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Governo interino avança na destruição da comunicação pública

Reproduzo abaixo nota de uma amiga jornalista, que está acompanhando de perto a destruição incrivelmente rápida pela qual vem passando a TV Brasil, a EBC e todo o sistema público de comunicação, com apenas algumas semanas de governo golpista. *** Os ataques à comunicação pública não param. A EBC, empresa pública de comunicação, na qual […]

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Reproduzo abaixo nota de uma amiga jornalista, que está acompanhando de perto a destruição incrivelmente rápida pela qual vem passando a TV Brasil, a EBC e todo o sistema público de comunicação, com apenas algumas semanas de governo golpista.

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Os ataques à comunicação pública não param. A EBC, empresa pública de comunicação, na qual estão rádios históricas no país, como a MEC AM do Rio de Janeiro – a primeira rádio brasileira, está tirando do ar programas que deixaram sua marca no rádio nacional. Um exemplo disso ocorreu na última quinta-feira, 16/06, quando foi ao ar o último ZoaSom, programa da ONG Criar Brasil que ia ao ar na MEC AM RJ e na Roquette-Pinto FM 94,1.

A saída do ZoaSom do ar tem um único motivo: a não renovação de contratos de muitos programas da grade, principalmente das rádios EBC (Empresa Brasil de Comunicação), devido ao que se chama de crise econômica mas que, sabemos, é bem mais uma crise política.

Programa pensado por jovens, o ZoaSom trazia para o debate temas que aliavam juventude e cidadania. Tudo isso feito de forma ampla, democrática, sincera. Dos debates mais quentes, como a legalização do aborto, até os mais “tranquilos”, como relacionamentos amorosos em tempos de internet, o programa trazia todos os lados possíveis para dentro da conversa. Isso sem falar do espaço para a música independente mostrar seu trabalho, fato raro dentro das rádios brasileiras, trabalho sempre privilegiado pelo ZoaSom. Mais de 300 músicos e bandas se apresentaram, ao vivo no programa, ao longo destes seis anos.

O fim do ZoaSom e a não renovação de contratos de diversos outros programas das rádios públicas do país representa apenas uma das pontas dos ataques à comunicação pública orquestrados pelo governo interino de Michel Temer. Ponta que se une aos argumentos daqueles que defendem o fim da TV Brasil, por exemplo. Com a retirada de programas da grade da EBC, perde-se, a cada dia, espaços de diálogo e de pluralidade nas conversas e produções. E, neste processo, a maior perda possível é a da população que acaba ficando cada dia mais refém de uma comunicação única, sem que sua voz seja ouvida e propagada.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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ALMANAKUT BRASIL

08/07/2016 - 03h24

Até a comunicação pública europeia, da EBU, que organiza o Festival Eurovision, tem reclamado de excessos!

O cabidão EBC tem mais funcionários do que necessita, não esteve entre as grandes no VHF, tem um baixo índice de audiência, quase se iguala à teleSUR em propaganda comunista e bolivariana e o caldo sujo é grosso!

Se espremer, vira lama!

Antonio Passos

21/06/2016 - 21h02

A truculência e a ferocidade da direita contrasta com a PANAQUICE (pra dizer o mínimo) dos governos petistas. O PT parece que sempre teve “vergonha” do poder, numa postura subalterna, servil à grande mídia. Deu nisso.

CIANOTON_PACE

21/06/2016 - 20h00

#AbaixoOGolpe! #QueHorasElaVolta? #Lula2018! A pergunta é uma só: por que a ministra do stf rosa weber exigiu explicações da Exmª Srª Presidente da República, Dilma Roussef, por chamar o golpe de golpe e nada faz contra esse pirapeira (meio pirata meio topeira)? O stf terá muitas explicações a dar quando a normalidade democrática for restabelecida e a mídia golpista se bandear para o lado certo da ética.


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