Por Luis Edmundo Araujo, editor de esporte do Cafezinho
Já são mais de cem os atletas russos afastados dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro desde que a Agência Internacional Antidoping (Wada) pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o banimento de toda a Rússia da primeira Olimpíada na América do Sul. O COI lavou as mãos, delegou às federações internacionais das modalidades a decisão de banir ou não os russos por conta das denúncias de um esquema de doping que seria acobertado e incentivado pelo governo russo, e pra quem tem mais de 40 fica difícil não lembrar, impossível não se admirar com a coincidência de nunca, jamais esse tipo de situação ser vivida por atletas, por exemplo, dos Estados Unidos, como a moça da foto aí em cima, com essa musculatura toda e as marcas incríveis, sequer aproximadas até hoje, 28 anos depois das vitórias e dos recordes mundiais na preparação e na própria Olimpíada de Seul, e da despedida das pistas logo depois, um pouquinho antes só de os exames antidoping passarem a ser mais rigorosos, obrigatórios.
Florence Griffith-Joyner nasceu em Los Angeles e apareceu pela primeira vez para o mundo na Olimpíada em sua cidade. Foi prata nos 200 metros, com um visual bem diferente, mais fininho, menos bombado do que quatro anos depois, quando, maior até nas unhas, berrantes, ganhou três medalhas de ouro e bateu o recorde mundial na final dos 200 metros de uma maneira que nenhuma outra corredora conseguiu nem chegar perto até hoje. Flo-Jo fez a marca de 21s34, enquanto a vencedora da prova na última Olimpíada, em Londres, a também americana Allyson Felix, ganhou o ouro com a marca de 21s88. Nos 100 metros o recorde impossível de Florence Griffith-Joyner (10s49) foi obtido nas seletivas para os Jogos de Seul. Na prova do ouro, ela marcou 10s54, ainda bem distante do tempo da vencedora dos últimos Jogos, em 2012, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, que levou o ouro marcando 10s75.
A própria mudança no corpo e o fato de ter conseguido todas essas marcas inacreditáveis já aos 28 anos, após uma juventude discreta nas pistas, já seriam suficientes para levantar suspeitas de doping sobre a atleta, casada com o campeão olímpico do salto triplo em Los Angeles, Al Joyner. A despedida precoce, justamente logo após essas marcas incríveis, e a morte controversa de Flo-Jo 10 anos após suas conquistas em Seul, só reforçaram essas suspeitas, que já partiram também de atletas consagrados como o brasileiro Joaquim Cruz, ouro nos 800 metros em Los Angeles e prata na mesma prova em Seul, e o americano Carl Lewis, o fenômeno que conseguiu 9 medalhas de ouro em quatro Olimpíadas, nos 100m, 200m, 4x100m e salto em distância. Mas como nada nunca ficou provado tanto Joaquim Cruz quanto Carl Lewis depois se desculparam pelas suspeitas e ficou tudo por isso mesmo.
Florence Griffth-Joyner morreu aos 38 anos, na noite de 21 de setembro de 1998. A causa da morte foi asfixia acidental numa almofada durante ataque de epilepsia. A família dela depois revelou que Flo-Jo vinha sofrendo ataques epiléticos desde 1990. E mesmo que ela tenha sido testada e retestada durante os Jogos de 1988, até pelas suspeitas já existentes àquela época, mesmo que nada tenha sido encontrado, nunca, ainda hoje persiste a dúvida, inevitável.
luis.edmundo@terra.com.br
Chichano Goncalvez
25/03/2022 - 22h29
Segundo poucas ou raras tvs dos estados unidos, que divulgaram um estudo , na qual consta que os atletas dos estados unidos desde a Olimpiada de 1960, em Roma, , se dopam, lá segundo esse estudo foram mais de 90% deles, a Guerra Fria estava bem avançada. Quando melhoraram os exames antidopings( Dr. Eduardo De Rose- gaucho), no Panamericano de Caracas em 1983, 12 atletas dos yanquis fugiram , para non serem pegos no antidoping. Mas sendo dos estados unidos , tudo pode. Atualmente estou lendo o livro : Os Senhores dos Anéis , dos Vyv Simson e Andrews Jennings (morto a pouco tempo) na qual Cuba é roubada vergonhosamente e fica por isso mesmo, ele é que denunciou a enorme fraude da Fifa, Comebol, etc e ai alguns passaram ao lado da cadeia que nem O amigo dos milicos o tal de Marim, que esta solto nos estados unidos, porque abriu a boca sobre o mundial de 1994, que os yanquis compraram da FIFA., e segue o baile, para os idiotas.
Rauleg
28/07/2016 - 12h57
Primeiramente “FORA TEMER”. Controvérsias, especulações e um novo modelo de Guerra Fria à parte; o problema é que a corredora Yulia Stepanova e o marido dela que é ex integrante da agencia russa antidoping delataram o caso. Infelizmente nem o governo Putin foi veemente na defesa dos atletas do país. Mas que em todos os países há doping isto há. Assim como aqui também há delatores e caixa 2 em todos os partidos, mas tudo caminha para que apenas um seja condenado.
NALDO
28/07/2016 - 13h22
Tiraram a medalha de um que ganhou tirando até sarro do americano, anos depois li uma reportagem que o outro tambem se dopava, alias daquelas que somem depois, com isso deveriam ter devolvido a medalha para o outro que humilhou o cidadão, tambem vi outra declaração de nadador brasileiro que em que um amigo lhe dizia que nunca ganharia nada pois não se dopava, esporte de competição é para trouxa acreditar, atletas estourados, juizes claramente mal intencionados e dirigente larapios, e a olimpiada é o ponto alto dessa escumalhada.
Jst
28/07/2016 - 12h11
pelas regras somente norte americanos podem competir dopados. qualquer um de outra nacionalidade será banido para o inferno.
Cecilia
28/07/2016 - 06h53
EUA são o PSDB das olimpíadas?
Antonio Passos
27/07/2016 - 22h45
Resumindo, todo atleta de alto nível praticamente usa drogas, lícitas ou não. Os russos são sempre pegos antes ou durante, os americanos anos depois das bandeiras tremularam, fazerem a propaganda que lhes cabe.
Jojo The Man
27/07/2016 - 21h53
Fabulosa prensa política americana para acertar Putin. Só não vê quem não quer .