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Vazamento de diálogo com Sarney confirma: é estratégia golpista

[s2If !current_user_can(access_s2member_level1) OR current_user_can(access_s2member_level1)] Foto: Marciel da Silva (via Mídia Ninja). O vazamento do diálogo entre Sergio Machado e José Sarney, a terceira gravação feita pelo ex-presidente da Transpetro (a primeira foi com Jucá, a segunda com Renan), confirma que estamos diante de mais um movimento do xadrez do golpe.[/s2If] [s2If !current_user_can(access_s2member_level1)] *** Para continuar […]

13 comentários
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Foto: Marciel da Silva (via Mídia Ninja).

O vazamento do diálogo entre Sergio Machado e José Sarney, a terceira gravação feita pelo ex-presidente da Transpetro (a primeira foi com Jucá, a segunda com Renan), confirma que estamos diante de mais um movimento do xadrez do golpe.[/s2If]

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Machado, Jucá, Renan e Sarney são cartas fora do baralho há muito tempo – por várias razões, sendo a mais importante delas a relação política construída com o PT.

Para o golpe, os únicos políticos importantes são José Serra e Michel Temer. O primeiro trabalha para entregar o Brasil aos Estados Unidos; o segundo, para entregar o que sobrar do Brasil à Globo e à Fiesp.

A movimentação de todos os caciques do PMDB que traíram o PT e se voltaram agressivamente, nos últimos meses, contra o governo Dilma, confirmam que a agenda política brasileira foi determinada, nos últimos meses, pelas truculências da Lava Jato.

O vazamento dos áudios com Jucá e Sarney reforçam as suspeitas de que a PGR pretende dar continuidade aos trabalhos meticulosos de destruição da economia brasileira e controle político sobre a república, e por isso mesmo a Lava Jato não pode ser interrompida.

Nenhum desses políticos é flor que se cheire, digamos, para sermos delicados. São políticos “old school”, vulneráveis diante da gigante onda golpista que se ergueu contra o Executivo e contra a classe política em geral.

O vazamento da conversa entre Machado e Sarney é positivamente ridículo. Traz suspeitas de tentativa de influenciar Lava Jato, mas nada autenticamente criminal. Trata-se de uma tentativa de manter o governo golpista sob as rédeas da PGR, verdadeira líder, junto com a Globo, das conspirações em favor do impeachment.

Os políticos corruptos, não podemos esquecer, foram somente o instrumento do golpe. Os autores do impeachment sem lei permanecem blindados, protegidos pelo judiciário e pela mídia – até porque, em verdade, são próprio judiciário e a mídia.

***

Na Folha

Em gravação, Sarney promete ajudar ex-presidente da Transpetro, mas ‘sem advogado no meio’

RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA

25/05/2016 15h59

O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) prometeu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, investigado pela Operação Lava Jato, que poderia ajudá-lo a evitar que seu caso fosse transferido para a vara do juiz federal Sergio Moro, em Curitiba (PR), mas “sem meter advogado no meio”.

As conversas foram gravadas pelo próprio Machado, que nesta terça-feira (24) fechou um acordo de delação premiada no STF. Em um dos diálogos, gravados em março, o ex-senador e ex-presidente manifestou preocupação sobre uma eventual delação de Machado. “Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada”, disse o ex-presidente.

Machado respondeu que havia insinuações, provavelmente da PGR (Procuradoria-Geral da República), por uma delação. Sarney explicou a estratégia: “Mas nós temos é que conseguir isso [o pleito de Machado]. Sem meter advogado no meio”.

Machado concordou de imediato que “advogado não pode participar disso”, “de jeito nenhum” e que “advogado é perigoso”. Sarney repetiu três vezes: “Sem meter advogado”.

A estratégia estabelecida por Sarney não fica inteiramente clara ao longo dos diálogos obtidos até aqui pela Folha, mas envolvia conversas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Sérgio Machado disse que não poderia passar por uma iniciativa apenas jurídica, teria que ser política.

Ao final de uma das conversas, Machado pediu que Sarney entrasse em contato com ele assim que estabelecesse um horário e local para reunião entre eles e Renan.

“E o Romero também está aguardando, se o senhor achar conveniente”, acrescentou Machado. Sarney respondeu que não achava conveniente.

“Não? O senhor dá o tom”, respondeu Machado.

O ex-presidente disse que não achava “conveniente, a gente não põe muita gente”. Em seguida ele contou que o ex-senador e ex-ministro Amaral Peixoto (1905-1989) costumava dizer que “duas pessoas já é reunião. Três é comício”. Medida semelhante havia sido indicada pelo próprio Jucá. Em outro áudio gravado por Machado, ele disse que não era bom todos se reunirem ao mesmo tempo, e sim que Machado falasse com cada líder político, que depois se encarregariam de conversar entre eles.

Nas conversas, Sarney deixou claro que concordava com a iniciativa de impedir que o caso de Sérgio Machado fosse enviado para a vara do juiz Sergio Moro em Curitiba.

“O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]”, disse o ex-presidente.

OUTRO LADO

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (25), o ex-presidente José Sarney afirmou que, não tendo tempo nem conhecimento do teor das gravações”, não tem “como responder às perguntas pontuais” feitas pela Folha.

Sarney disse que conhece o ex-senador “Sérgio Machado há muitos anos. Fomos colegas no Senado Federal e tivemos uma relação de amizade, que continuou depois que deixei o Parlamento”.

“As conversas que tive com ele nos últimos tempos foram sempre marcadas, de minha parte, pelo sentimento de solidariedade, característica de minha personalidade. Nesse sentido, expressei sempre minha solidariedade na esperança de superar as acusações que enfrentava. Lamento que conversas privadas tornem-se públicas, pois podem ferir outras pessoas que nunca desejaríamos alcançar”, diz a nota assinada pelo ex-presidente. [/s2If]

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Melo

25/05/2016 - 22h55

E quando vier a maior delação do mundo, do Suíço Eduardo Cunha, quem vai ser comido primeiro? kkkkkkkkkk

    Octavio Filho

    26/05/2016 - 10h42

    Vai ser igual a do Aécio. Never ….

Marivane

25/05/2016 - 22h54

Quem tem o STF como este, o Eduardo Cunha na Câmara dos deputados e o Renan no senado, precisa de algo mais?

Melo

25/05/2016 - 22h54

E quando vier a maior delação do mundo, do Suíço Eduardo Cunha kkkkkkkkkk

Joaquim Almeida

25/05/2016 - 22h06

Em crise masoquista assisti hoje o JN. Impressionante, subestimaram mesmo a minha pouca inteligência! Com todo o conteúdo das gravações, colocaram todo o foco e distorceram as falas em referência a Dilma e Lula, querendo fazer levar o entendimento no final que os vilões da operação Lava Jato são Dilma e Lula e o mocinho credor da boa conduta é o grande e temerável…Super Moro.

    Maat

    26/05/2016 - 00h57

    Claro, que acreditam sim, naqueles que não conseguem sair da rede de suas manipulações.

    Octavio Filho

    26/05/2016 - 10h41

    Não vale a pena ver nem a globo e nem a bandeirantes. Outro dia a Mônica Bergamo estava entrevistando uma pessoa e perguntou o que ela achava sobre a seletividade das investigações, pois, de acordo com ela, estavam dizendo que só se investigava o PT e estavam dando pouco caso a outros crimes, como estupro etc. Ela nem mencionou que na verdade, a seletividade apontada por outros jornalistas, é pelo fato de não se estar investigando os políticos da oposição. Ela quis induzir aos seus telespectadores que o problema da seletividade nas investigações não se relacionava a blindagem aos políticos da oposição.

Mauro Pinto

25/05/2016 - 20h56

Não se iludam, para mim, fazendo parte do golpe ou sendo efeito colateral, a midia vai aproveitar essas revelações para construir uma candidatura própria em 2018, quem sabe João Dória Júnior

Fabiana

25/05/2016 - 19h30

E “o primeiro a ser comido” como fica?
E os outros da bandeja, como está a fila?

Jonas Vaquer

25/05/2016 - 20h17

ALÔ MENDONCINHA.
ESQUEÇA-NOS !!!!
ESSE É O NOSSO INTRODUTÓRIO. SENHOR MENDONCINHA NÃO CONVIDE NENHUM PARA COLHER O NOSSO SORRISO.
NÃO ACEITAREMOS SENTAR AO SEU LADO E MUITO MENOS VOTAR EM GOLPISTAS.
https://www.youtube.com/watch?v=1RFj1d44mAc

Antonio Passos

25/05/2016 - 19h15

Não seria agora a vez do PMDB ? Com o PT destruído e em seguida o PMDB, pronto: acabou a corrupção. Restará o PSDB, o partido dos incorruptos. Temer já deve estar acertado com eles inclusive, traindo seu próprio partido.

    Pelezinho

    25/05/2016 - 19h20

    Foi isso que eu comentei do DCM.
    O PMDB, além de não ser o queridinho da mídia, tem poder suficiente pra decidir seu próprio rumo, lo que representaria um risco aos olhos dos chefes do golpe.

      Maat

      26/05/2016 - 01h01

      Tenho minhas dúvidas, eles pensam q tem, a não ser q acabem c as eleições direitas, pq c esse golpe eles já começarão a perder nas eleições agora de outubro


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