Gilmar Mendes, chefe do golpe, no comando das eleições
Depois de mais uma etapa do golpe superada, o afastamento de Dilma Rousseff, um dos comandantes do golpe de estado, o ministro Gilmar Mendes, assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral e o processo eleitoral deste ano.
Em sua posse no TSE, o ministro afirmou que o país vive uma era de “descalabros” e criticou o Partido dos Trabalhadores: “Olhando-se o mal engendrado conjunto formado por esse impressionante ciclo de descalabros, de afrontas à nossa ordem constitucional, tão duramente conquistada, e de ofensas à honra pessoal de cada cidadão, tem-se a viva impressão de que nossa combalida República parece ter sido tomada de assalto por empedernida trupe de insensatos”, afirmou em coletiva de imprensa.
Essa declaração, além de tudo que Mendes fez no STF, mostra a íntima ligação do ministro com a conspiração golpista. Agora, Gilmar Mendes assume o controle do processo eleitoral de 2016.
Para quem arquitetou o afastamento de Dilma e o golpe de estado, controlar as eleições é a segurança de que o processo está nas mãos da direita e que fraudes e resultados manipulados são uma certeza neste ano. O golpe é um processo muito mais delicado e exige mais trabalho que a fraude nas eleições.
Nesse sentido, já é possível esperar que as leis que controlam o processo serão modificadas para impedir a participação da esquerda e de pequenas candidaturas. Por outro lado, se for para favorecer os direitistas, a lei será atropelada pelo tribunal.