Foto: Mídia NINJA
Edinho Silva vai processar ‘IstoÉ’ por matéria contra Dilma: ‘Um panfleto’, diz ex-ministro
O ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Edinho Silva divulgou na noite de ontem (3) nota na qual questiona denúncia da matéria de capa da revista IstoÉ de que teria pedido R$ 12 milhões, por caixa 2, para a campanha de 2014 da presidenta Dilma Rousseff, conforme delação do empreiteiro Marcelo Odebrecht. Segundo ele, a matéria, totalmente editorializada, demonstra um “primarismo chocante” na apuração dos fatos e peca pelo princípio básico de não ouvir o outro lado. “Portanto, de nada tem de jornalístico. Tomarei as medidas jurídicas cabíveis contra a publicação”, diz
Edinho Silva afirma que o único objetivo da edição é atacar a presidenta Dilma. “Querem, com isso, impedir a presidenta de voltar ao cargo para o qual foi legitimamente eleita”. Segundo ele, o texto da revista serviria perfeitamente a um panfleto produzido por um partido de oposição ao mandato da presidenta.
Leia a nota na íntegra
“Quanto à minha conduta como coordenador financeiro da campanha de 2014, o diálogo descrito pela matéria, relatado em uma suposta delação premiada, nunca existiu. É mentira. Estive com o empresário Marcelo Odebrecht cumprindo a minha função de coordenador financeiro da campanha, arrecadando recursos, como fizeram outros que cumpriram a mesma função. Da mesma forma, estive com dezenas de outros empresários brasileiros, que podem testemunhar sobre a minha conduta ética e legal. Jamais pedi e nem aceitei recursos que não fossem doados legalmente.
Jamais tratei de pagamentos de fornecedores da campanha Dilma com doadores. O contrato de comunicação da campanha com o publicitário João Santana totalizou R$ 70 milhões – e todos os pagamentos foram feitos legalmente, por meio de transferência bancária, após faturamento. Eu jamais estive com o empresário Marcelo Odebrecht tratando de doações para o PMDB.
Nenhuma dessas mentirias sobreviveriam a uma primeira apuração jornalista séria, em que, para cada acusação, se exigiria o mínimo de materialidade. As mentiras também não sobreviverão, se for o caso, a uma apuração criteriosa das autoridades.
O grupo Odebrecht foi um importante doador da campanha Dilma, da mesma forma como o foi da principal campanha adversária. Mais uma vez, buscam de todas as formas criminalizar as doações da campanha Dilma, procurando criar desgaste político, e no atual momento, condições para se viabilizar o impeachment.”