Entreguista como sempre, Serra elogia apoio dos Estados Unidos ao impeachment

Discurso do ministro José Serra na cerimônia de transmissão do cargo de ministro de Estado das Relações Exteriores. Brasília, 18 de maio de 2016 Foto: Jessika Lima/AIG-MRE

Foto: Jessika Lima/AIG-MRE

Serra diz que reação de países a impeachment foi localizada

no O Globo

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou nesta quinta-feira que a reação de outros países ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi “localizada e passageira”. O novo chanceler revelou ainda que pretende trabalhar em conjunto com os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente para construir um marco ambiental para o país.

Também negou ter tido qualquer participação na concessão do passaporte ao pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus, investigado na Lava-Jato, e voltou a repetir que o governo anterior deixou o Itamaraty na “penúria”. Disse ainda que o Brasil precisa encontrar uma forma de regularizar os pagamentos para organismos internacionais, como a ONU.

Na avaliação de Serra, a reação de alguns países, como a Bolívia, Venezuela e El Salvador, que apontaram que houve um golpe no Brasil, não afeta a imagem do país no exterior.

— Foi uma contestação aparelhada, vamos ser francos — afirmou o chanceler, que também acrescentou:

— Acho que foi uma coisa muito localizada e passageira. É tão óbvio que o que espalharam lá fora não tem pé nem cabeça que pouco a pouco isso vai sair (da pauta) — afirmou o ministro.

O titular da pasta de Relações Exteriores elogiou a manifestação de quarta-feira dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA) de que não houve golpe no Brasil, mas disse que não fez nenhuma articulação para que o posicionamento ocorresse.

— Não pedimos que ninguém opinasse. A posição dos Estados Unidos a respeito do Brasil é correta.

Serra defendeu a nota emitida pelo Itamaraty para rebater a acusação de golpe e negou ele, ao comandar essa reação, também estaria partidarizando o órgão.

— Estão dizendo coisas falsas a respeito do Brasil, a gente tem obrigação de sublinhar isso — afirmou o novo ministro, que mais uma vez acusou os governos do PT de partidarizarem as relações exteriores brasileiras.

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Redação:
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