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(Foto: Armando Franca/AP)
Arpeggio – Coluna Diária do Editor[/s2If]
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Pronto, dei um nome mais criativo para minha coluna diária: Arpeggio, que é o meu sabor preferido da Nespresso. Vamos ao impeachment. Hoje o senado aprovou o adiantamento das votações finais do impeachment. Era dia 29, agora será dia 26. O dia D, portanto, será o dia 29. Mishell Temer quer ir ao encontro do G20, nos dias 4 e 5 de setembro, tirar selfies com os poderosos do mundo.
Os relatórios aprovados hoje pelos senadores pró-impeachment não conseguiram apontar nenhum crime de responsabilidade. Exibe-se argumentos empolados, estrategicamente incompreensíveis, para que o vulgo não entenda nada. A Globo tasca uma matéria forte no Jornal Nacional e acabo-se.
O escárnio golpista é tanto que Gilmar Mendes tem a petulância de convidar Michel Temer para um churrasco, para conversar sobre um impeachment que ele ainda pode vir a julgar.
O STF parece ter lavado as mãos.
Lewandowski aprovou, há uma ou duas semanas, uma nova regra pela qual os juízes não precisam mais revelar os cachês obtidos com palestras.
E assim la nave va, com magistrados ganhando fortunas em “palestras”, enquanto perseguem Lula porque, pessoa privad ea, dava as suas.
É um golpe bastante completo: o judiciário arreganha os dentes, a mídia publica “pesquisas” de opinião convenientes e o senado toca a votação do impeachment sem ouvir a defesa.
Sem esquecer da Lava Jato, que é uma espécie de maestro do “clima” de golpe. Quando preciso, dá um sustinho num tucano, de preferência em alguém morto, mas nada muito impactante, apenas para agitar um pouco o jogo político.
A situação é tão difícil para Dilma porque não se trata apenas de um golpe parlamentar. O status quo inteiro parece ter se fechado em torno do mesmo objetivo: promover uma “pausa democrática”.
O governo mete os pés pelas mãos todos os dias. A dívida pública explode. O ministro da fazenda prepara aumento dos impostos. A substituição truculenta do pessoal e a atmosfera de perseguição política paralisam a máquina pública. Não tem importância, porque a mídia não falará nada.
Enquanto isso, o presidente interino da Petrobrás começa a entrega de um patrimônio público acumulado em décadas de trabalho, esforço, impostos, do povo brasileiro.
A Lava Jato de hoje, em sua 33ª etapa, prende mais alguns executivos, de olho na tortura prisional e em suas consequentes delações premiadas.
João Santana e esposa foram torturados. Não há outro termo. E a cobrança de uma multa ao casal superior à qualquer outra cobrada dos maiores corruptos das empreiteiras, é a marca vingativa de Sergio Moro. Ele quer punir João Santana por ter trabalhado para o PT.
Algum tesoureiro de outro partido importante foi incomodado? Algum outro marketeiro foi incomodado? Não. Assistimos a um teatro golpista, muito bem planejado e encenado para enganar a opinião pública e proporcionar aos assaltantes do poder alguns anos de depredação sem vergonha do patrimônio público.
Desculpem-me pela coluna meia boca de hoje. Peguei uma virose braba.
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