Foto: Mídia NINJA
Governo interino cancela 11.250 unidades do Minha Casa, Minha Vida
O ministro interino das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), revogou ontem (17) portaria editada no governo Dilma que autorizava a contratação de 11.250 unidades do Minha Casa, Minha Vida Entidades. O ministério alega que a medida foi assinada sem os recursos necessários e que, a partir de agora, equipes técnicas “vão analisar e discutir o modelo de habilitação na modalidade Entidades.”
Os empreendimentos cancelados contemplariam unidades nos estados da Bahia, Ceará, Alagoas e Amazonas que seriam destinadas à faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800.
Em nota, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) afirma tratar-se do “primeiro corte efetivo em programas sociais realizado pelo governo ilegítimo de Michel Temer” e promete responder à decisão com manifestações de rua.
“Somada a anúncios desastrosos em relação ao SUS, às universidades públicas, à previdência social e à cultura, dentre outros, esta iniciativa – capitaneada pelo tucano Bruno Araújo – mostra a que vem e a quem serve o governo golpista”, diz a nota do MTST. O movimento afirma que organizará mobilizações “contundentes” nos próximos dias, em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e outras capitais, “contra o sequestro dos recursos da moradia popular pelos que também usurparam o comando do Estado brasileiro”.
O programa Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009 pelo governo Lula. Desde então, mais de 10 milhões de pessoas foram beneficiadas com a entrega de 2,6 milhões de moradias em todo o país. Só no estado de São Paulo, cerca de 458 mil unidades foram entregues.
Confira a íntegra da nota:
NOTA DO MTST SOBRE CORTES NO MINHA CASA MINHA VIDA
Hoje, o Ministério das Cidades publicou decisão que suspende a contratação de mais de 10 mil moradias selecionadas no Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades, destinadas a famílias de baixa renda (Faixa 1).
Este foi o primeiro corte efetivo em programas sociais realizado pelo Governo ilegítimo de Michel Temer, que até ontem anunciava que não tocaria nos recursos para programas sociais.
Somada a anúncios desastrosos em relação ao SUS, às universidades públicas, à previdência social e à cultura, dentre outros, esta iniciativa – capitaneada pelo tucano Bruno Araújo – mostra a que vem e a quem serve o governo golpista.
Nossa resposta será nas ruas. O MTST organizará mobilizações contundentes nos próximos dias em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e várias capitais contra o sequestro dos recursos da moradia popular pelos que também usurparam o comando do Estado brasileiro.
Mexeram com o formigueiro. Saibam eles que os trabalhadores sem-teto não aceitarão este retrocesso. As ruas derrubarão esta medida inconsequente e antipopular.
Não tem arrego! Nenhum direito a menos!
Coordenação Nacional do MTST
gilberto
18/05/2016 - 19h29
O objetivo inequívoco é massacrar o povo em retribuição ao patrocínio financeiro do golpe.