer dê as cartas no Porto de Santos” desde “a gestão de Marcelo de Azeredo, na Era FHC”.
Conclui Everandy: “Libra é o cartão de visita da gestão Temer no Porto” de Santos…
…Temer é o presidente da República interino…
…Certamente teremos a Policia Federal, procuradores e juízes nesse bilionário escândalo. Com muita investigação e manchetes.
A propósito: domingo manifestações Brasil afora. Em favor de Dilma, ou contra corrupção… A do PT.
As marchas encolheram. Fruto dos desencantos.
Empreiteiros anunciam a delação de mais uma centena de políticos. Governos do PT, Aécio. Alckmin, Serra…todos estariam citados.
Ruas sempre valem à pena. Sinal dos tempos ouvir dejetos de Alexandre Frota, ou Bolsonaros.
Ou ouvir filhotes do Banestado, escândalo paranaense de 30 bilhões, chamando Leticia Sabatella de prostituta.