por Douglas Belchior, na Carta Capital
Escola Sem Igrejas, bíblia ou crucifixo na parede;
Escola Sem hino nacional às quartas-feiras;
Escola Sem festa junina com música country americana;
Escola Sem cartilha “pedagógica” do governo;
Escola Sem exaltação à meritocracia;
Escola Sem miséria, com direito à merenda e papel higiênico no banheiro dos estudantes;
Escola Sem ‘Festa das Nações’ com desfiles das crianças vestidas de colônia Italiana, portuguesa, espanhola, holandesa e até alemã… E só!!!! \o/;
Escola Sem excursão para o programa do Luciano Huck;
Escola Sem PM ou GCM tomando cafezinho na cozinha da merenda bem na hora do intervalo;
Escola Sem indicação política para os cargos de direção, vice e coordenação pedagógica;
Escola Sem “livro negro”;
Escola Sem grades e cadeados;
Escola Sem vidros quebrados, lousa aos pedaços, goteira na sala e uma boa e silenciosa descarga nas privadas;
Escola Sem Projeto Político Pedagógico racista, machista e homofóbico, que ignora relações raciais, gênero, diversidade e história da África e dos povos originários;
Escola Sem servidores desesperados com as contas do fim de mês, em pleno ano olímpico;
Escolas Sem ausência de plano de carreira, formação continuada e reconhecimento profissional;
Escola Sem professores tristes, desestimulados e humilhados pelos governos;
E se for assim, o “partido” não fará falta.