Foto: Reprodução/ NY Times
Matéria publicada pelo New York Times nesta segunda-feira (23), fala sobre o atual momento da cidade do Rio de Janeiro, que em breve receberá os jogos olímpicos de 2016, e tem como prefeito Eduardo Paes, filiado ao partido do presidente interino do Brasil, Michel Temer.
Com o título: “Confiado a salvar o Brasil: o partido que arruinou o Rio”, a reportagem começa com uma crítica à recente crise educacional no estado fluminense: “Estudantes ocupam escolas protestando contra cortes de investimento na educação, enquanto políticos locais que levaram as Olimpíadas à cidade do Rio lutam contra acusações de propina”, diz o texto. Em seguida, relembra os recentes casos de violência na capital, como os tiroteios na Rocinha e o assalto à filha do vice-governador, Francisco Dornelles.
As finanças do governo do Estado e da prefeitura do Rio de Janeiro estão uma bagunça, acusa o NYT.
Atletas estão tão insatisfeitos com a poluição na baía de Guanabara e há inclusive quem defenda o cancelamento das competições de remo ou transferi-las para outro local. A matéria cita ainda o desabamento da recém-inaugurada ciclovia Tim Maia, entre Leblon e São Conrado, que desabou mês passado ao ser atingida por uma onda, causando duas mortes.
No fim o jornal norte-americano lamenta que o mesmo partido responsável por toda essa confusão no Rio esteja agora no comando do país.
Leia aqui a reportagem em inglês. Abaixo matéria do HuffPost.
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Deu no NYT: ‘Partido que criou bagunça no Rio, agora governa o Brasil’
“O mesmo partido que criou uma bagunça no Rio de Janeiro, agora, está no comando do Brasil.” É deste jeito que críticos ouvidos pelo New York Times avaliam o PMDB, sigla do presidente em exercício Michel Temer e do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
A reportagem destaca como o Rio prometeu ser um caso de sucesso com as Olimpíadas, mas está caindo em um conto do que o PMDB pode significar para o resto do País.
“O Rio está se desenvolvendo em uma mini-Venezuela enquanto seus líderes encontram um jeito de desperdiçar a bonança de petróleo”, diz o economista Marcelo Portugal ao jornal.
A reportagem afirma ainda que líderes do partido, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), são acusados de receber propina. Além de Renan, o NYT cita o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Ele é acusado de ter recebido cerca de 5% do custo da renovação da marca do Maracanã e de outros projetos públicos.
“O Rio está em crise por causa do PMDB”, diz Leonardo Siqueira, distribuidor de cosméticos. “São políticos que governam para eles e não para os cidadãos”, acrescenta.
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