Por Rogerio dultra dos Santos
Já entrou para os anais da política brasileira o voto “homenagem” que o Deputado Jair Bolsonaro fez ao falecido Coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra – torturador notório da Presidenta -, no impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.
Neste curta dirigido por Cristiane Brandão e José Eduardo Acevedo se pode dimensionar um pouco da infame declaração, verdadeira apologia à tortura, que fez o Deputado ao militar torturador.
A democracia brasileira, esta quimera cada dia mais utópica, se mostra uma impossibilidade exatamente quando não acertamos a devida conta com nossas responsabilidades do passado.
Uma transição inacabada da ditadura, situação em que os crimes de Estado acabaram varridos para debaixo do tapete da história, explica um pouco a fala misógina, inoportuna e vil do Deputado, bem como o silêncio institucional cada vez mais profundo em torno daquilo que nunca deveria ter existido, mas que está lá, precisando ser dito e ouvido. Para que nunca mais se repita.