Videoentrevista: “Antiperiodistas”, um livro que deveríamos ler
O pesquisador espanhol Fernando Casado, nosso entrevistado desta semana, passou alguns anos peregrinando as redações dos principais jornais da Espanha e América Latina para tentar sentir dos próprios profissionais as razões de tantas distorções informativas.
Ele entrevistou mais de 70 jornalistas, no próprio local de trabalho ou fora dele.
Daí saiu o livro “Antiperiodistas – Confissões das agressões midiáticas contra a Venezuela”. É publicado pela Editorial Akal, de Madri, e já disponível em papel (20 euros) e em modo digital (15 dólares) pelos vários sites de livros, inclusive a amazon.com, ao preço médio de 15 dólares.
Na sua pesquisa de investigação acadêmica, Casado, que é, atualmente, professor do Instituto de Altos Estudos do Equador, em Quito, e que morou oito anos na Venezuela,depois de obter um doutorado em Madri, também penetra nos negócios das empresas jornalísticas. Examinou, com minúcias, cada uma das múltiplas atividades destas, além da notícia e do entretenimento, e dos altos rendimentos financeiros de que desfrutam.
Desde “El País”, da Espanha, ao Clarín, da Argentina, o que ele constata é uma máquina devoradora de reputações e de tomar dinheiro, a partir do controle das mentes e dos governos que domina. O livro não trata da mídia brasileira, porque o autor pretende dedicar-se a outra pesquisa abordando especificamente nossa realidade, a partir do impeachment de Dilma.
E os jornalistas, ou os “antiperiodistas”, como ele chama? Ah, esses dizem que lutam o bom combate, ainda que não se pejem em admitir que são profissionais a serviço da causa e dos interesses das empresas em que trabalham. Uns se revelam mais realistas que o rei, enquanto outros se acanham em admitir que estão simplesmente ganhando o pão de cada dia.
Diz Fernando Casado a FC Leite Filho, nesta entrevista ao Café na Política, programa da TV Cidade Livre de Brasília, Canal 12 da NET (só DF) e reproduzida neste blog pelo Youtube:
“A novidade deste livro é que são os próprios jornalistas aqueles mais envolvidos neste processo de manipulação sistemática dq informação.
Claudio
25/07/2016 - 08h48
Eu até tento entender, mas não dá. Na verdade o antijornalismo praticado pela Globo e grande mídia não é apenas um antijornalismo, mas um crime hediondo contra a liberdade de pensar e deterioração da democracia. Tais atos são responsáveis pelo genocídio de pobres, principalmente no norte e nordeste. Sem falar dos comunistas durante várias décadas que persiste até os dias atuais. Assim o que ocorre não é antijornalismo, mas crimes da mais elevada gravidade que grupos elitistas praticam com aval da justiça e forças armadas. É crime doloso sem julgamento e punição. Simplesmente vivemos em uma ditadura mundial.Época pior que a da idade das trevas.
Marivane
24/07/2016 - 20h39
muito bom o vídeo