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Associação latino-americana de juízes volta a denunciar: é golpe, e tem conivência do STF

Até quando a imprensa brasileira irá omitir do público, criminosamente, que a interpretação de que o impeachment é um golpe de Estado não é uma opinião isolada do PT, e sim uma visão cada vez mais disseminada entre setores avançados da sociedade, inclusive juízes do trabalho de toda a América Latina! *** Da Associação Latino-Americana […]

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Até quando a imprensa brasileira irá omitir do público, criminosamente, que a interpretação de que o impeachment é um golpe de Estado não é uma opinião isolada do PT, e sim uma visão cada vez mais disseminada entre setores avançados da sociedade, inclusive juízes do trabalho de toda a América Latina!

***

Da Associação Latino-Americana dos Juízes do Trabalho, via email.

NOTA PÚBLICA

A Associação Latino-americana de Juízes do Trabalho – ALJT, em face da divulgação de gravações de conversas do Sr. Sérgio Machado com altas autoridades da República e dos acontecimentos que a ela se seguiram, vem a público manifestar a preocupação com a possível utilização do Poder Judiciário do Brasil para a perpetração do golpe de estado em curso no país.

As gravações dão conta do propósito de derrubada do poder da Presidente democraticamente eleita, como pressuposto de viabilização de um grande acordo, supostamente envolvendo até mesmo o Supremo Tribunal Federal, destinado a assegurar a impunidade de políticos que se opõem ao governo legítimo, alguns dos quais, inexplicavelmente, até aqui não alcançados pelas inúmeras fases da denominada “Operação Lava Jato”, seja na órbita de atuação do juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba, seja no âmbito do próprio STF.

O conteúdo das conversas parece evidenciar que a Chefe de Estado está sendo apeada do poder exatamente por ser elemento de garantia da independência e da autonomia do Ministério Público e do Poder Judiciário nas investigações e, o pior, sob a cínica justificativa de combate à corrupção.

Causa estranheza à ALJT a reação do Supremo Tribunal Federal às referências de pacto envolvendo a Corte e, ainda mais, de conversas supostamente já havidas com diversos de seus membros, principalmente se cotejada com as providências que se seguiram ao vazamento das gravações do diálogo entre o então senador Delcídio do Amaral com o Sr. Bernardo Cerveró, no momento em que parte da imprensa informa que alguns – ou todos – os Ministros do STF teriam sido criminosamente grampeados.

Considera a ALJT ser ofensivo ao dever de imparcialidade imposto à magistratura o comportamento do Ministro Gilmar Ferreira Mendes, incansável no propósito de ostentar o seu papel hegemônico no Poder Judiciário, sem receio de revelar a condução político-partidária que imprime à sua atuação de magistrado, seja com declarações prévias de condenação às partes cujas demandas lhe são submetidas, caso integrantes de uma corrente política, ou na complacência em relação a outras, integrantes da corrente contrária.

O ministro Mendes, desde a posse no STF, denunciada, à época, por juristas, políticos e entidades da sociedade civil como sendo atentatória à independência judicial, revela desenvoltura crescente no trato político das questões judiciais, seja se exibindo publicamente em reuniões com líderes partidários, seja, como ocorreu no último sábado, dia 28 de maio, reunindo-se, sem registro em agenda, com o presidente interino, alvo de acusações que são objeto de ações que o Ministro julgará – e conduzirá -, como integrante e, agora, presidente, da 2.ª Turma do Supremo Tribunal Federal.

Preocupa a ALJT o silêncio dos demais integrantes do Supremo Tribunal Federal, a despeito de todos os fatos acima indicados. Mais ainda, o apoio que um e outro oferecem ao Ministro Gilmar Mendes, quando lhe atribuem a qualidade da independência e, em reconhecimento, oferecem-lhe postos chave da estrutura de altas Cortes de Justiça, justo quando diversos setores da sociedade civil organizada discutem propostas de pedido de impeachment do ministro.

Espera a ALJT que, na difícil quadra que atravessa o país, seja preservado o papel do Poder Judiciário brasileiro, de salvaguarda dos direitos políticos e sociais, de defesa da Constituição e das leis, de firme resposta às práticas criminosas, sejam quem forem os seus autores, sempre marcadas por isenção, imparcialidade e independência, afinal, o Estado Democrático de Direito é também incompatível com a seletividade de arroubos, vazamentos, investigações e punições.

A ALJT- Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho, entidade criada em 2006 para defender a independência judicial e a efetividade do Direito do Trabalho, expressa, ainda, a honra de ter recebido a adesão espontânea ao conteúdo da presente Carta, por parte de inúmeros magistrados, advogados, professores e de outras entidades, conforme relação de apoio identificada abaixo.

Em 12 de junho de 2016,

Hugo Cavalcanti Melo Filho- Presidente da ALJT – Juiz do TRT 6 (PE)

APOIAM:

ABRAT- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ADVOGADOS TRABALHISTAS.
ADOLFO MATARRESE – ADVOGADO ARGENTINO.
ADRIANA TUFAILE – USP.
ALAL – ASSOCIAÇÃO LATINO AMERICANA DE ADVOGADOS LABORALISTAS.
ALESSANDRA CAMARANO OAB/DF 13750.
ALMIRO EDUARDO DE ALMEIDA – JUIZ DO TRABALHO DO TRT 4(RS).
ANA CAROLINA CALHEIROS – JUIZA DO TRT 6(PE).
ANDRÉ LUIZ CORREIA DE PAIVA – OAB/PE 18.834
ANDRÉ LUIZ MACHADO – TRT DA 6A REGIÃO (PE).
ANDREI MANTOVANI – OAB/PA 10.223.
ANDREIA APARECIDA SILVÉRIO DOS SANTOS – OAB/PA 19.428.
ANGELA SERRA SALES – OAB/PA 2469.
ANGÉLICA FALLAS – MAGISTRADA ARGENTINA – DIRETORA DA ALJT.
ANTÔNIO RAIMUNDO DE CASTRO QUEIROZ JUNIOR – OAB/MG 94392.
ATILA ROESLER – JUIZ DO TRABALHO DO TRT 4(RS).
BENIZETE SANTOS MEDEIROS OAB/RJ 73119.
CADMO BASTOS MELO JUNIOR – OAB/PA 4749.
CARLA RITA BRACCHI SILVEIRA – ADVOGADA- PROFESSORA DE DIREITO DO TRABALHO – FACULDADE MADRE THAIS- ILHÉUS – BA.
CARLOS SCHIRMER CARDOSO – OAB/MG 65.738.
CÉLIA REGINA ODY BERNARDES- JUÍZA FEDERAL, SSJ TABATINGA/SJAM/TRF1.
CHARLES LOPES KUHN – JUIZ DO TRABALHO DA QUARTA REGIÃO.
CLÁUDIO RONALDO BARROS BORDALO – OAB/PA 8601
CRISTINA MARIA PINHEIRO DA CUNHA – OAB/PA 18536
CYNTHIA SOARES CARNEIRO – PROFESSORA DOUTORA DA FACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO – USP.
DANIELA MURADAS REIS – OAB/MG 77.212 – PROFESSORA DA FDUFMG.
DAVI FURTADO MEIRELLES – DESEMBARGADOR DO TRT/SP (2ª REGIÃO)
DIVA MARIA FERLIN LOPES – SOCIÓLOGA E MESTRE EM GEOGRAFIA URBANA.
EDNA SODRÉ D’ARAÚJO – OAB/PA 5246.
EDUARDO SUZUKI SIZO – OAB/PA 7608.
ELAINE D’ ÁVILA COELHO- ADVOGADA EM SÃO PAULO (OAB/SP 97 759).
ELANE CHAVES DE LACERDA – OAB/4939.
ELDAÁ MACHADO CLAVIER – OAB/PA 15242.
ELINAY MELO – JUÍZA DO TRABALHO SUBSTITUTA TRT 8.
ELLEN MARA FERRAZ HAZAN – ADVOGADA – PROFESSORA DE DIREITO DO TRABALHO – MINAS GERAIS.
FÁBIO KONDER COMPARATO – PROFESSOR EMÉRITO DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
FATIMA PINHEIRO – OAB/PA 2989.
FRANCISCO LUCIANO DE AZEVEDO FROTA – JUIZ DO TRABALHO – TRT-10ª REGIÃO (DF/TO).
GILBERTO AUGUSTO LEITÃO MARTINS – JUIZ DO TRABALHO DO TRT 10ª REGIÃO (DF/TO).
GRIJALBO FERNANDES COUTINHO- EX-PRESIDENTE DA ALJT (2006/2008), DESEMBARGADOR DO TRT DA 10.ª REGIÃO, (DF/TO).
GUILLERMO FERRIOL – SECRETÁRIO. GERAL ALAL.
HUGO LEONARDO PÁDUA MERCÊS – OAB/PA 17835.
IBRAIM JOSÉ DAS MERCÊS ROCHA – OAB/PA 7752.
INGRID VIANA SOARES – ADVOGADA OAB-CE 19.296.
ISABEL IGLESIAS OAB/RS 77445.
ISAURA PEREIRA CAMPOS – OAB/PA 7800.
JEFFERSON CALAÇA OAB/PE 12783.
JESUS AUGUSTO DE MATTOS OAB/RS 22560.
JOANA D’ARC DA COSTA MIRANDA – 19.816 OAB/PA.
JOÃO DO REIS DA SILVA JÚNIOR – PROFESSOR TITULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS.
JÔNATAS ANDRADE- JUIZ DO TTRABALHO DO TRT 8 (PARÁ E AMAPÁ).
JOSÉ AUGUSTO AMORIM – OAB/RN 3472.
JOSÉ LUIS CONTRERAS – DIRETOR DA ALAL.
JOSE MARIA VIEIRA – OAB/PA 8762.
JOSÉ MOURÃO NETO OAB/PA 11935.
JOSÉ ROBERTO PEREIRA DA OLIVEIRA – OAB/PA 8942/A.
KARIME FERREIRA MOUTA – OAB/PA 20499.
KATIANA ARAÚJO RIBEIRO – OAB/PE 36.703.
KLEHYDYFF ALVES DE MIRANDA – OAB/PA 9640.
LEADOR MACHADO – JUIZ DO TRT 10(DF/TO).
LIZETE BELIDO – DESEMBARGADORA DO TRT 2 (SÃO PAULO).
LUÍS BARON – JUIZ COLOMBIANO – DIRETOR DA ALJT.
LUIS RAFFAGHELLI – JUIZ ARGENTINO, EX-DIRETOR DA ALJT.
LUIZ ALBERTO DE VARGAS – DESEMBARGADOR TRT4.
LUIZ MANOEL ANDRADE MENESES – JUIZ DO TRABALHO DO TRT 20.
LUIZ RODRIGUES- PRESIDENTE DA ALAL.
LYDIA GUEVARA – DIRETORA DA ALAL CUBA.
MAGDA BARROS BIAVASCHI – DESEMBARGADORA DO TRT 4(RS) E PESQUISADORA DO CESIT UNICAMP.
MANOEL LOPES VELOSO SOBRINHO – JUIZ TRT 16A. REGIÃO.
MARCELO JOSÉ MILEO – OAB/PA 7639.
MARCELO NAZARENO LIMA ARRIFANO – OAB/PA 9365-A.
MÁRCIO TÚLIO VIANA- DESEMBARGADOR DO TRT 3(MG).
MARIA ANGELICA FALLAS – JUÍZA DA COSTA RICA.
MARIA CRISTINA CARRION VIDAL DE OLIVEIRA – OAB/RS 15.822.
MARIA DAS GRAÇAS PIMENTEL DE FIGUEIREDO- ECONOMISTA.
MARIA MADALENA TELESCA – DESEMBARGADORA DO TRT 4(RS) – DIRETORA DA ALJT.
MARIA SALOMÉ VILHENA DOS SANTOS – OAB/PA 21009.
MARIO ELLFMAN – JUIZ ARGENTINO – EX-DIRETOR DA ALJT.
MÁRIO MACEDO FERNANDES CARON – DESEMBARGADOR DO TRT 10(DF/TO).
MARY COHEN – OAB/PA 5623.
MAURICIO RICARDO LACERDA DA SILVA OAB/RS 42166.
MAXIMILIANO NAGL GARCEZ- ADVOGADO – DIRETOR PARA ASSUNTOS LEGISLATIVOS DA ALAL – ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE ADVOGADOS LABORALISTAS- ALAL.
MELISSA ANTONIA SILVA MENDES OAB/ MG 155879.
MOEMA BAPTISTA – OAB/RJ 16.076
MOYSÉS FONSECA MONTEIRO ALVES – OAB/ MG 152.000.
NILTON CORREIA OAB/DF 1291.
OCIRALVA DE SOUZA FARIAS TABOSA – RG/MP/PA/163/MP.
OSVALDO SIROTA ROTBANDE – OAB RJ 57142.
PATRICIA CARVALHO – OAB/PE 14.174.
PATRICIA SIMONE DOS SANTOS LIBONATI – OAB/PA 7.262.
PAULO ROGÉRIO ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA – PROFESSOR E COORDENADOR DA PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO.
PAULO SÉRGIO CALVO DE GALIZA – OAB/PA 8149.
REGINALDO MELHADO – JUIZ DA 6ª VARA DO TRABALHO DE LONDRINA- TRT 9(PR).
RICARDO WASHINGTON MORAES DE MELO – OAB/PA 13856.
RIVELINO ZARPELLON – OAB/PA 10.483.
ROBERTO C POMPA – JUIZ ARGENTINO, EX-PRESIDENTE DA ALJT, DIRECTOR DE VÍNCULOS INTERNACIONALES DE LA ALJT.
RONALDO LUIZ VEIGA FONTELES DE LIMA – OAB/PA 10370.
SILVIA BURMEISTER OAB /RS 29353.
SÍLVIA ESCOBAR – MAGISTRADA ARGENTINA- DIRETORA DA ALJT.
SILVIA MOURÃO – OAB/PA 5627.
TATIANA OZANANA – OAB/PA 16952
THAISE THAMMARA BORGES ROCHA – OAB/PA 19625/B.
THEODOMIRO ROMEIRO DOS SANTOS – JUÍZA DO TRT 6(PE).
UST- CENTRAL SINDICAL.
VALDETE SOUTO SEVERO – JUÍZA DO TRABALHO DA 4A REGIÃO(RS).
VERA LUCIA NAVARRO – PROFESSORA ASSOCIADA DA FFCLRP DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
VITOR MARTINS NOÉ – OAB/RO 3035.
WILSON RAMOS FILHO – ADVOGADO E PROFESSOR DA UFPR.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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willams will

15/06/2016 - 19h15

Já sabemos que todo o STF são golpistas e bandidos togados, pois eles violam o principio da Constituição quanto a criação do STF, que a corte suprema nunca deverá ser partidária ou comedora de propina salário. São descaradamente aproveitadores do dinheiro de todos nós, somos nós que pagamos os altos salários e mantemos toda a sorte de bolsa magistrado(Auxílio moradia, auxilio transporte, auxílio viagem, auxilio educação, auxílio alimentação) São tão pobretões que deveriam ter se inscrito no Minha casa minha vida! Ou também ter inscrição no bolsa família para os netos e a parentela toda! São porcos gananciosos do dinheiro público e não prestam serviços a que os destina fazerem. São servidores públicos que usurpam a constituição, são golpistas e são conspiradores e estupradores da Democracia! Ao menos temos alguns que enxergam isso! Ao menos temos outros que repudiam os bandidos togados.

Antonio SBN

14/06/2016 - 20h19

Gostaria de aderir, como faço?

Octavio Filho

14/06/2016 - 18h30

Todo mundo já sabe que o STF e os juízes estão conspirando, só os coxinhas se iludem.

Pedro Pereira

14/06/2016 - 15h59

Trajano tá bem na foto…

Messias Franca de Macedo

14/06/2016 - 14h41

… E o ‘coronezinho’ de MERDA ‘porco falante’ Geddel foi pedir a bênção ao ‘prefeitim’ ACMalvadeza Neto… E foi expulso aos gritos de “fora golpistas, fora golpistas, fora golpistas [mega]corruptos…”

https://www.facebook.com/midiaNINJA/videos/666499810174834/

Roberto

14/06/2016 - 14h00

Gilmar Mendes o maior cabo eleitoral do PSDB

João Bosco

14/06/2016 - 12h58

Todos juntos e misturados, na trama do golpe.


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