Votação para cassar Cunha tem de ser num domingo!

Boa ideia do Pimenta!

É preciso assegurar o mesmo tratamento a Cunha que foi dado à presidenta Dilma Rousseff: votação num domingo, para que todos possam assistir em casa ou na rua, comendo pipocas!

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Da assessoria do deputado Paulo Pimenta

Cassação de Cunha: Deputado Pimenta quer sessão em um domingo, com votação nominal e púlpito no centro do plenário

Vice-líder do PT na Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) apresentou um a questão de ordem propondo que a sessão de cassação do ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja realizada em um domingo, nos mesmos moldes da votação do impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff. No pedido, apresentado na noite desta terça-feira (14), Pimenta afirma que a Câmara terá uma oportunidade de confirmar sua “posição republicana” dando a Eduardo Cunha “o mesmo tratamento que conferiu à Presidenta da República”.

“Solicito que a sessão de cassação do mandato de Eduardo Cunha seja realizada em observância ao mesmo rito estabelecido para a votação do dia 17 de abril: num domingo à tarde, em processo de chamada nominal, com a alocação de um púlpito no centro do plenário. Estou pedindo que vossas excelências, que foram tão cuidadosos, que tinham tanto interesse que o Brasil acompanhasse a sessão contra Dilma, tenham a mesma conduta”, requereu o petista.

INTEGRA DA QUESTÃO DE ORDEM APRESENTADA PELO DEPUTADO PAULO PIMENTA (PT-RS)

CÂMARA DOS DEPUTADOS

QUESTÃO DE ORDEM
(Do Sr. Paulo Pimenta)

Senhor Presidente, requeiro a palavra para formular Questão de Ordem com fundamento nos art. 67, § 2º, combinado com os artigos 186 e 187, § 4º do Regimento Interno, e no art. 37 da Constituição Federal.

No dia 12 de abril de 2016 foi realizada a reunião do colegiado de líderes, oportunidade em que o Presidente da Câmara afastado comunicou aos Líderes a data e o rito da Sessão Deliberativa Extraordinária para votação, em turno único, do parecer da Comissão Especial sobre a denúncia contra a Senhora Presidenta da República por crime de responsabilidade.

Naquela oportunidade o presidente afastado comunicou sua decisão de realizar a Sessão Extraordinária no domingo, 17 de abril, com início às 14h e término previsto para as 21h.

Quanto ao rito, determinou o Sr. Eduardo Cunha, que os Deputados fizessem a votação de forma oral, em púlpito montado no centro do Plenário.

Para aumentar a visibilidade do ato, o Presidente afastado determinou a instalação de telões no Salão verde e no Anexo IV da Câmara, os quais transmitiam em tempo real a votação no plenário.

Ainda, definiu que o acesso ao Plenário Ulisses Guimarães e ao Salão Verde teria a maior restrição possível.

Ora, Senhor Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, essas decisões de Eduardo Cunha tiveram o claro objetivo de que o processo de votação fosse televisionado, ao vivo, em um evidente acordo com a Rede Globo, que suspendeu a tradicional transmissão dominical do futebol, buscando uma grande audiência para o clímax do golpe.

A presente Questão de Ordem tem o objetivo de estabelecer que as futuras Sessões Deliberativas extraordinárias para votação da cassação de chefes de Poderes, como a Sessão que votará pela cassação do Mandato de Eduardo Cunha, sejam realizadas em observância ao mesmo rito estabelecido para a votação do dia 17 de abril: num domingo à tarde, durante o horário nobre da televisão aberta – horário do futebol e do “Fantástico”, em processo de chamada nominal, com a alocação de púlpito no centro do plenário.

Isso tudo, para que o Sr. Eduardo Cunha tenha o mesmo tratamento que conferiu à Senhora Presidenta da República, confirmando a posição republicana desta casa.

É esta a questão de ordem, Senhor Presidente.

Sala de reuniões, 14 de junho de 2016

Deputado PAULO PIMENTA/PT-RS

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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