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Por Luis Edmundo Araujo, editor de esporte do Cafezinho
Ronaldo Fenômeno, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos tentaram e não conseguiram. Gérson, Zózimo e Vavá, também não. Romário, Bebeto, Dunga, Jorginho e Taffarel chegaram perto, mas tiveram de se contentar com a medalha de prata, assim como Neymar, que terá a chance de tentar de novo, dessa vez em casa. Saiu ontem a convocação dos 18 jogadores que vão disputar a competição de futebol da Olimpíada do Rio de Janeiro. Será mais uma chance de ganhar para o Brasil o tão sonhado ouro olímpico no futebol, a única grande conquista que ainda falta para a Seleção Brasileira pentacampeã do mundo.
Neymar é o grande destaque da seleção e vai liderar a equipe na companhia do goleiro Fernando Prass, do Palmeiras, e do atacante Douglas Costa, do Bayern de Munique, os outros dois jogadores acima do limite de 23 anos que o técnico Rogério Micale poderia escolher para reforçar a equipe de garotos promissores, como os zagueiros Marquinhos, do Paris Saint Germain, e Luan, do Vasco, e os atacantes Gabriel Jesus, também do Palmeiras, Luan, do Grêmio, e Gabriel Barbosa, do Santos. A estreia será na véspera da abertura dos Jogos, e fora do Rio, em Brasília, contra a África do Sul.
O pontapé inicial do Brasil na história do futebol dos Jogos Olímpicos se deu em 1952, em Helsinque. O time tinha o zagueiro Zózimo, campeão do mundo em 1962, e o atacante Vavá, bicampeão mundial em 1958 e 1962, um dos quatro jogadores a marcar gols em duas finais de Copa do Mundo, junto com Pelé, em 1958 e 1970, o alemão Paul Breitner, em 1974 e 1982, e o francês Zinedine Zidane, em 1998 e 2006. No primeiro jogo, o Brasil goleou a Holanda por 5 a 1, depois venceu Luxemburgo por 2 a 1 e acabou eliminado nas quartas-de-final com a derrota de 4 a 2 para a Alemanha Ocidental. A seleção campeã seria a Hungria de Puskas, que encantaria o mundo dois anos depois, mas acabaria derrotada na final da Copa do Mundo de 1954.
Na segunda participação, em 1960, em Roma, havia o meia Gérson. Com sua indefectível canhotinha, o futuro campeão mundial em 1970 foi importante nas vitórias sobre a Grã Bretanha, por 4 a 3, e na goleada de 5 a 0 sobre Formosa, mas não conseguiu evitar a derrota para a Itália, que provocou a eliminação na primeira fase. Em 1964, em Tóquio, em 1968, na Cidade do México, e em 1972, em Munique, o resultado foi o mesmo: eliminação na primeira fase. Só em Montreal, em 1976, a Seleção conseguiu avançar às semifinais, mas acabaria sem medalha após derrotas para a Polônia, na semifinal, e para a União Soviética, na disputa pelo bronze.
Em 1984, em Los Angeles, veio enfim a primeira medalha de prata, do time que tinha como base o Internacional de Porto Alegre, cujos destaques eram o goleiro Gilmar Rinaldi, o zagueiro Mauro Galvão e o volante Dunga, futuro capitão do Tetra em 1994, também em Los Angeles. Quatro anos depois, em Seul, mais uma medalha de prata, e dessa vez com uma Seleção que, pela primeira vez, mobilizou o País durante uma Olimpíada, quase no mesmo nível de uma Copa do Mundo. O time tinha os tetracampeões Taffarel no gol, Jorginho na lateral, Romário e Bebeto no ataque, além do meia Geovani, que ficaria de fora da Copa dos Estados Unidos mas, na época, foi o grande maestro do time, fez gol quase do meio-campo contra a Argentina e, na semifinal contra a Alemanha Ocidental, acabaria suspenso, ficando fora da final em que o Brasil perderia para a União Soviética.
Após a vergonhosa eliminação no pré-olímpico de 1991, que deixou o futebol brasileiro de fora da Olimpíada de Barcelona, no ano seguinte, foi a vez dos futuros pentacampeões mundiais de 2002. Nos Jogos de Atlanta, em 1996, o Brasil tinha Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos e Rivaldo no time, além de Bebeto, um dos escolhidos acima da idade limite, mas ficou só com o bronze, após a derrota na semifinal para a Nigéria. Já em 2000, em Sydney, com Ronaldinho Gaúcho e o zagueiro Lúcio, a Seleção não foi eliminada na primeira fase nem antes, no pré-olímpico, mas experimentou talvez a mais amarga das derrotas. Nas quartas-de-final, contra Camarões, tinha 11 jogadores contra nove do adversário e, mesmo assim, tomou o gol que eliminou a equipe e custou o cargo do então treinador Vanderlei Luxemburgo.
Fora da Olimpíada de Atenas, eliminado de novo no pré-olímpico, o Brasil chegou a Pequim, em 2008, como um dos favoritos, mas Messi e a Argentina estragaram os planos do técnico Dunga e do astro maior do time, Ronaldinho Gaúcho, que tiveram de se contentar com mais um bronze. Nos últimos Jogos, em Londres, Neymar levou o Brasil à final pela terceira vez, mas a derrota para o México por 2 a 1 manteve o incômodo jejum que, de novo, tentaremos quebrar, agora como anfitriões.
luis.edmundo@terra.com.br
robertoAP
01/07/2016 - 13h27
Na abertura de todos os jogos, vamos fazer um corinho que a globo e o Itaú gostaram de puxar na Copa, desta vez será: OHH.. TEMER,..
VAI…T….N….C.
José Oliveira
01/07/2016 - 05h18
Há muito tempo perdi o tesão de torcer pelo futebol brasileiro. A máfia da REDE GLOBO X CBF reduziu a maior SELEÇÃO do mundo a isso já nos acostumamos a ver… Derrotas e mais derrotas!
Antonio Passos
01/07/2016 - 00h43
Só o Ouro pode “ensaiar” uma ressurreição do futebol brasileiro, atualmente morto e enterrado.