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Novo áudio da Lava Jato atinge Renan Calheiros. Mas… cuidado!

A divulgação de outra conversa de Sergio Machado, dessa vez com Renan Calheiros, levanta ainda mais suspeitas, para este blogueiro, de que se trata de mais uma estratégia do golpe. Seus aspectos contraditórios, a saber, enfraquecer o novo governo e desvelar os bastidores do próprio golpe, são um risco calculado, mas necessário para consolidar a […]

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A divulgação de outra conversa de Sergio Machado, dessa vez com Renan Calheiros, levanta ainda mais suspeitas, para este blogueiro, de que se trata de mais uma estratégia do golpe.

Seus aspectos contraditórios, a saber, enfraquecer o novo governo e desvelar os bastidores do próprio golpe, são um risco calculado, mas necessário para consolidar a hegemonia dos meganhas da Procuradoria Geral da República e da mídia, que são os verdadeiros chefes de toda essa onda de violência que atingiu nossa democracia.

A análise da nova conversa entre Machado e Renan prova que o foco de instabilidade vinha mesmo da Lava Jato. A maneira como a operação foi conduzida empurrou – num movimento cirurgicamente calculado – a classe política para o golpe.

O título da matéria na Folha denuncia o motivo pelo qual a PGR liberou esses áudios somente agora: é para evitar que, dentre outras coisas, o novo governo mude a lei de delação premiada, a qual, como funciona hoje, confere aos meganhas da lei um poder descomunal para manipular processos judiciais, chantagear testemunhas e réus, e, por fim, consolidar narrativas de acusação pré-determinadas.

Renan tem razão quando fala que a lei de delação premiada precisa ser mudada: não se pode usar a prisão como instrumento de tortura; apenas se deveria aceitar delação premiada (uma instituição que, aliás, é inconstitucional, mas isso é outra discussão) de quem já estivesse em liberdade.

Tanto o áudio liberado hoje como o anterior, na conversa com Jucá, revelam ainda que a imprensa tinha papel fundamental na criação da atmosfera opressiva que levou ao golpe. Os políticos perceberam o jogo: estavam sendo coagidos a derrubar o governo como única maneira de se salvarem, como aliás já está acontecendo.

No pós-golpe, Aécio Neves tem sido sistematicamente blindado pelo STF. Antes do golpe, Aécio seria um dos primeiros a serem “comidos”.

E o STF agora entregou a Lava Jato nas hábeis mãos de Gilmar Mendes, o que naturalmente faz parte do “grande acordo nacional” para salvar os políticos: e Mendes já declarou que não viu nada demais nos áudios de Machado.

Sob controle de Gilmar Mendes, a Lava Jato não será abafada ou interrompida, como denuncia, com inacreditável ingenuidade, políticos governistas, mas sim devidamente instrumentalizada para atingir somente o PT, cortando a cabeça de Lula e eliminando os riscos da esquerda voltar ao poder em 2018.

Gilmar, chefe do golpe, emerge hoje como a figura mais poderosa do país: assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde já vem manobrando há tempos para criminalizar a campanha de Dilma Rousseff, e só a dela (não fala na campanha do PSDB); e agora tem o controle sobre a Lava Jato. Além do apoio irrestrito da Globo, claro.

O golpe é essencialmente midiático e judicial, e produziu um clima calculado de terror para forçar os políticos – sobretudo os corruptos, que são os mais apavorados, por razões óbvias – a assumirem uma ação desesperada, uma ação que viola a democracia, mas que era necessária para impor uma agenda neoliberal que, concluíram as elites predadoras, não seria possível estabelecer pelo voto.

Foi a mídia – representante maior dessas elites – que deu as cartas e operou tudo, em conluio com a PGR, porque o impeachment jamais foi pintado como ele verdadeiramente era, uma ação desesperada de políticos com medo da prisão, e sim como uma consequência natural, necessária, da vontade “popular”, expressa em grandes manifestações contra a corrupção.

O impeachment foi realmente um golpe, porque nunca teve nada a ver com o crime de responsabilidade da presidenta.

Dilma emerge desse lamaçal mais pura do que nunca. Ela é, de fato, quase uma vestal em meio a punhado de raposas velhas da política.

Mas não podemos embarcar na filosofia coxinha que a mídia maquiavélica quer nos empurrar, criminalizando a política e empoderando um judiciário ainda mais problemático que o legislativo, porque essencialmente antidemocrático, vitalício, além de igualmente corrupto: o golpe veio da manipulação da Lava Jato, ou seja, uma operação orquestrada entre PGR, judiciário e Globo, e até hoje continua assim.

Todos esses vazamentos, prisões, delações, operações espetaculares, seguiram uma agenda política cuidadosamente planejada para produzir o efeito desejado.

Na conversa entre Renan e Machado, fala-se ainda numa conversa de Dilma com João Roberto Marinho. Mais uma vez, revela-se a desastrosa ingenuidade de Dilma Rousseff, que jamais percebeu a extensão e profundidade do mal que emana da Globo.

Numa entrevista com blogueiros, concedida pela presidenta dois dias depois do golpe do dia 17 de abril, eu perguntei a ela sobre a ameaça da mídia à democracia: ela começou respondendo bem, que a concentração era um mal, mas logo desviou-se do assunto, com evasivas sobre a impossibilidade de se votar uma lei de mídia com essa Câmara e dizendo que não podíamos “demonizar”.

Ora, não se trata de demonizar ninguém. No mundo real não existem santos nem demônios, e sim interesses, leis e luta política. Não podendo fazer uma lei democrática, que protegesse os cidadãos da violência midiática, agora expressa em sua forma mais brutal, um golpe de Estado, que ao menos usasse democraticamente a sua posição como presidenta para esclarecer aos cidadãos, para fazer política, para usar o verbo, para denunciar as articulações golpistas da mídia!

É preciso acreditar no poder da palavra, Dilma! A palavra transforma!

Dilma nunca denunciou o papel golpista da mídia brasileira, e enquanto não o fizer, não conseguirá jamais fazer os cidadãos entenderem o que se passa em seu próprio país. A presidenta tinha que ter feito isso da tribuna da ONU, para denunciar ao mundo o golpe midiático-judicial que estamos sofrendo.

Setores crescentes da população entenderam isso, quase intuitivamente, tanto é que, em todas as manifestações, as faixas contra o golpe explicitam a participação da Globo nessa trama macabra.

Para vencer o golpe, Dilma precisa denunciar os bastidores da trama, mas sem esconder seus atores principais: a PGR, Gilmar Dantas e a Globo.

A Folha de São Paulo, um braço subgolpista da Globo, tem desenvoltura para assumir, de vez em quando, posições ambíguas, mas sua função, por isso mesmo, é essencial para o golpe, porque o golpe não pode parecer golpe, e para isso é preciso manter uma aparência de democracia na cobertura política dos eventos.

Há algumas contradições entre os agentes do golpe, criadas pela onda crescente de protestos e manifestações. A Globo, mais autoritária, consegue evitar fissuras em sua estrutura. A Folha, nem sempre.

Folha e Globo, de qualquer forma, articulam duplamente: com meganhas do judiciário, de um lado (através de vazamentos que mostram ao governo Temer quem manda); de outro, com o próprio Temer, para que este reprima os blogs, de forma a manter a hegemonia e o monopólio da informação em mãos da mesma oligarquia que deu o golpe e produziu toda a crise que vivemos hoje.

***

Na Folha

Em conversa gravada, Renan defende mudar lei da delação premiada

RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
25/05/2016 02h00

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse em conversa gravada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que apoia uma mudança na lei que trata da delação premiada de forma a impedir que um preso se torne delator -procedimento central utilizado pela Operação Lava Jato.

Renan sugeriu que, após enfrentar esse assunto, também poderia “negociar” com membros do STF (Supremo Tribunal Federal) “a transição” de Dilma Rousseff, presidente hoje afastada.

Machado e Renan são alvos da Lava Jato. Desde março, temendo ser preso, Machado gravou pelo menos duas conversas entre ambos. A reportagem obteve os áudios. Machado negocia um acordo de delação premiada.

Ele também gravou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), empossado ministro do Planejamento no governo Michel Temer. A revelação das conversas pela Folha na segunda (23) levou à exoneração de Jucá.

Em um dos diálogos com Renan, Machado sugeriu “um pacto”, que seria “passar uma borracha no Brasil”. Renan responde: “antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação”.

A mudança defendida pelo peemedebista, se efetivada, poderia beneficiar Machado. Ele procurou Jucá, Renan e o ex-presidente José Sarney (PMDB) porque temia ser preso e virar réu colaborador.

“Ele está querendo me seduzir, porra. […] Mandando recado”, disse Machado a Renan em referência ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Renan, na conversa, também ataca decisão do STF tomada ano passado, de manter uma pessoa presa após a sua segunda condenação.

O presidente do Senado também fala em negociar a transição com membros do STF, embora o áudio não permita estabelecer com precisão o que ele pretende.

Machado, para quem os ministros “têm que estar juntos”, quis saber por que Dilma não “negocia” com os membros do Supremo. Renan respondeu: “Porque todos estão putos com ela”.

Para Renan, os políticos todos “estão com medo” da Lava Jato. “Aécio [Neves, presidente do PSDB] está com medo. [me procurou] ‘Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa'”, contou Renan, em referência à delação de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), que fazia citação ao tucano.

Renan disse que uma delação da empreiteira Odebrecht “vai mostrar as contas”, em provável referência à campanha eleitoral de Dilma. Machado respondeu que “não escapa ninguém de nenhum partido”. “Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito. Governador, nenhum.”

O peemedebista manifestou contrariedade ao saber, pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), esteve com Michel Temer em março.

Em dois pontos das conversas, Renan e Machado falam sobre contatos do senador e de Dilma com a mídia, citando o diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, e o vice-presidente Institucional e Editorial do Grupo Globo, João Roberto Marinho. Renan diz que Frias reconheceu “exageros” na cobertura da Lava Jato e diz que Marinho afirmou a Dilma que havia um “efeito manada” contra seu governo.

OUTRO LADO

Por meio de sua assessoria, o presidente do Senado informou que os “diálogos não revelam, não indicam, nem sugerem qualquer menção ou tentativa de interferir na Lava Jato ou soluções anômalas. E não seria o caso porque nada vai interferir nas investigações.”

Segundo a assessoria, “todas as opiniões do senador foram publicamente noticiadas pelos veículos de comunicação, como as críticas ao ex-presidente da Câmara, a possibilidade de alterar a lei de delações para, por exemplo, agravar as penas de delações não confirmadas e as notícias sobre delações de empreiteiras foram fartamente veiculadas”.

“Em relação ao senador Aécio Neves, o senador Renan Calheiros de desculpa porque se expressou inadequadamente. Ele se referia a um contato do senador mineiro que expressava indignação –e não medo– com a citação do ex-senador Delcídio do Amaral.”

A nota diz ainda que “o senador Renan Calheiros tem por hábito receber todos aqueles que o procuram. Nas conversas que mantem habitualmente defende com frequência pontos de vista e impressões sobre o quadro. Todas os pontos de vista, evidentemente, dentro da Lei e da Constituição”.

A assessoria do STF informou que o presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, “jamais manteve conversas sobre supostas ‘transição’ ou ‘mudanças na legislação penal’ com as pessoas citadas”, isto é, Renan Calheiros e Sérgio Machado.

Segundo a nota, o STF “mantém relacionamento institucional com os demais Poderes” e o ministro Lewandowski “participou de diversos encontros, constantes de agenda pública, com integrantes do Poder Executivo para tratar do Orçamento do Judiciário e do reajuste dos salários de servidores e magistrados”.

Também por meio de nota, a Executiva Nacional do PSDB informou que vai “acionar na Justiça” o ex-presidente da Transpetro. A sigla diz ser “inaceitável essa reiterada tentativa de acusar sem provas em busca de conseguir benefícios de uma delação premiada”.

“Fica cada vez mais clara a tentativa deliberada e criminosa do senhor Sérgio Machado de envolver em suspeições o PSDB e o nome do senador Aécio Neves, em especial, sem apontar um único fato que as justifique. As gravações se limitam a reproduzir comentários feitos pelo próprio autor, com o objetivo específico de serem gravados e divulgados.”

“Sobre a referência ao diálogo entre os senadores Aécio Neves e Renan Calheiros, o senador Aécio manifestou a ele o que já havia manifestado publicamente inúmeras vezes: a sua indignação com as falsas citações feitas ao seu nome.”

Sérgio Machado não é localizado desde a semana passada.


LEIA TRECHOS DOS DIÁLOGOS
Primeira conversa:

SÉRGIO MACHADO – Agora, Renan, a situação tá grave.

RENAN CALHEIROS – Grave e vai complicar. Porque Andrade fazer [delação], Odebrecht, OAS. [falando a outra pessoa, pede para ser feito um telefonema a um jornalista]

MACHADO – Todos vão fazer.

RENAN – Todos vão fazer.

MACHADO – E essa é a preocupação. Porque é o seguinte, ela [Dilma] não se sustenta mais. Ela tem três saídas. A mais simples seria ela pedir licença…

RENAN – Eu tive essa conversa com ela.

MACHADO – Ela continuar presidente, o Michel assumiria e garantiria ela e o Lula, fazia um grande acordo. Ela tem três saídas: licença, renúncia ou impeachment. E vai ser rápido. A mais segura para ela é pedir licença e continuar presidente. Se ela continuar presidente, o Michel não é um sacana…

RENAN – A melhor solução para ela é um acordo que a turma topa. Não com ela. A negociação é botar, é fazer o parlamentarismo e fazer o plebiscito, se o Supremo permitir, daqui a três anos. Aí prepara a eleição, mantém a eleição, presidente com nova…

[atende um telefonema com um jornalista]

RENAN – A perspectiva é daquele nosso amigo.

MACHADO – Meu amigo, então é isso, você tem trinta dias para resolver essa crise, não tem mais do que isso. A economia não se sustenta mais, está explodindo…

RENAN – Queres que eu faça uma avaliação verdadeira? Não acredito em 30 dias, não. Porque se a Odebrecht fala e essa mulher do João Santana fala, que é o que está posto…

[apresenta um secretário de governo de Alagoas]

MACHADO – O Janot é um filho da puta da maior, da maior…

RENAN – O Janot… [inaudível]

MACHADO – O Janot tem certeza que eu sou o caixa de vocês. Então o que que ele quer fazer? Ele não encontrou nada nem vai encontrar nada. Então ele quer me desvincular de vocês, mediante Ricardo e mediante e mediante do Paulo Roberto, dos 500 [mil reais], e me jogar para o Moro. E aí ele acha que o Moro, o Moro vai me mandar prender, aí quebra a resistência e aí fudeu. Então a gente de precisa [inaudível] presidente Sarney ter de encontro… Porque se me jogar lá embaixo, eu estou fodido. E aí fica uma coisa… E isso não é análise, ele está insinuando para pessoas que eu devo fazer [delação], aquela coisa toda… E isso não dá, isso quebra tudo isso que está sendo feito.

RENAN – [inaudível]

MACHADO – Renan, esse cara é mau, é mau, é mau. Agora, tem que administrar isso direito. Inclusive eu estou aqui desde ontem… Tem que ter uma ideia de como vai ser. Porque se esse vagabundo jogar lá embaixo, aí é uma merda. Queria ver se fazia uma conversa, vocês, que alternativa teria, porque aí eu me fodo.

RENAN – Sarney.

MACHADO – Sarney, fazer uma conversa particular. Com Romero, sei lá. E ver o que sai disso. Eu estou aqui para esperar vocês para poder ver, agora, é um vagabundo. Ele não tem nada contra você nem contra mim.

RENAN – Me disse [inaudível] ‘ó, se o Renan tiver feito alguma coisa, que não sei, mas esse cara, porra, é um gênio. Porque nós não achamos nada.’

MACHADO – E já procuraram tudo.

RENAN – Tudo.

MACHADO – E não tem. Se tivesse alguma coisa contra você, já tinha jogado… E se tivesse coisa contra mim [inaudível]. A pressão que ele quer usar, que está insinuando, é que…

RENAN – Usou todo mundo.

MACHADO – …está dando prazos etc é que vai me apartar de vocês. Mesma coisa, já deu sinal com a filha do Eduardo e a mulher… Aquele negócio da filha do Eduardo, a porra da menina não tem nada, Renan, inclusive falsificaram o documento dela. Ela só é usuária de um cartão de crédito. E esse é o caminho [inaudível] das delações. Então precisa ser feito algo no Brasil para poder mudar jogo porque ninguém vai aguentar. Delcídio vai dizer alguma coisa de você?

RENAN – Deus me livre, Delcídio é o mais perigoso do mundo. O acordo [inaudível] era para ele gravar a gente, eu acho, fazer aquele negócio que o J Hawilla fez.

MACHADO – Que filho da puta, rapaz.

RENAN – É um rebotalho de gente.

MACHADO – E vocês trabalhando para poder salvar ele.

RENAN – [Mudando de assunto] Bom, isso aí então tem que conversar com o Sarney, com o teu advogado, que é muito bom. [inaudível] na delação.

MACHADO – Advogado não resolve isso.

RENAN – Traçar estratégia. [inaudível]

MACHADO – [inaudível] quanto a isso aí só tem estratégia política, o que se pode fazer.

RENAN – [inaudível] advogado, conversar, né, para agir judicialmente.

MACHADO – Como é que você sugeriria, daqui eu vou passar na casa do presidente Sarney.

RENAN – [inaudível]

MACHADO – Onde?

RENAN – Lá, ou na casa do Romero.

MACHADO – Na casa do Romero. Tá certo. Que horas mais ou menos?

RENAN – Não, a hora que você quiser eu vou estar por aqui, eu não vou sair não, eu vou só mais tarde vou encontrar o Michel.

MACHADO – Michel, como é que está, como é que está tua relação com o Michel?

RENAN – Michel, eu disse pra ele, tem que sumir, rapaz. Nós estamos apoiando ele, porque não é interessante brigar. Mas ele errou muito, negócio de Eduardo Cunha… O Jader me reclamou aqui, ele foi lá na casa dele e ele estava lá o Eduardo Cunha. Aí o Jader disse, ‘porra, também é demais, né’.

MACHADO – Renan, não sei se tu viu, um material que saiu na quinta ou sexta-feira, no UOL, um jornalista aqui, dizendo que quinta-feira tinha viajado às pressas…

RENAN – É, sacanagem.

MACHADO – Tu viu?

RENAN – Vi.

MACHADO – E que estava sendo montada operação no Nordeste com Polícia Federal, o caralho, na quinta-feira.

RENAN – Eu vi.

MACHADO – Então, meu amigo, a gente tem que pensar como é que encontra uma saída para isso aí, porque isso aí…

RENAN – Porque não…

MACHADO – Renan, só se fosse imbecil. Como é que tu vai sentar numa mesa para negociar e diz que está ameaçado de preso, pô? Só quem não te conhece. É um imbecil.

RENAN – Tem que ter um fato contra mim.

MACHADO – Mas mesmo que tivesse, você não ia dizer, porra, não ia se fragilizar, não é imbecil. Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan.

RENAN – Eu marquei para segunda-feira uma conversa inicial com [inaudível] para marcar… Ela me disse que a conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa. Ele disse para ela… Ela reclamou. Ele disse para ela que não tinha como influir. Ela disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade. E ele disse que está acontecendo um efeito manada no Brasil contra o governo.

MACHADO – Tá mesmo. Ela acabou. E o Lula, como foi a conversa com o Lula?

RENAN – O Lula está consciente, o Lula disse, acha que a qualquer momento pode ser preso. Acho até que ele sabia desse pedido de prisão lá…

MACHADO – E ele estava, está disposto a assumir o governo?

RENAN – Aí eu defendi, me perguntou, me chamou num canto. Eu acho que essa hipótese, eu disse a ele, tem que ser guardada, não pode falar nisso. Porque se houver um quadro, que é pior que há, de radicalização institucional, e ela resolva ficar, para guerra…

MACHADO – Ela não tem força, Renan.

RENAN – Mas aí, nesse caso, ela tem que se ancorar nele. Que é para ir para lá e montar um governo. Esse aí é o parlamentarismo sem o Lula, é o branco, entendeu?

MACHADO – Mas, Renan, com as informações que você tem, que a Odebrecht vai tacar tiro no peito dela, não tem mais jeito.

RENAN – Tem não, porque vai mostrar as contas. E a mulher é [inaudível].

MACHADO – Acabou, não tem mais jeito. Então a melhor solução para ela, não sei quem podia dizer, é renunciar ou pedir licença.

RENAN – Isso [inaudível]. Ela avaliou esse cenário todo. Não deixei ela falar sobre a renúncia. Primeiro cenário, a coisa da renúncia. Aí ela, aí quando ela foi falar, eu disse, ‘não fale não, pelo que conheço, a senhora prefere morrer’. Coisa que é para deixar a pessoa… Aí vai: impeachment. ‘Eu sinceramente acho que vai ser traumático. O PT vai ser desaparelhado do poder’.

MACHADO – E o PT, com esse negócio do Lula, a militância reacendeu.

RENAN – Reacendeu. Aí tudo mundo, legalista… Que aí não entra só o petista, entra o legalista. Ontem o Cassio falou.

MACHADO – É o seguinte, o PSDB, eu tenho a informação, se convenceu de que eles é o próximo da vez.

RENAN – [concordando] Não, o Aécio disse isso lá. Que eu sou a esperança única que eles têm de alguém para fazer o…

MACHADO – [Interrompendo] O Cunha, o Cunha. O Supremo. Fazer um pacto de Caxias, vamos passar uma borracha no Brasil e vamos daqui para a frente. Ninguém mexeu com isso. E esses caras do…

RENAN – Antes de passar a borracha, precisa fazer três coisas, que alguns do Supremo [inaudível] fazer. Primeiro, não pode fazer delação premiada preso. Primeira coisa. Porque aí você regulamenta a delação e estabelece isso.

MACHADO – Acaba com esse negócio da segunda instância, que está apavorando todo mundo.

RENAN – A lei diz que não pode prender depois da segunda instância, e ele aí dá uma decisão, interpreta isso e acaba isso.

MACHADO – Acaba isso.

RENAN – E, em segundo lugar, negocia a transição com eles [ministros do STF].

MACHADO – Com eles, eles têm que estar juntos. E eles não negociam com ela.

RENAN – Não negociam porque todos estão putos com ela. Ela me disse e é verdade mesmo, nessa crise toda –estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável, ela está gripada, muito gripada– aí ela disse: ‘Renan, eu recebi aqui o Lewandowski,
querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável’.

MACHADO – Eu nunca vi um Supremo tão merda, e o novo Supremo, com essa mulher, vai ser pior ainda. […]

MACHADO – […] Como é que uma presidente não tem um plano B nem C? Ela baixou a guarda. [inaudível]

RENAN – Estamos perdendo a condição política. Todo mundo.

MACHADO – [inaudível] com Aécio. Você está com a bola na mão. O Michel é o elembto número um dessa solução, a meu ver. Com todos os defeitos que ele tem.

RENAN – Primeiro eu disse a ele, ‘Michel, você tem que ficar calado, não fala, não fala’.

MACHADO – [inaudível] Negócio do partido.

RENAN – Foi, foi [inaudível] brigar, né.

MACHADO – A bola está no seu colo. Não tem um cara na República mais importante que você hoje. Porque você tem trânsito com todo mundo. Essa tua conversa com o PSDB, tu ganhou uma força que tu não tinha. Então [inaudível] para salvar o Brasil. E esse negócio só salva se botar todo mundo. Porque deixar esse Moro do jeito que ele está, disposto como ele está, com 18% de popularidade de pesquisa, vai dar merda. Isso que você diz, se for ruptura, vai ter conflito social. Vai morrer gente.

RENAN – Vai, vai. E aí tem que botar o Lula. Porque é a intuição dele…

MACHADO – Aí o Lula tem que assumir a Casa Civil e ser o primeiro ministro, esse é o governo. Ela não tem mais condição, Renan, não tem condição de nada. Agora, quem vai botar esse guizo nela?

RENAN – Não, [com] ela eu conversa, quem conversa com ela sou eu, rapaz.

MACHADO – Seguinte, vou fazer o seguinte, vou passar no presidente, peço para ele marcar um horário na casa do Romero.

RENAN – Ou na casa dele. Na casa dele chega muita gente também.

MACHADO – É, no Romero chega menos gente.

RENAN – Menos gente.

MACHADO – Então marco no Romero e encontra nós três. Pronto, acabou. [levanta-se e começam a se despedir] Amigo, não perca essa bola, está no seu colo. Só tem você hoje. [caminhando] Caiu no seu colo e você é um cara predestinado. Aqui não é dedução não, é informação. Ele está querendo me seduzir, porra.

RENAN – Eu sei, eu sei. Ele quem?

MACHADO – O bicho daqui, o Janot.

RENAN – Mandando recado?

MACHADO – Mandando recado.

RENAN – Isso é?

MACHADO – É… Porra. É coisa que tem que conversar com muita habilidade para não chegar lá.

RENAN – É. É.

MACHADO – Falando em prazo… [se despedem]

Segunda conversa:

MACHADO – […] A meu ver, a grande chance, Renan, que a gente tem, é correr com aquele semi-parlamentarismo…

RENAN – Eu também acho.

MACHADO – …paralelo, não importa com o impeach… Com o impeachment de um lado e o semi-parlamentarismo do outro.

RENAN – Até se não dá em nada, dá no impeachment.

MACHADO – Dá no impeachment.

RENAN – É plano A e plano B.

MACHADO – Por ser semi-parlamentarismo já gera para a sociedade essa expectativa [inaudível]. E no bojo do semi-parlamentarismo fazer uma ampla negociação para [inaudível].

RENAN – Mas o que precisa fazer, só precisa tres três coisas: reforma política, naqueles dois pontos, o fim da proibição…

MACHADO – [Interrompendo] São cinco pontos:

[…]

RENAN – O voto em lista é importante. [inaudível] Só pode fazer delação… Só pode solto, não pode preso. Isso é uma maneira e toda a sociedade compreende que isso é uma tortura.

MACHADO – Outra coisa, essa cagada que os procuradores fizeram, o jogo virou um pouco em termos de responsabilidade […]. Qual a importância do PSDB… O PSDB teve uma posição já mais racional. Agora, ela [Dilma] não tem mais solução, Renan, ela é uma doença terminal e não tem capacidade de renunciar a nada. [inaudível]

[…]

MACHADO – Me disseram que vai. Dentro da leniência botaram outras pessoas, executivos para falar. Agora, meu trato com essas empresas, Renan, é com os donos. Quer dizer, se botarem, vai dar uma merda geral, eu nunca falei com executivo.

RENAN – Não vão botar, não. [inaudível] E da leniência, detalhar mais. A leniência não está clara ainda, é uma das coisas que tem que entrar na…

MACHADO – …No pacote.

RENAN – No pacote.

MACHADO – E tem que encontrar, Renan, como foi feito na Anistia, com os militares, um processo que diz assim: ‘Vamos passar o Brasil a limpo, daqui para frente é assim, pra trás…’ [bate palmas] Porque senão esse pessoal vão ficar eternamente com uma espada na cabeça, não importa o governo, tudo é igual.

RENAN – [concordando] Não, todo mundo quer apertar. É para me deixar prisioneiro trabalhando. Eu estava reclamando aqui.

MACHADO – Todos os dias.

RENAN – Toda hora, eu não consigo mais cuidar de nada.

[…]

MACHADO – E tá todo mundo sentindo um aperto nos ombros. Está todo mundo sentindo um aperto nos ombros.

RENAN – E tudo com medo.

MACHADO – Renan, não sobra ninguém, Renan!

RENAN – Aécio está com medo. [me procurou] ‘Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa.’

MACHADO – Renan, eu fui do PSDB dez anos, Renan. Não sobra ninguém, Renan.

[…]

MACHADO – Não dá pra ficar como está, precisa encontrar uma solução, porque se não vai todo mundo… Moeda de troca é preservar o governo [inaudível].

RENAN – [inaudível] sexta-feira. Conversa muito ruim, a conversa com a menina da Folha… Otavinho [a conversa] foi muito melhor. Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios tem cometido exageros e o João [provável referência a João Roberto Marinho] com aquela conversa de sempre, que não manda. […] Ela [Dilma] disse a ele ‘João, vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos’. E ele dizendo ‘isso virou uma manada, uma manada, está todo mundo contra o governo.’

MACHADO – Efeito manada.

RENAN – Efeito manada. Quer dizer, uma maneira sutil de dizer “acabou”, né.

[…]

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Fernando Cavalcanti

01/06/2016 - 08h13

A delação premiada é a ÚNICA, vou repetir, é a ÚNICA maneira de se consertar alguma coisa neste país. assim como a prisão é a ÚNICA maneira de se desestimular a corrupção. Essas ideias, que só poderiam sair da cabeça de Renan ou de petistas, de esvaziar esse instituto tem o ÚNICO, vou repetir, o ÚNICO propósito de livrar a cara de bandidos.

Mairton Barros

26/05/2016 - 03h35

Toda essas GRAVAÇÕES a meu ver se resume em uma frase desse Machado para o Renan… Machado: ” Eu nunca vi um Supremo tão merda…”

Renan: ela disse: ‘Renan, eu recebi aqui o Lewandowski, querendo conversar um pouco sobre uma saída para o Brasil, sobre as dificuldades, sobre a necessidade de conter o Supremo como guardião da Constituição. O Lewandowski só veio falar de aumento, isso é uma coisa inacreditável’.

Alberto Ferreira

26/05/2016 - 01h47

Este nosso País não é mesmo sério. A parte dos jornalistas que não são partidários e não agem por ideologia em vez de simplesmente exercer o jornalismo da forma mais profissional possível, está atada à padrões ou ordens de sus chefes e donos. Para se formar consciência crítica, é preciso confrontar muito as informações, cruzar muitos dados e prestar atenção em muitas biografias.
Os canais tradicionais de jornalismo, estão quase todos com abalos nas suas credibilidades.
Realmente a tarefa para o leitor e interessado por política e assuntos ligados ao judicial e jurídico já é muito difícil; para o leitor mediano se torna pior ainda.
Como disserta muito bem o articulista, o golpe é essencialmente midiático e judicial, acrescento que caiu como uma luva pra muita gente por razões nada pragmáticas, venais ou de puro senso prático. Mesmo fruto de dúvidas dos mais céticos quanto a isso, o componente ideológico contido contra Dilma, o PT e também por todos os partidos mais à esquerda foi e é de fato, componente poderosíssimo do que hora ocorre no Brasil.
Num futuro, talvez não tão distante, vai ter muita gente com extrema dificuldade em explicar aos próprios filhos e netos, suas posições decisões e ações. Me refiro em todos os campos de atuação. tanto como protagonistas ou como massa de manobra do Golpe.

Renato Alves Machado

25/05/2016 - 19h35

CONCORDO COM O ARTICULISTA OS NOVOS AÚDIOS VAZADOS CONTRIBUEM PARA FAZER PROPAGANDA DA LAVA JATO E REFORÇAR A IMAGEM DE JUSTICEIRO DO MORO QUE PODE MUITO BEM SER LANÇADO A PRESIDÊNCIA COMO PROBO E CAPAZ, ALÉM DISSO NÃO ACREDITO QUE A ÚNICA MOTIVAÇÃO DO GOLPES TENHA SIDO ESSA DA LAVA JATO,É UMA “EXPLICAÇÃO” SIMPLISTA(REDUCIONISTA) DEMAIS, NÃO ACREDITO EM UMA TESE QUE NÃO LEVE EM CONTA OS FATORES EXTERNOS COMO O INTERESSE EVIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS NA DERRUBADA DE TODO E QUALQUER GOVERNO DE ESQUERDA NA AMÉRICA DO SUL!

Beth Andrade

25/05/2016 - 10h46

VAMOS PARAR COM VOMITAÇO E AGIR COM NOVAS ESTRATÉGIAS?? BRASIL?!!

Nada de eleições, isso já era! Agora não! Precisamos mudar tudo primeiro, sem eles

que estão no governo. Tomar o governo para nossa dignidade é o que nós o povo brasilerio

devemos fazer. #OcupaTudo

Parar tudo, chega de vomitaço e vamos agir Brasil?! Vamos tomar o governo que é do povo, quem quiser faça as malas e vão para os EUA, lavar latrina de gringo em Miami e Wall Street The Wall Street Journal! O Brasil é de quem luta por Democracia! Greve geral! Parar estradas! #OcupaTudo! Tomar o governo, colocar todos pra correr! Múmias paleolíticas da política vão pra casa usar fraldões e dormir, é o que ela gostam… roncar como suinos gordos…O governo é nosso, do povo! As leis foram todas rasgadas! É guerra? Que seja!

Estamos nas redes, estamos nas ruas.

#NãoAoGolpe: Vamos continuar tolerando o intolerável?

SEM MORDAÇA! BOCA NO TROMBONE! #EuEscolhoMeuFuturo

É preciso incomodar. O governo golpista não pode ter um minuto de sossego!

O sistema golpista não pode ter tranquilidade

#GolpeAquiNãoPassará #ConstituinteJá #VoltaQuerida

#1964NuncaMais #ForaTemerGolpista

#GolpeAquiNãoPassará #ConstituinteJá #VoltaQuerida

#ForaTemerTopeiraEmbalsamada #ALutaContinua

#StopCoupInBrazil #OcupaCâmara! #OcupaCongresso! #ForaSTF!!!

#FimDoPolíticoProfissional #OGovernoSomosNósPovo

#OcupaCâmara! #OcupaCongresso! #FimSTF!!!

#OcupaTudoPorDemocracia #OGovernoSomosNósPovo

#Golpe1964 #Golpe2016 #Fim, DaTvGlobo #ForaTemerGolpista

#culturanãoteme #arteculturarevolução #culturacontraogolpe

………………………………………………………….

    Octavio Filho

    25/05/2016 - 13h18

    Seria importante também mandar e-mails para o STF, pois esta instituição está se comportando como um bando de bandidos. Já estão passando do limite.

      js

      25/05/2016 - 23h26

      O golpe tomou forma na decisão monocrática de Mendes ao impedir o Lula de assumir o ministério. A partir dali, nada foi feito dentro da lei, td mais q se deu foi para mostrar o poder Deles nessa trama. Off with their heads!

ART GUERREIRO

25/05/2016 - 10h41

DIALOGO DE DOIS IMBECIS… CORRUPTOS….FALANDO DE CORRUPTOS …

NÃO SOBRA NADA, NEM PARTIDOS, NEM SUPREMO, NEM MÍDIA, NEM MP, NADA…

A SOLUÇÃO É LULA E O POVO NO PODER DE NOVO. TAÍ UMA BOA CHAMADA PARA 2018

LULA E O POVO NO PODER DE NOVO….

    helder

    25/05/2016 - 12h43

    Lula já fez sua parte. Sem nos esquecermos que no poder ele também teve que conversar com esses facínoras, e não fez, não quis ou não pode tomar as medidas necessárias ao país para que pudesse evitar o colapso político que testemunhamos. A solução não é um salvador da pátria, é reforma política, para dar vez a novas frentes e pessoas comprometidas em fazer política sem politicagem.

      js

      25/05/2016 - 23h27

      Dilma é a solução, ninguém mais, nem o Lula teria capacidade de por esse gênio de volta na garrafa.

Luis

25/05/2016 - 10h23

Janot, Moro e demais procuradores e agentes da PF que atuam na Lava Jato são agentes infiltrados da CIA. São traidores da Pátria.

Sandra Barroso

25/05/2016 - 10h18

Perfeita e necessária, análise.

Tenho percebido que a reação ao GOLPE, está seguindo uma estrategia equivocada.

Não temos que ficar nessa de “fora A” / “fora B”, temos que focar na luta CONTRA O GOLPE.

E agora diante das evidências, partir para cima deste tripé: PGR, Gilmar Dantas e a Globo – isto sem esquecer EDUARDO CUNHA e sua trupe.

Denunciaremos nós o GOLPE / e exigiremos a PRISÃO de todos seus atores principais e secundários.

Assim a presidenta retorna e com ela trataremos de reformas / eleições / e o que vier.

    Octavio Filho

    25/05/2016 - 13h20

    Temos que ter em mente que o principal golpista é o STF. É o STF que legitima o golpe e todas as ações da oposição. Inclusive se negando a investigar os políticos do PSDB.

      js

      25/05/2016 - 23h31

      A Dilma estará escaldada depois dessa, se eles não gostavam dela antes, agora é q vão odia-la.

Jonas Vaquer

25/05/2016 - 09h55

FHC POR TRÁS DESSA CACHORRADA !!!

VOLTA E MEIA DECLARA QUE SE NÃO DER CERTO O PSDB CAI FORA. QUEM EM 1995 ASSINOU EM SEU PRIMEIRO ATO ACABANDO COM A COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO, CONFESSA OS OITO (8) ANOS DE BRINDEIRO ENGAVETANDO AS BANDALHEIRAS. VEM DE LÁ A OFICIALIZAÇÃO DA CORRUPÇÃO. É COM ELA QUE SE MOVE NO ENTENDIMENTO DO APÁTRIDA O SEU CAPITALISMO, A SUA ENTREGA DO PATRIMONIO NACIONAL. SANEAMENTO E EDUCAÇÃO PARA O CIDADÃO BRASILEIRO PASSA LONGE DA AVENIDA FOCH, 51.

FHC, NÃO SE SABE PORQUE NÃO ESTA NA CADEIA.

MAS AGORA SE SABE O PORQUE, CONFESSA ESSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NOS SEUS PORÕES ONDE ESCONDE E ACOBERTA OS ESCÂNDALOS DA REPÚBLICA.

PENA A SOCIEDADE BRASILEIRA SER POUCO INFORMADA.

ESSA PATRANHA, ESSA PORRA DESSE SUPREMO DEVERIA SER INVADIDO ONTEM COM ESSA ESCABROSA NOTICIA DESMORALIZANTE.

A POPULAÇÃO DEVERIA INVADIR ESSE STF E TOCAR FOGO. ESSA SERIA A MEDIDA MAIS CORRETA PELOS BRASILEIROS.

O CIDADÃO CONTRIBUINTE PAGA IMPOSTOS PARA ALIMENTAR ESSA CORRUPÇÃO NA JUSTIÇA?

QUEM PODE MAIS CONFIAR NESSA ESCULHAMBAÇÃO?

CANALHADA !!!!

Vinicius Porto da Silva

25/05/2016 - 08h54

Somente o povo invadindo o stf e com sangue lavar a alma do país.

    Rita Candeu

    25/05/2016 - 09h50

    só STF?
    tinha que fechar os 3 poderes para balanço geral da nação
    e fazer uma limpa

Augusto Flávio Roque

25/05/2016 - 07h39

Olha só… das muitas coisas ditas aqui no blog, uma das que escapou, foi a intimidade com que Renan Calheiros fala de Lula, aliás, chega inclusive a insinuar que havia uma articulação de bastidores para aprovar o Parlamentarismo com o Lula como Primeiro Ministro, nos trechos “(…) A negociação é botar, é fazer o parlamentarismo e fazer o plebiscito, se o Supremo permitir, daqui a três anos. Aí prepara a eleição, mantém a eleição, presidente com nova… A perspectiva é daquele nosso amigo.” (…) ao que mais afrente Machado reitera depois de Renan ter dito “E aí tem que botar o Lula” : Aí o Lula tem que assumir a Casa Civil e ser o primeiro ministro, esse é o governo. E antes ainda, Renan teria dito: Esse aí é o parlamentarismo sem o Lula, é o branco, entendeu? Pois bem… vou-lhes ser direto, nós não vamos discutir estes pontos aqui? Ninguém quer falar disso? Ninguém quer discutir porque o Lula e o Renan são tão íntimos? Ninguém tem curiosidade em saber se ele e o Renan – que a esquerda sugerindo que é criminoso – tinham um plano para o país envolvendo um Parlamentarismo com o Lula de Primeiro Ministro??? Gente… EU QUERO SABER O QUE É ISSO!!! Coloquemos todos às claras.

    Rita Candeu

    25/05/2016 - 09h51

    mas se conhecem desde sempre
    convivem desde sempre
    ou acha que essa turma toda não são “intimos” – claro que são

    • Marcos •

    25/05/2016 - 10h07

    Ninguém tem curiosidade em saber se ele e o Renan – que a esquerda sugerindo que é criminoso – tinham um plano para o país envolvendo um Parlamentarismo com o Lula de Primeiro Ministro?

    Eu tenho um posicionamento politico e econômico de esquerda, ( Social Democracia ), acho a essa posição aguda de ficar generalizando como se todas as pessoas de esquerda fossem extremistas e cegos.

    Pra qualquer um que tem o minimo de discernimento consegue ver a corja que foi formada.
    STF, Lula-PT, PMDB, PSDB, PP, …… entre outros tantos.

    Inclusive concordo com os dizeres de Ciro Gomes, inclusive dizeres bem antigos, “Lula se autorizou a brincar de Deus” e que ‘Lula é um merda’.

    O problema que a nação gerou pra ela própria, foi se adequar ao aparato que foi instalado entre a comunicação entre as pessoas, ao invés de nos apoiarmos uns nos outros, ficamos com discursos apontando pra quem apostou na carta errada. Lembrando que todo o baralho é composto não por cartas vermelhas e azuis, mas sim de brancas, porque eles mesmos se definem assim.

    Mas pelo que percebo em relação a Dilma, o que parece mais provável pra mim, é que ela não coadunou (brincou conforme o jogo) com algumas posições do grupinho e foi expulsa.

    Como foi vazando na primeira conversa, alianças até com grupos militares, não acho difícil se der muita merda, eles entrarem para “salvar o País”, já que fazem parte da trama do Golpe, e da manutenção do status quo, de todo aparato politico e ladão do Pais.

    Rocha Oliveira

    25/05/2016 - 16h07

    No delirio coxinha só o Lula importa !! o pais pegando fogo e querer discutir o Lula… VNTC !!

      Augusto Flávio Roque

      31/05/2016 - 02h24

      Talvez você fique chocado, mas eu votei só votei no PT desde a eleição de 2001. Ficaria mais estarrecido ainda, se soubesse que minha timeline é uma trincheira contra o golpe. Agora, diferente de você, eu não sou cego. O país está pegando fogo por conta INCLUSIVE e em ÚLTIMA INSTÂNCIA, do Lula. Sobre tomar neste lugar, olha querido, eu não tenho nenhum problema em fazê-lo – gosto muito até – mas não com você, porque sectarismo não me dá tesão.

Roberto Locatelli

25/05/2016 - 07h17

Muito interessante esta análise. De fato, se a folha publicou o vazamento, ele serve a intenções do PiG (Partido da imprensa Golpista) e não podemos ser ingênuos nesta guerra.

Antonio Passos

25/05/2016 - 06h56

Vivemos uma ditadura de juízes, e isto já há mais de cinco anos. Como enfrentar o STF ? Só com as armas, as ruas, ou então com o que eu chamaria de DESAFIO CÍVICO. Seria este um movimento de todos os intelectuais, políticos enfim, todos os democratas, de DESAFIO aberto à corte golpista. Não com meias palavras, com datas venias como faz o Wadih, mas com objetivo de escrachar mesmo. É claro que exige coragem, mas eles não podem prender o país. Se na ditadura militar havia a violência, hoje isto não é mais tão fácil, então PORQUE O MEDO ? É preciso que grandes juristas, intelectuais, etc, ACUSEM abertamente e não fiquem apenas de mimimi. A situação é de CONFRONTO, não existe mais o espaço democrático dos tribunais, estes estão ocupados e não visam mais a justiça. Sem desafio, luta, coragem de todos os que amam a democracia, a Casa Grande vai mandar mais 500 anos.

    TioDrakul

    25/05/2016 - 08h29

    É só ir no prédio do supremo e fuzilar todos os “deuses de toga”.

    Sidnei Oliveira

    25/05/2016 - 12h19

    Ditadura de Juizes com extorsão dos promotores e midia! Salvem o Brasil!!!!

naldo

25/05/2016 - 07h37

Enquanto não sair o audio completo é só o que interessa não podemos confiar, estamos lidando com ratos profissionais, esse pessoal não briga com a relaidade, instrumentaliza-a, e criam a nara=rativa que mais lhe é aproveitavel, ingenuo é quem acredita no que ouve ou lê.


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