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63,3% são contra a privatização da Petrobrás: a chama da resistência que queimou nas pesquisas, agora arde na rua.

Por Tadeu Porto (@tadeuporto), colunista do Cafezinho Dois de cada três brasileiros ou brasileiras são contrárias a privatização da maior empresa nacional, segundo enquete recém divulgada pelo Paraná Pesquisas. Ou seja, se a venda da nossa estatal do petróleo participasse do Brasileirão Série A, o aproveitamento do entreguista Temer – 31,1% aceitariam doar a companhia – estaria […]

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Por Tadeu Porto (@tadeuporto), colunista do Cafezinho

Dois de cada três brasileiros ou brasileiras são contrárias a privatização da maior empresa nacional, segundo enquete recém divulgada pelo Paraná Pesquisas. Ou seja, se a venda da nossa estatal do petróleo participasse do Brasileirão Série A, o aproveitamento do entreguista Temer – 31,1% aceitariam doar a companhia – estaria na zona de rebaixamento, ocupando o 19º lugar, acima apenas do América-MG.

Os mais céticos irão questionar, com razão, os números do instituto de pesquisa paranaense depois da lambança que o Grupo Folha arrumou com sua última consulta (uma fraude absurda desmascarada por uma tabelinha perfeita entre o Tijolaço e o The Intercept) que fez qualquer cidadão ou cidadã duvidar o quão verossímil é uma representação quantitativa de vontades.

Todavia, tão rápida quanto uma chama a consumir um conjunto de pneus no chão, a resposta do mundo material a essa investigação legítima sobre a veracidade ou não da análise apresentada veio das ruas: manifestações de petroleiros e petroleiras que, em conjunto com outros movimentos sociais, uniram combustível e comburente à fonte de calor eterna da resistência de classe.

De Norte a Sul do Brasil, os sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras do setor petróleo deram uma amostra do que o governo golpista de Michel Temer irá enfrentar ao contrariar a vontade popular de ter o petróleo a serviço da soberania nacional e da população brasileira. Além de estradas foram fechadas em pontos importantes como Macaé, a capital nacional do petróleo, e na movimentada BR-101, na Bahia, foram feitas, também, fortes mobilizações nas principais unidades da Petrobrás em diversos outros estados da federação. 

Ademais, vale ressaltar que as entidades sindicais não participaram sozinha dessa empreitada contra o entreguismo do trio Temer/Serra/Parente, contando com a luta dos estudantes e dos movimentos da via campesina como o MST e o CONTAG. Proporcionando, assim, uma amostra clara que o desmonte da Petrobrás é um assunto de todo o povo brasileiro e que não ficará imune as investidas perversas de uma direita que se assanha em alienar os recursos naturais tupiniquins desde que os portugueses tomaram nossas terras dos nativos indígenas.

Seja na refinaria, na fábrica de fertilizantes, em unidades de tratamento de óleo e gás ou termoelétricas. Seja nas plataformas em alto mar, nos centros de pesquisa, navios transportadores e postos de gasolina. Seja em qualquer lugar que tenha o valor agregado, da prestadora de serviço especializado ao mercado local aquecido: onde houver a cadeira produtiva do petróleo no país, em forma de emprego ou tecnologia, há de arder uma chama de resistência que entreguista nenhum conseguirá apagar.

Tadeu Porto é diretor do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (SindipetroNF)

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Tadeu Porto

Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil

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Comentários

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Ricardo

27/07/2016 - 11h08

Eu não li isso….A questão não é privatizar e sim melhorar o gerenciamento…Quando se compra um carro e vem sendo mal utilizado ou apresenta problemas, o correto seria vendê-lo ou aprender a manuseá-lo e trocar as peças em Jason? Absurdo isso….

Jason Gabriel

27/07/2016 - 08h31

Na minha opinião tem que privatizar TUDO. Correios, Petrobras, Ferrovias, Aeroportos, o governo só deveria cuidar de coisas básicas como saúde, segurança e educação. Porque penso assim? Essas empresas só servem para alimentar quadrilhas (que chamamos de partidos) que estão no poder, e não há distinção de partidos ou ideologias, TODOS que chegam ao poder metem as mãos nas estatais e se locupletam, nomeações de aliados/apadrinhados, que na maioria das vezes são incompetentes e sem qualificações técnicas, ineficiência, e baixa concorrência. Portanto essa história de que o petróleo é nosso é balela, pagamos caro pelos combustíveis, empresas como os Correios prestam um serviço mais ou menos e não tem concorrentes, inclusive essa ultima os funcionários vão ter que pagar pelo rombo nos fundos de pensão assaltados por esses bandidos. Privatiza TUDO!

    Dulce Leão

    27/07/2016 - 10h56

    Jason, saúde, segurança e educação…você acha que caeem do céu? E segurança é atribuição do GOVERNADOR. Não misture o meio de campo, temperando-a com sua má vontade. Perde credibilidade. Vale um conforto, VOCÊ NÃO GANHOU A ELEIÇÃO, e teve que valer-se de um descarado golpe. Agora, ensine a seu filho que ROUBAR no jogo político é “leeeeegal”.


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